A influência dos estereótipos de género nas relações íntimas de violência bidirecional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Raquel Caixinha da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/13750
Resumo: A violência nas relações de intimidade é um problema social com consequências significativas para as vítimas. Apesar de vários estudos demonstrarem a existência da violência unidirecional, são já vários os estudos que demonstram a existência de violência bidirecional nas relações de intimidade. Assim, torna-se importante estudar este fenómeno porque existe dificuldade em reconhecer quem é a vítima e o/a perpetrador/a nos casos de violência bidirecional. Os estereótipos de género dificultam esse reconhecimento pois a sociedade coloca a mulher no papel da vítima e o homem no papel do perpetrador. Este estudo tem como objetivo estudar a violência bidirecional através de três cenários, onde os/as participantes tiveram de identificar a vítima e o/a perpetrador/a, avaliar a gravidade da violência, e qual a resolução mais adequada. Os cenários foram visualizados através de óculos de realidade virtual e em seguida os/as participantes responderam a um questionário. Os resultados demonstram que os/as participantes consideraram a violência física mais grave que a violência psicológica, a proporção de violência “dominação feminina” mais grave que a “dominação masculina”, julgaram mais a mulher por esta ter iniciado o conflito, e não consideram que houvesse diferenças para a responsabilidade, a seriedade, e a gravidade da lesões na proporção de violência “dominação masculina”. As implicações para a prática são aprofundar o conhecimento deste fenómeno, sensibilizar e consciencializar a população e os serviços para a existência da violência bidirecional, e desenvolver estratégias de prevenção e intervenção mais inclusivas que contribuam para a alteração dos estereótipos de género ainda vigentes. Palavras-chave: violência bidirecional; violência nas relações de intimidade; realidade virtual; vítima; perpetrador
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