Boas práticas de liderança em Ciências Biomédicas Laboratoriais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferro, Amadeu Borges
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Goulão, Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.21/7440
Resumo: Tal como poucas tarefas importantes podem ser realizadas em trabalho individual, também são poucas as equipas laboratoriais que podem atingir grandes objetivos sem liderança. Liderar é o ato que enriquece o potencial da equipa, sabendo-se que a liderança está relacionada com motivação/produção/produtividade, o que torna relevante a identificação de estilos e estratégias que modelam a eficiência do líder. É nosso objetivo caracterizar os estilos de liderança mais usuais e apresentar as estratégias mais adequadas para o líder se tornar mais eficiente no contexto da sua atividade, de acordo com a literatura científica. Kurt Lewin definiu 3 estilos de liderança: autocracia, democracia e laissez-faire. No primeiro, o líder toma decisões e determina as metodologias de trabalho sem ouvir a equipa, sendo dominador/pessoal em elogios e críticas. O líder democrático acompanha reuniões de equipa para discutir objetivos, tendendo a comportar-se como um membro normal, aconselhando e sugerindo alternativas. É objetivo e apresenta factos nas críticas/elogios. O líder laissez-faire dá liberdade na realização dos trabalhos e definição de prazos, fazendo breves comentários sobre as atividades e participando pouco nos debates. Estudos realizados concluem que a autocracia, centrada no líder, produz maior quantidade de trabalho e é apropriada para rápida tomada de decisão. A democracia, centrada em líder/equipa, apresenta maior qualidade no trabalho que progride mesmo na ausência do líder, garantindo satisfação no trabalho e produtividade elevada. No laissez-faire, centrado no colaborador, as tarefas desenvolvem-se com oscilações e ocorrem discussões pessoais com perda de tempo, podendo verificar-se individualismo. Pode estar associado a elevada produtividade e satisfação profissional num contexto estável e com uma equipa muito eficiente. As estratégias que tornam o líder mais eficiente passam por conhecer os seus variados papéis, conseguindo lidar com o desconforto da liderança e tratando assertivamente a equipa. Não deve fugir das suas responsabilidades, gerindo a toxicidade de colaboradores. É fundamental fazer formação robusta e seguir as melhores estratégias de liderança. No passado acreditou-se que o líder já nascia com essa personalidade. Atualmente, considera-se que existe vantagem na aprendizagem/treino dos diferentes estilos de liderança. A melhor liderança varia consoante a equipa e o contexto, o que implica que o líder tenha que se reinventar constantemente, aplicando, caso a caso, as mais eficientes estratégias de liderança.
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