“Einbildungsfähigkeit”, “Einbildungskraft” e “Imagination” na antropologia kantiana. Notas para uma dissociação terminológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Fernando M. F.
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/59935
Resumo: Emergentes não raras vezes nas Lições de Antropologia de Kant, os termos “Einbildungskraft”, “Einbildungsfähigkeit” e “Imagination” são comummente tomados – e, prova maior disto mesmo, traduzidos – como um só. O presente artigo propõe-se pôr em causa e demonstrar a incorrecção desta abordagem. Bem pelo contrário, estamos em crer que, no âmbito da antropologia kantiana, em primeiro lugar, “faculdade de imaginação” e “capacidade de imaginação” não são uma e a mesma coisa, antes significam diferentes estratos, diferentes dimensões conceptuais na compreensão do processo de representação humana; em segundo lugar, também “faculdade de imaginação”, enquanto “Einbildungskraft”, não é o mesmo que o seu correspondente na “Imagination”, antes duas dimensões de um e o mesmo problema antropológico, o problema por excelência do acto de representar, que surge entre o mundo e o designar humano. Tais distinções, que, assim o cremos, requerem uma compreensão mas também uma tradução mais criteriosa do que até aqui, trazem a uma mais distinta luz o modo como Kant estrutura e ordena as diferentes fases do processo da imaginação humana, e salienta aquelas que, para o filósofo, são as diferentes potencialidades desta última.
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spelling “Einbildungsfähigkeit”, “Einbildungskraft” e “Imagination” na antropologia kantiana. Notas para uma dissociação terminológica“Einbildungsfähigkeit”, “Einbildungskraft” and “Imagination” in Kant’s anthropology. Notes towards a terminological dissociationKantAntropologiaRepresentaçãoImaginaçãoAnthropologyRepresentationImaginationEmergentes não raras vezes nas Lições de Antropologia de Kant, os termos “Einbildungskraft”, “Einbildungsfähigkeit” e “Imagination” são comummente tomados – e, prova maior disto mesmo, traduzidos – como um só. O presente artigo propõe-se pôr em causa e demonstrar a incorrecção desta abordagem. Bem pelo contrário, estamos em crer que, no âmbito da antropologia kantiana, em primeiro lugar, “faculdade de imaginação” e “capacidade de imaginação” não são uma e a mesma coisa, antes significam diferentes estratos, diferentes dimensões conceptuais na compreensão do processo de representação humana; em segundo lugar, também “faculdade de imaginação”, enquanto “Einbildungskraft”, não é o mesmo que o seu correspondente na “Imagination”, antes duas dimensões de um e o mesmo problema antropológico, o problema por excelência do acto de representar, que surge entre o mundo e o designar humano. Tais distinções, que, assim o cremos, requerem uma compreensão mas também uma tradução mais criteriosa do que até aqui, trazem a uma mais distinta luz o modo como Kant estrutura e ordena as diferentes fases do processo da imaginação humana, e salienta aquelas que, para o filósofo, são as diferentes potencialidades desta última.Often reappearing in Kant’s Lectures on Anthropology, the terms “Einbildungskraft”, “Einbildungsfähigkeit” and “Imagination” are commonly taken – and, as a proof of this, translated – as one. The present article intends to question and show the incorrectness in such an approach. Quite on the contrary, we believe that, in the scope of Kant’s anthropology, firstly, “power of imagination” and “capacity of imagination” are not one and the same thing, rather they signify different strata, different conceptual dimensions in the process of human representation; secondly, “power of imagination”, as “Einbildungskraft”, is not the same as its correspondent in “Imagination”, rather two dimensions of one and the same anthropological problem, the problem par excellence of the act of representing, which arises between the world and human designation. Such distinctions, which, as we believe, require a more careful comprehension as well as translation, bring to a more distinct light the way how Kant structures and orders the different stages of the process of human imagination, and underscores those which, in the anthropologist’s view, are the different potentialities of the latter.The project leading to this application has received funding from the European Union’s Horizon 2020 research and innovation programmeUniversidad Complutense de MadridRepositório da Universidade de LisboaSilva, Fernando M. F.2023-10-23T14:29:50Z2022-06-032022-06-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/59935porSilva F. M. F. (2022). “Einbildungsfähigkeit”, “Einbildungskraft” e “Imagination” na antropologia kantiana. Notas para uma dissociação terminológica. Con-Textos Kantianos. International Journal of Philosophy, 15, 24-38. https://revistas.ucm.es/index.php/KANT/article/view/89427https://doi.org/10.5281/zenodo.65910612386-7655info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-20T18:24:09Zoai:repositorio.ul.pt:10451/59935Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-20T18:24:09Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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