Monstros, humanos, transumanos: ecos literários de Frankenstein

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, Patrícia Passos de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/57187
Resumo: A influência de Frankenstein (1818), de Mary Shelley, na cultura ocidental é vasta e contínua há cerca de dois séculos. Frankenstein ainda se revela uma obra significativa e pertinente na contemporaneidade, tendo em conta nomeadamente os avanços científicos e tecnológicos que aproximam a humanidade de um futuro em que se julga possível transcender a dimensão biológica do ser humano. Na presente dissertação, propõe-se uma análise dos ecos de Frankenstein em duas obras literárias contemporâneas: La Madre de Frankenstein (2020), de Almudena Grandes, e Frankissstein: A Love Story (2019), de Jeanette Winterson. Através da comparação de um romance histórico e um romance de ficção científica, respetivamente, pretendemos traçar duas linhas interpretativas dos motivos mais comuns da obra de Mary Shelley. A primeira linha ancora-se na vertente arquetípica da figura de Frankenstein, que opera como metáfora e referência cultural para se compreender outras explorações dos conceitos de criador e de monstro. A segunda linha procura reproduzir a narrativa de advertência de Frankenstein acerca da imprevisibilidade das consequências da busca científica e dos perigos da ambição humana, adaptada a novas circunstâncias. Nesse sentido, o nosso estudo dos romances de Grandes e Winterson alicerça-se na discussão dos conceitos de “monstro” e “criador”, “humano” e “humanidade”, e “transumano” e “pós-humano”. Pretendemos averiguar de que modo estas obras literárias representam as suas interpretações das figuras de criadores e de monstros, comparando as diferentes abordagens, bem como analisar as novas questões que estes romances levantam em relação a esses tópicos e a forma como o seu retrato dos motivos de Frankenstein contribui para a longevidade desta obra.
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