A supressão dos pensamentos acerca da comida e fatores de vulnerabilidade para as perturbações da alimentação e da ingestão: O papel mediador da ingestão alimentar emocional

• Autor(a) principal: Abreu, Ana Isabel Ferreira Marques de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/12110
• topic: MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE; PSICOLOGIA; COMPORTAMENTO ALIMENTAR; COMPORTAMENTO EMOCIONAL; DIETA ALIMENTAR; INSATISFAÇÃO CORPORAL; PSYCHOLOGY; EATING BEHAVIOUR; EMOTIONAL BEHAVIOUR; DIET; BODY IMAGE DISSATISFACTION

As perturbações da alimentação e da ingestão (PAI) estão associadas a uma diminuição do bem-estar físico e psicológico verificando-se um aumento da sua frequência nos últimos anos. Os objetivos deste estudo foram examinar as diferenças entre homens e mulheres ao nível da supressão dos pensamentos acerca da comida, ingestão alimentar emocional (depressão, ansiedade e raiva) e fatores de vulnerabilidade para as PAI (insatisfação corporal, discrepância do índice de massa corporal (IMC) e realização de dietas) e explorar a associação entre estas variáveis. Pretendeu-se também explorar o papel mediador da ingestão alimentar emocional (depressão, ansiedade e raiva) na relação entre a supressão dos pensamentos acerca da comida e fatores de vulnerabilidade para as PAI. A amostra foi constituída por 287 participantes e os dados foram recolhidos online. Os resultados demonstraram que as mulheres têm níveis mais elevados de supressão dos pensamentos acerca da comida, ingestão alimentar emocional (depressão) e realização de dietas, do que os homens. Verificaram-se correlações entre a supressão dos pensamentos acerca da comida, ingestão alimentar emocional (depressão, ansiedade e raiva) e fatores de vulnerabilidade para as PAI. Verificou-se também que a ingestão alimentar emocional (depressão) mediou a supressão dos pensamentos acerca da comida na insatisfação corporal, o que não aconteceu na realização de dietas, e que a ingestão alimentar emocional (raiva) mediou a supressão dos pensamentos acerca da comida na discrepância do IMC. Os dados obtidos podem contribuir para uma intervenção clínica ao nível do papel da ingestão alimentar emocional nos fatores de vulnerabilidade para as PAI.