Estudo piloto para a avaliação da influência de diferentes veículos e formulações na biodisponibilidade da lamotrigina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/15903 |
Resumo: | A epilepsia é uma patologia de enorme prevalência, conhecida desde os tempos remotos, cujas alternativas terapêuticas surgem de forma consistente apenas na década de 70 do século XX. Os denominados antiepilépticos clássicos incluem: a Carbamazepina (CBZ), a Fenitoína (PHE), o Fenobarbital (PB) e o Ácido Valpróico (VPA). Estes medicamentos de 1ª geração têm associados a si uma fraca tolerabilidade, na maioria das vezes motivada pela própria existência de interacções entre eles, como resultado da frequente associação farmacológica no controlo das crises epilépticas. A necessidade de melhorar a qualidade de vida de doentes que padecem desta doença originou que surgissem novos fármacos, entre os quais a Lamotrigina (LTG). A Lamotrigina é um antiepiléptico de nova geração que apresenta um vasto espectro de eficácia, nomeadamente na abordagem de crises parciais com ou sem generalização secundária, de crises tónico-clónicas primariamente generalizadas, de crises de ausência e de crises atónicas. Embora na prática clínica a Lamotrigina seja razoavelmente bem tolerada pelos doentes, a dificuldade que existe no estabelecimento de uma relação bem definida entre os níveis plasmáticos obtidos e a resposta farmacológica desencadeada faz com que, actualmente, seja ainda difícil determinar o valor clínico deste antiepiléptico. Partindo do princípio que a interpretação dos níveis plasmáticos da Lamotrigina reflectem as concentrações atingidas no local de acção (cérebro), não é surpreendente o facto da caracterização do perfil neurofarmacocinético da Lamotrigina estar na origem de um aprofundar do conhecimento existente quanto à forma como este fármaco actua a nível central. Por razões de ordem ética e logística, tal estudo só poderá ser realizado em animais de laboratório, sendo necessário para o efeito que, numa primeira fase, se proceda à selecção da formulação galénica a utilizar na execução do protocolo experimental. Uma vez seleccionada a via intraperitoneal, a Lamotrigina, pelas suas características lipofílicas, pode ser administrada sob a forma de diferentes formulações galénicas que, neste trabalho, se reportam a uma solução aquosa de isotionato de Lamotrigina, a uma solução lipofílica de Lamotrigina em propilenoglicol a 50% e a uma suspensão de Lamotrigina em metilcelulose a 0,25%. Deste modo, neste estudo piloto avalia-se o comportamento cinético das diferentes formulações, comparando os diferentes perfis plasmáticos versus cerebrais, tendo sido possível concluir que, pelas características demonstradas quanto à sua biodisponibilidade e reprodutibilidade, a solução aquosa corresponde à melhor opção para alcançar os objectivos pretendidos. |
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