Empreendedorismo social no distrito de Bragança: antecedentes e resultados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/4895 |
Resumo: | A preocupação com os seres humanos mais desfavorecidos não é de agora, sempre existiu. No entanto, ao longo dos últimos anos verificou-se um aumento no interesse pelo fenómeno designado por “empreendedorismo social”. O empreendedorismo social permite o fornecimento de produtos e serviços aos mais necessitados, protege os Direitos Humanos, previne a degradação ambiental e atinge objetivos que, embora essenciais para a vida humana, são muitas vezes negligenciados pelo Estado. Os empreendedores sociais são muitas vezes considerados indivíduos “especiais” porque atribuem maior importância à criação de valor social do que ao aumento do lucro. Para além disso, o emprendedorismo social é também considerado como vital para o desenvolvimento económico, devido à criação de emprego e riqueza. No entanto, e relativamente à forma que o empreendedorismo social adquire, não existe consenso na literatura. Se, por um lado, há autores que consideram que este fenómeno só acontece em organizações não lucrativas (e. g., Lasprogata & Cotten, 2003; Morris, Coombes, Schindehutte, & Allen, 2007; Aamo, 2008; Kelley, 2009), por outro lado, há autores que afirmam que o empreendedorismo social tem lugar em qualquer tipo de organização (e. g., Austin, Stevenson, & Wei-Skillern, 2006; Korosec & Berman, 2006; Mair & Martí, 2006; Peredo & McLean, 2006; Neck, Brush, & Allen, 2009). Sendo o objetivo principal deste trabalho comparar as motivações e os efeitos (a criação de emprego e riqueza) do empreendedorismo social entre o setor privado lucrativo e o setor sem fins lucrativos, foram aplicados questionários a empresários e representantes de ISFL a operar no setor social. Os resultados indicam que o empreendedor social, no distrito de Bragança, pode assumir um de três perfis: filantropo, comercial e híbrido; os dois setores em estudo não apresentam diferenças estatisticamente significativas relativamente às motivações para a resolução de problemas sociais e à criação de riqueza; em relação à criação de emprego, o setor privado lucrativo contribui mais do que o setor sem fins lucrativos para a criação de postos de trabalho. |
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Empreendedorismo social no distrito de Bragança: antecedentes e resultadosEmpreendedorismo socialDistrito de Bragança (Portugal)EmpreendedoresMotivaçãoSetor privado lucrativoSetor sem fins lucrativosA preocupação com os seres humanos mais desfavorecidos não é de agora, sempre existiu. No entanto, ao longo dos últimos anos verificou-se um aumento no interesse pelo fenómeno designado por “empreendedorismo social”. O empreendedorismo social permite o fornecimento de produtos e serviços aos mais necessitados, protege os Direitos Humanos, previne a degradação ambiental e atinge objetivos que, embora essenciais para a vida humana, são muitas vezes negligenciados pelo Estado. Os empreendedores sociais são muitas vezes considerados indivíduos “especiais” porque atribuem maior importância à criação de valor social do que ao aumento do lucro. Para além disso, o emprendedorismo social é também considerado como vital para o desenvolvimento económico, devido à criação de emprego e riqueza. No entanto, e relativamente à forma que o empreendedorismo social adquire, não existe consenso na literatura. Se, por um lado, há autores que consideram que este fenómeno só acontece em organizações não lucrativas (e. g., Lasprogata & Cotten, 2003; Morris, Coombes, Schindehutte, & Allen, 2007; Aamo, 2008; Kelley, 2009), por outro lado, há autores que afirmam que o empreendedorismo social tem lugar em qualquer tipo de organização (e. g., Austin, Stevenson, & Wei-Skillern, 2006; Korosec & Berman, 2006; Mair & Martí, 2006; Peredo & McLean, 2006; Neck, Brush, & Allen, 2009). Sendo o objetivo principal deste trabalho comparar as motivações e os efeitos (a criação de emprego e riqueza) do empreendedorismo social entre o setor privado lucrativo e o setor sem fins lucrativos, foram aplicados questionários a empresários e representantes de ISFL a operar no setor social. Os resultados indicam que o empreendedor social, no distrito de Bragança, pode assumir um de três perfis: filantropo, comercial e híbrido; os dois setores em estudo não apresentam diferenças estatisticamente significativas relativamente às motivações para a resolução de problemas sociais e à criação de riqueza; em relação à criação de emprego, o setor privado lucrativo contribui mais do que o setor sem fins lucrativos para a criação de postos de trabalho.The concern for underprivileged individuals is not a recent one. It has always existed, albeit informally. However, in recent years there has been increased interest in a phenomenon called “social entrepreneurship”. Social entrepreneurship allows for the supply of goods and services to those most in need, protects Human Rights, prevents environmental degradation and pursues objectives that, although they are essential to human life, are oftentimes overlooked by the State. Social entrepreneurs are many times considered to be “special” individuals because they attribute greater importance to the creation of social value than to the increase of profit. Moreover, social entrepreneurship is also considered vital to economic development, due to the creation of employment and wealth. However, there is no consensus in literature with regard to the form social entrepreneurship acquires. If, on one hand, there are authors who consider this phenomenon to be exclusive to non-profit organisations (e. g., Lasprogata & Cotten, 2003; Morris et al., 2007; Aamo, 2008; Kelley, 2009), then on the other, there are those who affirm that social entrepreneurship can occur in any type of organisation (e. g., Austin et al., 2006; Korosec & Berman, 2006; Mair & Martí, 2006; Peredo & McLean, 2006; Neck et al., 2009). The main objective of this research is to compare the motives and the effects (the creation of employment and wealth) of social entrepreneurship between the for-profit private sector and the non-profit sector. To this effect, questionnaires were sent to businessmen and the representatives of non-profit institutions operating in the social sector. The results indicate that the social entrepreneur, in the district of Bragança, can assume three profiles: philanthropic, commercial and hybrid. The two sectors being studied do not present statistically significant differences relative to the motives for the resolution of social problems and the creation of wealth. Relative to the creation of employment, the for-profit private sector contributed more toward the creation of employment positions than the non-profit sector.2015-09-08T11:06:22Z2015-09-08T00:00:00Z2015-09-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/4895porPereira, Olga Filipa Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:41:22Zoai:repositorio.utad.pt:10348/4895Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:02:51.532320Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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