Avaliação da dor do doente no serviço de urgência, perceção dos enfermeiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borgas, Ana Filipa Cristino
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=8c0bVmG5
Resumo: A dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável, provoca sofrimento e influencia o comportamento do indivíduo, a nível físico, social, emocional e profissional. Estudos revelam que a dor nem sempre é devidamente valorizada pelos profissionais de saúde, atuando estes em conformidade com a sua perceção e experiencia de dor. Com o presente estudo, realizado com uma amostra de quarenta e um enfermeiros de um Serviço de Urgência, num hospital da zona centro, pretendeu-se conhecer a perceção desses profissionais sobre a avaliação da dor dos doentes que recorrem ao referido serviço. Realizou-se um estudo exploratório descritivo, em que os dados foram recolhidos através de questionário. Agruparam-se as respostas em três dimensões: conhecimento dos enfermeiros sobre os documentos que regem os cuidados na área da gestão da dor, atitude dos enfermeiros perante o doente com dor e perceção dos enfermeiros sobre atitudes na gestão da dor. Colocou-se uma questão facultativa na qual se convidava os enfermeiros a enumerar três propostas de melhoria da avaliação e gestão da dor do doente no Serviço de Urgência. Agruparam-se as respostas em quatro categorias: necessidade de existência de protocolos, necessidade de formação, necessidade de melhoria dos registos de enfermagem e das relações humanas. Os principais resultados revelaram que os enfermeiros possuem um défice de conhecimentos na gestão da dor do doente com compromisso das capacidades cognitivas e percecionam uma correta gestão da dor do doente sem compromisso dessas capacidades. Como propostas de melhoria, os participantes indicaram a necessidade da existência de protocolos, a necessidade de formação, a melhoria dos registos e das relações humanas. Conclui-se que os enfermeiros estão sensibilizados para a temática em estudo, manifestando a necessidade de investimento em formação na gestão da dor do doente com capacidades cognitivas comprometidas, melhoria dos registos e elaboração de protocolos de atuação, os quais podem contribuir para uma avaliação e gestão da dor do doente no Serviço de Urgência mais completa dando cumprimento às normas legislativas dos cuidados ao doente com dor.
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