Que “diferença faz a diferença” na recuperação da anorexia nervosa?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11328/876 |
Resumo: | Contexto: As dificuldades inerentes ao tratamento da anorexia nervosa são bem conhecidas e é, ainda hoje, predominante a concepção da anorexia nervosa enquanto doença crônica. Contudo, diversos estudos mostram não só que a recuperação é possível como também que há inclusivamente mulheres que se re- cuperam espontaneamente, sem terem sido sujeitas a tratamento. Objetivo: Este estudo pretende, assim, rever a literatura existente relativamente a fatores que contribuíram para a recuperação na anorexia nervosa, quer relacionados com o tratamento quer com extratramento. Método e resultados: Para tal, a partir da revisão de 13 estudos existentes sobre a perspectiva de ex-pacientes acerca do que contribuiu para a recuperação, este artigo irá pôr em destaque que “diferenças fizeram a diferença”, bem como em que medida os estudos existentes permitem uma compreensão de como essas diferenças podem fazer a diferença. Conclusão: Conclui-se que, apesar de a investigação estar, sobretudo, centrada na compreensão dos fatores de tratamento mais úteis, muitas ex-pacientes parecem destacar mais a utilidade dos fatores extratratamento, nomeadamente a importância das relações na manutenção e resolução do problema. Os mesmos fatores são conside- rados prejudiciais e/ou úteis para diferentes entrevistadas, o que remete para a complexidade do fenômeno da recuperação que ainda carece de mais investigação. |
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Que “diferença faz a diferença” na recuperação da anorexia nervosa?Which “difference does make a difference” in recovery of anorexia nervosa?Anorexia nervosaRecuperaçãoFatores de mudançaRecoveryTurning-pointsContexto: As dificuldades inerentes ao tratamento da anorexia nervosa são bem conhecidas e é, ainda hoje, predominante a concepção da anorexia nervosa enquanto doença crônica. Contudo, diversos estudos mostram não só que a recuperação é possível como também que há inclusivamente mulheres que se re- cuperam espontaneamente, sem terem sido sujeitas a tratamento. Objetivo: Este estudo pretende, assim, rever a literatura existente relativamente a fatores que contribuíram para a recuperação na anorexia nervosa, quer relacionados com o tratamento quer com extratramento. Método e resultados: Para tal, a partir da revisão de 13 estudos existentes sobre a perspectiva de ex-pacientes acerca do que contribuiu para a recuperação, este artigo irá pôr em destaque que “diferenças fizeram a diferença”, bem como em que medida os estudos existentes permitem uma compreensão de como essas diferenças podem fazer a diferença. Conclusão: Conclui-se que, apesar de a investigação estar, sobretudo, centrada na compreensão dos fatores de tratamento mais úteis, muitas ex-pacientes parecem destacar mais a utilidade dos fatores extratratamento, nomeadamente a importância das relações na manutenção e resolução do problema. Os mesmos fatores são conside- rados prejudiciais e/ou úteis para diferentes entrevistadas, o que remete para a complexidade do fenômeno da recuperação que ainda carece de mais investigação.Background: The difficulties in the treatment of anorexia nervosa are well known and there is still today a dominant conception of anorexia nervosa as a chronic illness. Nevertheless, several studies show not only that recovery is possible but also that there are women who recover spontaneously, even without medical treatment. Objective: This study intends to review the existing literature on the factors that contributed to the recovery in anorexia nervosa, whether or not related to treatment. Methods and results: From the review of 13 existing studies, on the perspective of former patients about what contributed to the recovery, this article highlights which “differences did make a difference” and analyzes how these differences can actually make the difference. Conclusion: The authors conclude that although research had been mainly focused on understanding the most important medical treatment factors, many former patients emphasize the usefulness of extra-treatment factors, namely the importance of relationships in the maintenance and resolution of the problem. The same factors are considered harmful and/or useful by different respondents, which bring us to the complexity of the recovery phenomenon that still requires further research.2014-08-07T13:44:14Z2014-08-072011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11328/876http://hdl.handle.net/11328/876porAraújo, M., & Henriques, M.I.R.S. (2011). Que “diferença faz a diferença” na recuperação da anorexia nervosa? Revista de Psiquiatria Clínica, 38(2), 71-6.Araújo, MariaHenriques, Margarida Isabel Rangel Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-16T02:12:37Zoai:repositorio.upt.pt:11328/876Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:41:25.361362Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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