Repercussões da pandemia de COVID-19 na intervenção dos(as) técnicos(as) das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Nídia
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/40651
Resumo: Desde 2020, diversos períodos de confinamento social se impuseram para controlar os efeitos da pandemia de COVID-19, na saúde das comunidades. Os profissionais de intervenção social, nomeadamente das CPCJ´s, (Comissões de Proteção de Crianças e Jovens), foram desafiados a adotar novas estratégias de trabalho e a desenvolver competências para trabalhar em rede e em parceria, apesar das dificuldades geradas pelos contactos sociais, pelo teletrabalho e outras dificuldades provocados pela pandemia. A pandemia acentuou os problemas vividos há décadas pelas populações, sobretudo as mais vulneráveis, que vivem sob os efeitos das desigualdades sociais geradas pela implementação de políticas neoliberais, que fragilizaram e precarizaram as relações laborais, promoveram o desinvestimento público em setores tão importantes como o da saúde, da segurança social, da educação e privatizaram serviços públicos como os transportes, a energia e as telecomunicações. A investigação que desenvolvemos centrou-se num estudo de caso realizado numa CPCJ da região do Tâmega e Sousa. Pretendemos identificar o impacto da pandemia na intervenção social com crianças e jovens em perigo e suas famílias, num contexto marcado pelo encerramento das escolas, pelo recurso ao ensino à distância, pela falta de equipamentos para este tipo de ensino, pela fragilidade do sistema de telecomunicações, pelas dificuldades de aprendizagem acrescidas, pela redução acentuada de recursos, com medidas de proteção social insuficientes, pelo isolamento das crianças e suas famílias, e ainda pelas situações de pressão e tensão nos agregados. As conclusões apontam, desde logo, para um aumento do número de sinalizações de situações de perigo, assim como dos processos de promoção e proteção acompanhados ao longo de 2020. A intervenção social foi reinventada, na medida em que passou a ser realizada através de meios telemáticos, com todos os constrangimentos que isso implica. As visitas domiciliárias foram reduzidas drasticamente, e a própria dinâmica de funcionamento interno teve que ser alterada, com a adoção de um plano de contingência. Os resultados mostram ainda a importância do trabalho local em rede e parceria, para a proteção das crianças e jovens.
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A pandemia acentuou os problemas vividos há décadas pelas populações, sobretudo as mais vulneráveis, que vivem sob os efeitos das desigualdades sociais geradas pela implementação de políticas neoliberais, que fragilizaram e precarizaram as relações laborais, promoveram o desinvestimento público em setores tão importantes como o da saúde, da segurança social, da educação e privatizaram serviços públicos como os transportes, a energia e as telecomunicações. A investigação que desenvolvemos centrou-se num estudo de caso realizado numa CPCJ da região do Tâmega e Sousa. Pretendemos identificar o impacto da pandemia na intervenção social com crianças e jovens em perigo e suas famílias, num contexto marcado pelo encerramento das escolas, pelo recurso ao ensino à distância, pela falta de equipamentos para este tipo de ensino, pela fragilidade do sistema de telecomunicações, pelas dificuldades de aprendizagem acrescidas, pela redução acentuada de recursos, com medidas de proteção social insuficientes, pelo isolamento das crianças e suas famílias, e ainda pelas situações de pressão e tensão nos agregados. As conclusões apontam, desde logo, para um aumento do número de sinalizações de situações de perigo, assim como dos processos de promoção e proteção acompanhados ao longo de 2020. A intervenção social foi reinventada, na medida em que passou a ser realizada através de meios telemáticos, com todos os constrangimentos que isso implica. As visitas domiciliárias foram reduzidas drasticamente, e a própria dinâmica de funcionamento interno teve que ser alterada, com a adoção de um plano de contingência. Os resultados mostram ainda a importância do trabalho local em rede e parceria, para a proteção das crianças e jovens.Several periods of social confinement were imposed since 2020 to control the effects of the COVID-19 pandemics on the health of communities. Social intervention professionals, namely from CPCJ (Commissions for the Protection of Children and Youth), were challenged to adopt new work strategies and develop network and partnership skills, despite the difficulties caused by the pandemics, namely with respect to the lack of social contacts and teleworking. The pandemics has accentuated the problems that have been experienced for decades by populations, especially the most vulnerable who live under the effects of the social inequalities generated by the implementation of neoliberal policies, which have weakened and made labour relations more precarious, promoted public disinvestment in such important sectors as health, social security and education, and privatised public services such as transport, energy and telecommunications. The research we have developed focused on a case study carried out in a CPCJ of the Tâmega e Sousa region. Our aim was to identify the impact of the pandemics on the social intervention in children and young people in danger and their families, in a context marked by the closure of schools, the use of distance learning, the lack of equipment for this type of education and the fragility of the telecommunications system, the increased learning difficulties, the marked reduction of resources, with insufficient social protection measures, the isolation of children and their families and the situations of pressure and tension within the households. To begin with, the conclusions point to an increase in the number of danger situations that have been flagged, as well as in the number of cases of promotion and protection monitored over 2020. Social intervention was reinvented, as it started to be carried out through telematic means, with all the constraints that this implies. Home visits were drastically reduced, and the internal functioning dynamics had to be changed, with the adoption of a contingency plan. The results also show the importance of local networking and partnership work for the protection of children and young people.Granja, BertaRepositório ComumSousa, Nídia2022-05-20T14:08:52Z2022-042022-022022-04-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/40651TID:203184122porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-17T15:15:12Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/40651Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:26:37.634609Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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