Canabinóides - que indicações e contraindicações?

• Autor(a) principal: Hartmann, Rafael Pereira
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/11845
• topic: MESTRADO INTEGRADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS; CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS; CANABINÓIDES; PHARMACEUTICAL SCIENCES; CANNABINOIDS

A canábis (Cannabis sativa) tem sido estudada há milhares de anos pelas suas propriedades terapêuticas e industriais, e largamente investigada ao nível do isolamento dos seus constituintes ativos, especialmente, do tetrahidrocanabinol (THC) e do canabidiol (CBD). Mais recentemente, tem ganho especial interesse por parte da população que a utiliza quando as terapias convencionais não demonstram ser eficazes ou trazem muitos efeitos adversos. Para além disso, a indústria farmacêutica com base nos ensaios clínicos concluídos e em curso, já conta com produtos à base de canábis medicinal disponível no mercado. Este trabalho analisa a canábis do ponto de vista terapêutico com base nos estudos que se têm desenvolvido ao longo dos anos e apresenta os avanços mais recentes que se têm realizado com base na sua introdução no mercado, tendo como objetivo enumerar as indicações e contraindicações que até à data são mencionadas na literatura com base nas evidências científicas mais robustas. A metodologia inclui a pesquisa de artigos, ensaios clínicos e outros documentos no PUBMED, no Google Acadêmico, na revisão Cochrane e na base de dados da associação Cannativa. Como resultados são descritos alguns estudos para cada uma dos sistemas e áreas de atuação da canábis, a legislação corrente para alguns países e ensaios clínicos concluídos, em curso e em iniciação. Como conclusão, a canábis medicinal tem, pouco a pouco, ganho enfâse como futura terapêutica nalguns distúrbios e doenças para os quais se tem provado maior evidência científica com base nos estudos realizados. Também vários países aceitaram o uso da canábis total ou parcialmente, medicinal ou recreativamente tentando sempre elaborar leis que regulem o seu uso de modo racional e com segurança. Mais estudos e ensaios clínicos em humanos são, contudo ainda necessários para comprovar a eficácia da canábis medicinal nalgumas doenças para as quais a terapêutica atual não tem dado uma resposta satisfatória.