Exames nacionais do 9º ano de matemática : concepções dos professores classificadores
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/8923 |
Resumo: | A conjuntura educacional portuguesa atravessa um momento de previsível reforço da avaliação externa das aprendizagens. As investigações sobre avaliação das aprendizagens têm incidido sobretudo na avaliação interna. O estudo que adiante se apresenta foca a avaliação externa procurando descrever as concepções dos professores classificadores da disciplina de Matemática do 9º ano sobre a classificação das provas do exame nacional de Matemática, de modo a verificar a coerência com o referente conceptual e o normativo que a enquadra. Neste sentido, estabeleceu-se a seguinte questão geral de investigação: as concepções dos professores de Matemática sobre a avaliação externa das aprendizagens são, no essencial, idênticas entre si ou é possível descrever concepções significativamente diferentes? A partir desta questão, articulámos as concepções sobre o modo de ensinar Matemática com as perspectivas sobre a avaliação interna e externa das aprendizagens e, em particular, sobre os tipos de itens que compõem as provas de exame. As concepções acerca da elaboração e aplicação dos critérios de classificação dos itens das provas do exame nacional e a importância atribuída ao processo de supervisão foram alvo de especial atenção. Seguindo o paradigma qualitativo, realizámos um estudo de caso exploratório, utilizando como processos de recolha de dados entrevistas semi-estruturadas e análise documental. O tratamento dos dados recolhidos foi efectuado através da análise qualitativa de conteúdo. Este estudo evidencia a congruência entre as concepções detidas pelos professores entrevistados sobre o modo de ensinar e as modalidades de avaliação interna e externa e ainda entre as suas concepções e o respectivo modo de ensinar face à existência dessas avaliações. Os professores privilegiam itens de resposta aberta em detrimento dos de resposta curta e denotam insatisfação pelo facto de não colaborarem na elaboração dos critérios de classificação das respostas dos itens que constituem o exame. Alguns dos entrevistados revelam incomodidade pela sua participação obrigatória num trabalho (o de correcção de exames) com o qual não se identificam totalmente. A investigação conduziu a algumas recomendações de melhoria na organização do processo de classificação de exames implementado pelo GAVE, das quais salientamos a que sugere a criação de uma bolsa de professores classificadores constituindo um corpo mais estável de avaliadores especializados e mais motivados para a tarefa. |
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Exames nacionais do 9º ano de matemática : concepções dos professores classificadoresConcepções dos professoresAvaliação das aprendizagensExamesOrganização do serviço de examesConceptions des enseignantsÉvaluation des apprentissagesExamensOrganisation du travail des examensA conjuntura educacional portuguesa atravessa um momento de previsível reforço da avaliação externa das aprendizagens. As investigações sobre avaliação das aprendizagens têm incidido sobretudo na avaliação interna. O estudo que adiante se apresenta foca a avaliação externa procurando descrever as concepções dos professores classificadores da disciplina de Matemática do 9º ano sobre a classificação das provas do exame nacional de Matemática, de modo a verificar a coerência com o referente conceptual e o normativo que a enquadra. Neste sentido, estabeleceu-se a seguinte questão geral de investigação: as concepções dos professores de Matemática sobre a avaliação externa das aprendizagens são, no essencial, idênticas entre si ou é possível descrever concepções significativamente diferentes? A partir desta questão, articulámos as concepções sobre o modo de ensinar Matemática com as perspectivas sobre a avaliação interna e externa das aprendizagens e, em particular, sobre os tipos de itens que compõem as provas de exame. As concepções acerca da elaboração e aplicação dos critérios de classificação dos itens das provas do exame nacional e a importância atribuída ao processo de supervisão foram alvo de especial atenção. Seguindo o paradigma qualitativo, realizámos um estudo de caso exploratório, utilizando como processos de recolha de dados entrevistas semi-estruturadas e análise documental. O tratamento dos dados recolhidos foi efectuado através da análise qualitativa de conteúdo. Este estudo evidencia a congruência entre as concepções detidas pelos professores entrevistados sobre o modo de ensinar e as modalidades de avaliação interna e externa e ainda entre as suas concepções e o respectivo modo de ensinar face à existência dessas avaliações. Os professores privilegiam itens de resposta aberta em detrimento dos de resposta curta e denotam insatisfação pelo facto de não colaborarem na elaboração dos critérios de classificação das respostas dos itens que constituem o exame. Alguns dos entrevistados revelam incomodidade pela sua participação obrigatória num trabalho (o de correcção de exames) com o qual não se identificam totalmente. A investigação conduziu a algumas recomendações de melhoria na organização do processo de classificação de exames implementado pelo GAVE, das quais salientamos a que sugere a criação de uma bolsa de professores classificadores constituindo um corpo mais estável de avaliadores especializados e mais motivados para a tarefa.La conjoncture éducative portugaise traverse un moment de prévisible renfort de l’évaluation externe des apprentissages. Les recherches sur l’évaluation des apprentissages se sont jusqu’alors concentrées surtout sur l’évaluation interne. L’étude ci-présente cible l’évaluation externe en cherchant à décrire les conceptions des enseignants correcteurs de la discipline de mathématiques de la 9ème année sur la notation des épreuves de l’examen national de mathématiques, de façon à vérifier la cohérence avec le référent conceptuel et le cadre normatif en vigueur. Dans ce sens, nous avons établi la question générale de recherche suivante: les conceptions des enseignants de mathématiques sur l’évaluation externe des apprentissages sont-elles, dans l’essentiel, identiques entre elles ou est-il possible de décrire des conceptions significativement différentes ? À partir de cette question, nous avons articulé les conceptions sur la façon d’enseigner les mathématiques avec les perspectives sur l’évaluation interne et externe des apprentissages et, en particulier, sur les types d’items qui composent les épreuves d’examen. Les conceptions sur l’élaboration et l’application des critères de notation des items des épreuves d’examen national et l’importance attribuée au processus de supervision furent ciblées avec une attention particulière. En suivant le paradigme qualitatif, nous avons réalisé une étude de cas exploratoire en utilisant, comme procédé de collecte de données, des interviews semi-structurées et l’analyse des documents. Le traitement des données recueillies fut effectué à travers l’analyse qualitative. Cette étude met en évidence la congruence entre les conceptions détenues par les enseignants interviewés sur la façon d’enseigner et les modalités de l’évaluation interne et externe mais aussi sur leurs conceptions et la façon d’enseigner face à l’existence de ces évaluations. Les enseignants privilégient les items à réponse ouverte au détriment de ceux à réponse courte et révèlent leur insatisfaction devant le fait qu’ils ne collaborent pas à l’élaboration des critères de notation des réponses aux items qui constituent l’examen. Certains enseignants interviewés se montrent gênés de participer à un travail (la correction des examens) auquel ils ne s’identifient pas totalement. L’investigation a mené à quelques recommandations d’amélioration dans l’organisation du processus de notation des examens mis en oeuvre par le GAVE (Bureau d’évaluation éducationnelle), desquelles nous retenons celle qui suggère la création d’un groupe d’enseignants classificateurs constituant un corps plus stable d’évaluateurs spécialisés et plus motivés à cette tâche.Baptista, José AfonsoAlaiz, VítorVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSilva, Graça Marlene Seco e2012-08-13T10:16:35Z2012-01-0320112012-01-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/8923porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:13:57Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/8923Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:08:04.471281Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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