Burnout, stress, ansiedade e depressão em trabalhadores de escritório: estudo exploratório com recurso ao método de amostragem da experiência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Inês Filipa Robalinho
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/21724
Resumo: Os problemas de saúde mental, como o stress, a ansiedade, a depressão e o Burnout são dos mais relevantes ao nível dos locais de trabalho. Diversos fatores de risco psicossocias podem encontrar-se associados a estes problemas de saúde mental, tal como evidenciado em estudos anteriores. Contudo, poucos estudos se suportaram no método de amostragem da experiência. Este estudo pretendeu caracterizar a depressão, ansiedade, o stress e o Burnout em trabalhadores de escritório, identificando fatores associados à sua ocorrência. Adicionalmente, pretendeu-se identificar medidas para a sua minimização, que tivessem por base sistemas de biofeedback. O estudo envolveu 31 trabalhadores do conhecimento de uma grande empresa. Foi aplicado um questionário bi-diário durante duas semanas, com vista a determinar o nível de stress do trabalhador ao longo da semana e do dia de trabalho, bem como os fatores relacionados com alterações na saúde mental dos trabalhadores. Adicionalmente foi aplicado um questionário que incluía a Escala de Depressão Ansiedade e Stress (DASS-21) para medir os estados emocionais de depressão, ansiedade e stress e o Inventário de Burnout Copnehaga (CBI), para determinar os níveis de Burnout. Por fim, para a identificação de medidas para minimização do stress ocupacional, que tivessem por base sistemas de biofeedback, foi realizada uma revisão sistemática da literatura. Os resultados sugerem que fatores como a produtividade percecionada, o nível de desafio, o nível de competência e o nível de sonolência se encontram positivamente correlacionadas com o nível de stress diário. Os modelos de regressão mostraram que o stress diário percecionado, o ambiente físico, o nível de competências, o nível de desafio e as interrupções são preditores significativos no Burnout. No que se refere à depressão, ansiedade e stress, três variáveis revelaram-se preditores significativos em todas as subescalas e no score total, nomeadamente o stress, sonolência e importância do trabalho. No que respeita a intervenções com base biofeedback para reduzir os fatores identificados, os resultados parecem positivos, contudo mais estudos são necessários. Os resultados deste estudo denotam a necessidade de serem considerados os fatores de risco identificados neste estudo em programas de prevenção e intervenção. No futuro é importante integrar estes fatores como preditores de problemas mentais em ferramentas de deteção automático de stress, ansiedade, Burnout e depressão, bem como de das medidas de biofedback em sistemas de recomendação.
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