Hemofilias: uma abordagem atualizada
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/30526 |
Resumo: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Hematologia), apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra |
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Hemofilias: uma abordagem atualizadaDoença de von WillebrandHemofiliaTrabalho final de mestrado integrado em Medicina (Hematologia), apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraAs Hemofilias A e B são as deficiências de fatores da coagulação mais comuns e definem-se pela ausência ou diminuição dos níveis de FVIII e FIX, respetivamente. Resultam de mutações nos genes que codificam os referidos fatores e caracterizam-se pela sua hereditariedade ligada ao sexo. A sua apresentação clínica nas formas graves (a maioria) é muito típica, sendo a hemartrose o seu sinal clássico. Nesta situação, mesmo que não exista história familiar, o diagnóstico não apresenta dificuldades significativas. Contudo, no que diz respeito a uma deficiência de FVIII, terá sempre que se descartar a hipótese se estar perante uma DvW e não uma Hemofilia A, devido à semelhança clínica e laboratorial. Nas formas leves, a sua apresentação mais tardia, implica não só excluir a DvW, como a HAA, pelos mesmos motivos. Assim sendo, estes são distúrbios abordados ao longo desta revisão. A terapêutica da hemofilia sofreu uma tremenda evolução nas últimas três décadas. Atualmente, dispõe-se de concentrados de fator derivados de plasma e recombinantes que, especialmente em países desenvolvidos, permitem a sua administração pelo doente ou família, na sua própria casa. Este progresso permitiu um considerável aumento na sobrevivência e uma marcada redução da incapacidade devidas aos danos articulares característicos da hemofilia. As recomendações terapêuticas assentam numa abordagem profilática contínua iniciada precocemente e mantida pelo menos até ao início da vida adulta. No entanto, poucas certezas existem ainda sobre as doses ótimas a serem administradas, a frequência da sua administração e o momento ótimo em que o doente deve abandonar a terapêutica profilática e iniciar tratamento apenas on demand. Já quase ultrapassado o flagelo das infeções pelo HIV, HBV e HCV, a principal e mais grave complicação do tratamento da hemofilia é, nos dias de hoje, o desenvolvimento 5 de inibidores. Também nesta área é necessário mais estudos que determinem as doses ótimas da ITI e as possíveis vantagens do uso de fármacos adjuvantes. Prevê-se que num futuro próximo sejam desenvolvidos e aprovados concentrados de fator com semi-vidas mais longas e metodologias de terapia génica. Assim sendo, esta revisão tem como objetivo apresentar os conceitos propostos atualmente pela comunidade científica no que concerne à abordagem da Hemofilia, desde o seu diagnóstico até às complicações do seu tratamento e perspetivas futuras. Com este intuito, foi realizada a pesquisa da literatura científica publicada até 2014 na base de dados PubMed, com recurso aos meios disponibilizados pela Biblioteca do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Após o levantamento dos artigos publicados na área, procedeu-se à seleção dos artigos, inicialmente com base no título e, posteriormente, pela leitura dos resumos daqueles que mostraram ser relevantes. Por último, sempre que possível, obteve-se a versão completa dos artigos cujo resumo demonstrou conter informação pertinente no âmbito da abordagem clínica das HemofiliasHemophilia A and B are the most common deficiencies of coagulation factors and are defined by the absence or decreased levels of FVIII and FIX, respectively. They are a result of the gene mutations of FVIII and FIX and are characterized by their sex-linked inheritance. In severe forms, which are the majority, the clinical presentation is typical, with hemarthrosis being the classical sign. Therefore, in the presence of a hemarthrosis, even if there is no family history, the diagnosis does not present significant difficulties. However, if FVIII deficiency is suspected, it’s important to discard the hypothesis of a vWD, due to the similar clinical and laboratory features. In mild forms, their later presentation implies not only discard vWD, but also AHA, for the same reason. Consequently, these are two disorders discussed throughout this review. The treatment of hemophilia has undergone tremendous development in the last three decades. Currently, plasma-derived and recombinant factor concentrates are available, especially in developed countries, enabling home infusion therapy by either the patient or his family. This progress has led to a significant increase in survival and a marked reduction of joint damage and consequent disability. Nowadays, prophylactic factor replacement is considered the standard care of hemophilia, starting in early childhood and continuing at least until early adulthood. However, there are few certainties about the optimal doses, its administration frequency and when prophylactic therapy should be stopped. Since the HIV, HBV and HCV infection issue is almost overcome, the main and most serious complication of hemophilia is, these days, the inhibitors development. Also in this field, further studies are needed to determine optimal doses of ITI and the possible advantages of adjuvant drugs. We hope that, in the near future, longer half-life coagulation products and emerging methodology based on gene transfer are developed and approved to hemophilia treatment. 7 Therefore, this review aims to present the currently proposed concepts by the scientific community regarding the approach of Hemophilia, from diagnosis to treatment complications and future prospects. For this purpose, a search of the scientific literature published until 2014 in the PubMed database was performed, using the resources made available by the Library of Coimbra’s University Hospital. After the assessment of articles published in the area, it was performed the article selection, initially based on the title and then by reading the abstracts of those who proved to be relevant. Finally, wherever possible, we obtained a full version of the articles shown to contain in their abstract relevant information within the clinical approach of hemophilia2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/30526http://hdl.handle.net/10316/30526TID:201626462porCosta, Patrícia Mendes dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T03:35:10Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/30526Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:24.983761Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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