Efeito de metais pesados na alga Pseudokirchneriella subcapitata
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/2558 |
Resumo: | O impacto dos metais pesados em ambientes aquáticos, incluindo águas residuais, é vulgarmente determinado através de testes de toxicidade. A microalga Pseudokirchneriella subcapitata é usada nos métodos de toxicidade recomendados por organismos Internacionais como a EPA (Environmental Protection Agency) e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). O presente trabalho teve como objectivo avaliar o impacto do cádmio e do zinco no crescimento, na autofluorescência e na actividade metabólica da alga P. subcapitata. Para tal, a alga, em fase exponencial de crescimento, foi inoculada no meio de cultura contendo Cd (150, 500 ou 700 nmol/l) ou Zn (300, 1800 ou 6000 nmol/l). A concentração mais baixa de Cd e Zn não provocou qualquer efeito inibitório. Para uma concentração intermédia de Cd e Zn, observou-se uma redução do crescimento, ao fim de 72 h, de 63 e 50 %, respectivamente. No caso da concentração mais elevada de Cd e de Zn, observou-se uma redução do crescimento, ao fim de 72 h, de 83 e 97 %, respectivamente. A perda de autofluorescência da alga, devido à presença de Cd e de Zn, seguiu um padrão similar ao efeito sobre o crescimento. Resultados preliminares mostraram que a exposição das células de P. subcapitata a 700 nmol/ de Cd, durante 1h, induziu uma inibição da actividade esterásica de 52 %, enquanto que a incubação com 6000 nmol/l de Zn, durante 6 h, provocou uma redução da actividade esterásica de ~ 50 %. Em conclusão, os resultados obtidos mostram que o Cd é mais tóxico que o Zn para a alga P. subcapitata. A perda de autofluorescência, devido à exposição aos metais pesados em estudo, ocorreu segundo um padrão similar ao efeito inibitório sobre o crescimento. O Cd e Zn provocaram uma rápida perda (no espaço de 6 h) da actividade esterásica. Estes resultados sugerem que a avaliação da actividade esterásica da alga P. subcapitata poderá constituir um indicador sensível na avaliação da toxicidade. |
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Efeito de metais pesados na alga Pseudokirchneriella subcapitataAutofluorescênciaCádmioDiacetato de fluoresceína (DAF)MicroalgaPseudokirchneriella subcapitataToxicidadeZincoAutofluorescenceCadmium fluorescein diacetate (FDA)MicroalgaeToxicityZincO impacto dos metais pesados em ambientes aquáticos, incluindo águas residuais, é vulgarmente determinado através de testes de toxicidade. A microalga Pseudokirchneriella subcapitata é usada nos métodos de toxicidade recomendados por organismos Internacionais como a EPA (Environmental Protection Agency) e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). O presente trabalho teve como objectivo avaliar o impacto do cádmio e do zinco no crescimento, na autofluorescência e na actividade metabólica da alga P. subcapitata. Para tal, a alga, em fase exponencial de crescimento, foi inoculada no meio de cultura contendo Cd (150, 500 ou 700 nmol/l) ou Zn (300, 1800 ou 6000 nmol/l). A concentração mais baixa de Cd e Zn não provocou qualquer efeito inibitório. Para uma concentração intermédia de Cd e Zn, observou-se uma redução do crescimento, ao fim de 72 h, de 63 e 50 %, respectivamente. No caso da concentração mais elevada de Cd e de Zn, observou-se uma redução do crescimento, ao fim de 72 h, de 83 e 97 %, respectivamente. A perda de autofluorescência da alga, devido à presença de Cd e de Zn, seguiu um padrão similar ao efeito sobre o crescimento. Resultados preliminares mostraram que a exposição das células de P. subcapitata a 700 nmol/ de Cd, durante 1h, induziu uma inibição da actividade esterásica de 52 %, enquanto que a incubação com 6000 nmol/l de Zn, durante 6 h, provocou uma redução da actividade esterásica de ~ 50 %. Em conclusão, os resultados obtidos mostram que o Cd é mais tóxico que o Zn para a alga P. subcapitata. A perda de autofluorescência, devido à exposição aos metais pesados em estudo, ocorreu segundo um padrão similar ao efeito inibitório sobre o crescimento. O Cd e Zn provocaram uma rápida perda (no espaço de 6 h) da actividade esterásica. Estes resultados sugerem que a avaliação da actividade esterásica da alga P. subcapitata poderá constituir um indicador sensível na avaliação da toxicidade.The impact of heavy metals in aquatic environments, including sewage, is commonly evaluated using toxicity tests. The microalgae Pseudokirchneriella subcapitata is used in the toxicity methods recommended by international agencies, such as EPA (Environmental Protection Agency) or OECD (Organization for Economic Cooperation and Development). The aim of the present work was to assess the impact of cadmium and zinc on growth, autofluorescence and metabolic activity of the algae P. subcapitata. Thus, the algae, in the exponential phase of growth, was inoculated in culture medium containing Cd (150, 500 or 700 nmol/l) or Zn (300, 1800 or 6000 nmol/l). The lowest concentration of Cd or Zn did not cause any inhibitory growth effect. For an intermediate concentration of Cd and Zn, a reduction of the growth of 63 and 50 %, respectively, was observed after 72 h of growth. In the case of the highest concentration of Cd and Zn, a reduction of growth, after 72 h, of 83 and 97 %, respectively, was observed. The loss of autofluorescence of the algae, due to the presence of Cd and Zn, followed a similar pattern to the effect on growth. Preliminary results showed that exposition of cells of P. subcapitata to 700 nmol Cd, for 1 h, induced an inhibition of esterase activity of 52 %, whereas incubation with 6000 nmol/l Zn, for 6 h, caused a reduction of ~ 50 % of esterase activity. In conclusion, the results show that Cd is more toxic than Zn to the algae P. subcapitata. The loss of autofluorescence, due to exposure to heavy metals, under study, followed a similar pattern to the inhibitory effect on growth. The Cd and Zn caused a rapid loss (within 6 h) of esterase activity. These results suggest that evaluation of the esterase activity of the algae P. subcapitata could be a sensitive indicator for assessing the toxicity.Instituto Politécnico do Porto. Instituto Superior de Engenharia do PortoSoares, Eduardo V.Repositório Científico do Instituto Politécnico do PortoBrito, Nuno Roberto Brandão de2013-11-06T15:10:28Z20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/2558porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:42:05Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/2558Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:23:34.439455Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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