A persistência e a transmissão de risco nos mercados financeiros da região LAC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Hortense Maria Carvalho dos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/36413
Resumo: Os mercados financeiros internacionais assistiram a uma sucessão de grandes contrariedades nos últimos meses, desencadeados pela Covid-19, seguidos por uma série de colapsos, a guerra do petróleo, e as flutuações cambiais. Face a estes acontecimentos esta investigação pretende testar a persistência e contágio financeiro nos mercados de ações da Região LAC, nomeadamente os índices bolsistas da Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, México, Peru, e os EUA, no período de 1 de janeiro de 2018 a 20 de outubro de 2020. Para dar robustez à investigação a amostra foi particionada em dois subperíodos pré e durante Covid-19, o período pré-covid compreende o lapso temporal de 1 de janeiro de 2018 e 28 de junho de 2019, enquanto o período covid está compreendido entre 1 de julho de 2019 e 20 de outubro de 2020. De forma a responder às questões de investigação, utilizamos diferentes modelos para validar resultados e dar robustez às nossas evidencias. Para dar resposta à primeira questão de investigação se as rendibilidades apresentam persistência, no período amostral completo, utilizamos os modelos Ljung-Box, ARCH-LM e BDS e os resultados mostram que as rendibilidades são previsíveis, ou seja, não são independentes e identicamente distribuídas (i.i.d), com exceção feita ao mercado de ações da Argentina, o que valida em parte a primeira questão de investigação. Para dar resposta à segunda questão de investigação utilizamos a metodologia Detrended Fluctuation Analysis (DFA), no qual pretendíamos saber se a persistência era mais acentuada no período pré-Covid ou no período durante a pandemia global. Os resultados indiciam que os mercados de ações da Argentina e do Brasil mantêm a persistência nos dois subperíodos (0.60, 0.63). Os índices bolsistas do Chile, Colômbia, Peru e os EUA acentuaram a persistência entre subperíodos (0.57 para 0.66), (0.63 para 0.74), (0.57 para 0.76), (0.49 para 0.59), respetivamente. Enquanto o mercado de ações do México diminuiu a persistência entre os subperíodos pré e Covid (0.60 para 0.58). Estes resultados evidenciam que os mercados de ações da América Latina e dos EUA mostram previsibilidades, o que sugere que os preços não refletem totalmente a informação disponível e que as alterações nos preços não são i.i.d., ou seja, os investidores ajustando as suas estratégias de negociação com os desfasamentos necessários poderão ter alguma rendibilidade acima da média, o que valida, em parte, a segunda questão de investigação. Para responder à terceira questão de investigação utilizamos as correlações não condicionais e o teste-t heterocedástico de Forbes e Rigobon para validar se a persistência nas rendibilidades, ocasiona transmissão de risco entre os mercados de ações em análise. Os resultados mostram 33 pares de mercados a apresentarem contágio, e 9 relações de interdependência, ou seja, estes achados também validam parcialmente a terceira questão de investigação. Em jeito de conclusão consideramos que os investidores internacionais deverão ter algumas cautelas em colocar ativos destes mercados numa única carteira, pois face aos achados verificamos que a hipótese de implementação de carteiras nestes mercados regionais poderá ser colocada em causa.
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Para dar robustez à investigação a amostra foi particionada em dois subperíodos pré e durante Covid-19, o período pré-covid compreende o lapso temporal de 1 de janeiro de 2018 e 28 de junho de 2019, enquanto o período covid está compreendido entre 1 de julho de 2019 e 20 de outubro de 2020. De forma a responder às questões de investigação, utilizamos diferentes modelos para validar resultados e dar robustez às nossas evidencias. Para dar resposta à primeira questão de investigação se as rendibilidades apresentam persistência, no período amostral completo, utilizamos os modelos Ljung-Box, ARCH-LM e BDS e os resultados mostram que as rendibilidades são previsíveis, ou seja, não são independentes e identicamente distribuídas (i.i.d), com exceção feita ao mercado de ações da Argentina, o que valida em parte a primeira questão de investigação. Para dar resposta à segunda questão de investigação utilizamos a metodologia Detrended Fluctuation Analysis (DFA), no qual pretendíamos saber se a persistência era mais acentuada no período pré-Covid ou no período durante a pandemia global. Os resultados indiciam que os mercados de ações da Argentina e do Brasil mantêm a persistência nos dois subperíodos (0.60, 0.63). Os índices bolsistas do Chile, Colômbia, Peru e os EUA acentuaram a persistência entre subperíodos (0.57 para 0.66), (0.63 para 0.74), (0.57 para 0.76), (0.49 para 0.59), respetivamente. Enquanto o mercado de ações do México diminuiu a persistência entre os subperíodos pré e Covid (0.60 para 0.58). Estes resultados evidenciam que os mercados de ações da América Latina e dos EUA mostram previsibilidades, o que sugere que os preços não refletem totalmente a informação disponível e que as alterações nos preços não são i.i.d., ou seja, os investidores ajustando as suas estratégias de negociação com os desfasamentos necessários poderão ter alguma rendibilidade acima da média, o que valida, em parte, a segunda questão de investigação. Para responder à terceira questão de investigação utilizamos as correlações não condicionais e o teste-t heterocedástico de Forbes e Rigobon para validar se a persistência nas rendibilidades, ocasiona transmissão de risco entre os mercados de ações em análise. Os resultados mostram 33 pares de mercados a apresentarem contágio, e 9 relações de interdependência, ou seja, estes achados também validam parcialmente a terceira questão de investigação. Em jeito de conclusão consideramos que os investidores internacionais deverão ter algumas cautelas em colocar ativos destes mercados numa única carteira, pois face aos achados verificamos que a hipótese de implementação de carteiras nestes mercados regionais poderá ser colocada em causa.International financial markets have seen a succession of major setbacks in recent months triggered by Covid-19, followed by a series of collapses, the oil war, and currency fluctuations. In view of these events, this research aims to test the persistence and financial contagion in the stock markets of the LAC Region, namely the stock indexes of Argentina, Brazil, Colombia, Chile, México, Peru, and the USA, in the period from January 1, 2018 to October 20, 2020. To give robustness to the investigation the sample was partitioned into two subperiods before and during Covid-19, the pre-covid period comprises the time lapse between January 1, 2018 and June 28, 2019, while the covid period is between July 1, 2019 and October 20, 2020. In order to answer the research questions, we use different models to validate results and give robustness to our evidence. To answer the first question of investigation whether the yields present persistence, in the complete sampling period, we used the Ljung-Box, ARCH-LM and BDS models and the results show that the yields are predictable, that is, they are not independently distributed, except for the Argentine stock market, which validates in part the first research question. To answer the second research question, we used the Detrended Fluctuation Analysis (DFA) methodology, in which we wanted to know whether persistence was more pronounced in the pre-Covid period or in the period during the global pandemic. The results indicate that the stock markets of Argentina and Brazil maintain persistence in both subperiods (0.60, 0.63). The stock indexes of Chile, Colombia, Peru and the U.S. increased persistence between subperiods (0.57 to 0.66), (0.63 to 0.74), (0.57 to 0.76), (0.49 to 0.59), respectively. While Mexico's stock market decreased persistence between the pre-period and Covid (0.60 to 0.58). These results show that Latin American and U.S. stock markets show predictability, which suggests that prices do not fully reflect the information available and that price changes are not i.i.d., i.e., investors adjusting their trading strategies to the necessary lags may have some above-average profitability, which validates, in part, the second research issue. To answer the third question of investigation, we used the non-conditional correlations and the heteroscedastic t-test of Forbes and Rigobon to validate whether the persistence in profitability causes risk transmission between the stock markets under analysis. The results show 33 pairs of markets presenting contagion, and 9 interdependence relationships, that is, these findings also partially validate the third research question. In conclusion, we consider that international investors should be careful to place assets of these markets in a single portfolio, because in view of the findings we consider that the possibility of implementing portfolios in these regional markets may be called into question.Heliodoro, PaulaRepositório ComumSantos, Hortense Maria Carvalho dos2021-05-06T13:37:15Z2021-032021-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/36413TID:202757986porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T09:56:10Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/36413Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:11:46.713691Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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