As operações militares de manutenção do Império Português em África: Uma visão sobre as tácticas usadas na perspectiva da doutrina actual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matias, Diogo
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/6913
Resumo: No final século XIX, o espírito colonizador alastra a todos os países da Europa, e em 1884-85, dá-se a Conferência de Berlim, com o intuito de que esses países europeus adoptem regras para a ocupação do território. O resultado desta conferência, foi o tiro de partida para a “corrida a África”, Portugal entra nesta “corrida” apresentando o famoso mapa cor-de-rosa, que unia Angola a Moçambique pelo interior do continente. Contudo, este projecto português colidia com o projecto Inglês de Cecil Rhodes que pretendia ligar o Cabo ao Cairo. Neste sentido, a sua velha aliada emite o Utimatum Britânico caindo por terra o espírito expansionista. Portugal vira-se para a pacificação dos seus territórios, em 1895 - Moçambique e 1907 - Angola, que viviam um clima de insegurança, face à rejeição de Gungunhana prestar vassalagem ao Rei, e em Angola a face à hostilidade dos Cuamatos em subjugarem-se a Portugal. Quando a 1ª Guerra Mundial tem inicio, Portugal assume uma posição de neutralidade, no entanto face aos ataques que a Alemanha efectuou nas colónias, Portugal é obrigado a entrar no conflito com o intuito de defender o seu território colonial em África, alvo de forte cobiça e de salvaguardar um lugar na conferência de paz, onde se iria jogar o futuro mapa colonial. No após 2ª Guerra Mundial, os sentimentos nacionalistas cresciam entre os mestiços (povos de raça mista) e os assimilados (na sua maioria mestiços legalmente assimilados pela cultura portuguesa). Durante os anos 50, o crescente clima revolucionário no ultramar intensificou-se, contudo este clima colidia com a filosofia portuguesa que se opunha a romper com os laços coloniais e encetar a descolonização. Os ventos da mudança percorriam o solo africano, contudo, o regime rejeitava efectuar eleições democráticas ou a descolonizar. Face a um contexto Internacional, onde emergia uma onda crescente de descolonização e a um contexto Nacional, no qual se iniciam os primeiros sinais contra o regime, Portugal vira-se com todos os seus dispositivos para a defesa das suas colónias, combatendo na Guerra Colonial desde 1961 a 1974 vindo a perder todo o seu Império.
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Portugal vira-se para a pacificação dos seus territórios, em 1895 - Moçambique e 1907 - Angola, que viviam um clima de insegurança, face à rejeição de Gungunhana prestar vassalagem ao Rei, e em Angola a face à hostilidade dos Cuamatos em subjugarem-se a Portugal. Quando a 1ª Guerra Mundial tem inicio, Portugal assume uma posição de neutralidade, no entanto face aos ataques que a Alemanha efectuou nas colónias, Portugal é obrigado a entrar no conflito com o intuito de defender o seu território colonial em África, alvo de forte cobiça e de salvaguardar um lugar na conferência de paz, onde se iria jogar o futuro mapa colonial. No após 2ª Guerra Mundial, os sentimentos nacionalistas cresciam entre os mestiços (povos de raça mista) e os assimilados (na sua maioria mestiços legalmente assimilados pela cultura portuguesa). Durante os anos 50, o crescente clima revolucionário no ultramar intensificou-se, contudo este clima colidia com a filosofia portuguesa que se opunha a romper com os laços coloniais e encetar a descolonização. Os ventos da mudança percorriam o solo africano, contudo, o regime rejeitava efectuar eleições democráticas ou a descolonizar. Face a um contexto Internacional, onde emergia uma onda crescente de descolonização e a um contexto Nacional, no qual se iniciam os primeiros sinais contra o regime, Portugal vira-se com todos os seus dispositivos para a defesa das suas colónias, combatendo na Guerra Colonial desde 1961 a 1974 vindo a perder todo o seu Império.Abstract In the late nineteenth century, the colonial spirit spread to all countries of Europe, and in 1884-85, there is the Berlin Conference, with the intention that these European countries to adopt rules for the occupation of territory. The result of this conference was the starting shot for the "race for Africa", Portugal enters in this "race" featuring the famous “Mapa Cor-de-Rosa”, which united Angola to Mozambique inside of the continent. However, this project clashed with English draft of Cecil Rhodes, he wanted to connect the Cabo to Cairo. However, his old Ally, deliver British Utimatum, and fell on the ground the expansionist spirit. Portugal turned to the pacification of its territories in 1895 - 1907, Mozambique and Angola, who lived in a climate of insecurity, due of Gungunhana rejection, to pay vassalage to the King, and Angola to face the hostility of Cuamatos in to subdue Portugal. When the first World War is beginning Portugal takes a neutral stance, however against the attacks that Germany made in the colonies, Portugal is obliged to go to war in order to defend its colonial territory in Africa, and safeguard a place at the peace conference, where he would play the future from the colonies of Africa. In the past two World War II, nationalist sentiment grew among the “mestiços” (people of mixed race) and “assimilados” (mostly “mestiços” she legally assimilated Portuguese culture). During the 50s, the growing revolutionary climate overseas has intensified, though this clashed with the climate Portuguese philosophy that opposed the break with colonial ties and engage decolonization. The winds of change they traveled around Africa, however, the government rejected to make democratic elections or decolonizing the countries. Against the background International, where emerged a rising tide of decolonization and a national context in which to appeared the first signs against the government, Portugal goes with all your devices defend their colonies, fighting in the Colonial War since 1961 to 1974, come to lose your entire empire.Academia Militar. 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