Biossorventes de baixo custo para remover contaminantes inorgânicos prioritários de águas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/22272 |
Resumo: | A remoção de contaminantes inorgânicos em água é, atualmente, uma prioridade em todo o mundo. A fim de alcançar um ambiente aquático com cada vez menores concentrações de contaminantes inorgânicos e cumprir com as normas estabelecidas para a proteção desses meios, surge a necessidade de desenvolver métodos que sejam por um lado mais eficientes e por outro, sejam também economicamente viáveis. Neste sentido, este trabalho focou-se na utilização de resíduos biológicos, tais como, casca de maçã, casca de pera e ainda uma mistura de resíduos de maçã de origem industrial para a remoção de arsénio, cádmio, chumbo e mercúrio de uma água natural (água da torneira). Foram testadas diferentes condições experimentais. tais como, a massa de material (0,5 g e 5 g), o método de secagem dos biossorventes (liofilização vs. secagem em estufa) e o método de separação sólido-liquido (filtração vs. centrifugação), com uma concentração de contaminantes de 50 μg/L para os quatro elementos estudados. A cinética do processo de remoção foi também alvo de estudo. Os resultados obtidos indicam de um modo geral que os três biossorventes estudados têm elevada capacidade de sorção para Hg, Cd e Pb, não se verificando o mesmo comportamento para o As. O aumento de massa de biossorvente não refletiu uma melhoria significativa no processo de remoção. Entre os métodos de desidratação estudados, aquele que conduziu a um biossorvente mais eficiente foi a secagem em estufa, e o processo de separação sólido-solução mais adequado para este estudo foi a centrifugação. Dos materiais estudados destaca-se a mistura de resíduos de maçã proveniente da indústria, com percentagens de remoção bastante significativas para Hg (88%), Cd (60%) e Pb (55%). No caso do As apenas foi possível obter uma remoção máxima de 14%, com a casca de pera liofilizada. A modelação cinética evidenciou um melhor ajuste para o Hg e Cd do modelo de pseudo-segunda ordem, enquanto no caso do Pb o melhor ajuste foi obtido pelo modelo de pseudo-primeira ordem. |
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