Memória (e) História da Matemática em Portugal (1900–1940): A construção de uma identidade científica europeia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Maria de Fátima
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/4229
Resumo: O ponto de partida para uma digressão sobre a produção científica da História da Matemática em Portugal / Memória (pós Luzes) implica entrar na produção de cultura científica dos matemáticos portugueses. No contexto das práticas comemorativas de 1872, na gramática positivista da exaltação da reforma pombalina, fixa-se a primeira base: a Memória da Faculdade de Matemática e o seu carácter de excepcionalidade e de originalidade no contexto europeu, alargando o contributo da obra clássica de Francisco Borja de Garção Stockler Ensaio historico sobre a origem e progressos das mathematicas em Portugal (Paris, 1819). No contexto nacional e internacional fica marcado o território para a construção de uma memória (nacional e internacional) da Matemática em Portugal para o período do final da Monarquia Constitucional, para a República e também para a primeira fase do período do Estado Novo (1933–1940). A viragem do século XIX é marcada pela realização da Exposição Universal de Paris 1900 que enquadra a organização e edição de Les Mathématiques en Portugal au XIX ème Siècle (R. Guimarães); por outro lado, Francisco Boletim da SPM 65, Outubro 2010, pp. 39–53 40 Memória (e) História da Matemática em Portugal Gomes Teixeira atravessa vários eventos internacionais na primeira metade do século XX. A Exposição Ibero Americana de Sevilha, em 1929, foi também pretexto para uma outra sistematização da memória matemática e dos matemáticos. Devemos ainda acrescentar os múltiplos Congressos da Associação ‘Luso-Espanhola’ para o Progresso das Ciências (1917–). Como ponto de paragem de um tempo de longa duração da história da cultura científica fixamo-nos, como baliza de abordagem, em 1940 no VIII Congresso do Mundo Português, Actividade Científica em Portugal. Entender a rede de inteligibilidade existentes entre a edição pública, a participação em acontecimentos celebrativos e a construção de uma memória de identidade científica dos Matemáticos em Portugal, na primeira metade do século XX, constitui a nossa proposta de abordagem.
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