O papel do ajustamento diádico na sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida de doentes com perturbação psiquiátrica e dos parceiros saudáveis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Stephanie
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Pereira, Marco, Janeiro, Catarina, Narciso, Isabel, Canavarro, Maria Cristina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/44943
https://doi.org/10.14417/ap.830
Resumo: O objetivo do presente estudo consistiu em avaliar o ajustamento individual e conjugal de casais numcontexto de perturbação psiquiátrica de um dos seus membros, explorando-se o papel dos indicadoresde ajustamento diádico na sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida do doente e do parceirosaudável. A amostra foi constituída por 108 casais, 54 casais onde um elemento tem uma perturbaçãodiagnosticada (27 casais em que o doente identificado era a mulher e 27 casais em que o homem erao elemento doente) e 54 casais da população geral. O protocolo de avaliação incluiu o Inventário deSintomas Psicopatológicos (BSI), o índice de qualidade de vida EUROHIS-QOL-8 e a Escala deAjustamento Diádico – Revista (EAD-R). Os resultados mostraram que os casais dos grupos clínicosapresentaram valores mais baixos de qualidade de vida e mais elevados de sintomatologia depressivae ansiosa, comparativamente aos casais da população geral. As mulheres cujo parceiro estava doentedemonstraram um ajustamento individual semelhante ao apresentado pelas mulheres com perturbaçãopsiquiátrica diagnosticada. O ajustamento diádico dos casais dos grupos clínicos também se revelouinferior ao dos casais da população geral. O ajustamento diádico apenas se associou significativamenteao ajustamento individual quer do próprio, quer do parceiro nos casais em que o homem era o doente.Os diferentes padrões de ajustamento parecem relacionar-se com as especificidades da populaçãoclínica, do sexo do elemento doente e da duração do quadro clínico. Os resultados observados enfatizama importância de se assumir uma perspetiva diádica neste contexto, sendo discutidas as subsequentesimplicações clínicas.
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