O papel do ajustamento diádico na sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida de doentes com perturbação psiquiátrica e dos parceiros saudáveis
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/3352 |
Resumo: | O objetivo do presente estudo consistiu em avaliar o ajustamento individual e conjugal de casais num contexto de perturbação psiquiátrica de um dos seus membros, explorando-se o papel dos indicadores de ajustamento diádico na sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida do doente e do parceiro saudável. A amostra foi constituída por 108 casais, 54 casais onde um elemento tem uma perturbação diagnosticada (27 casais em que o doente identificado era a mulher e 27 casais em que o homem era o elemento doente) e 54 casais da população geral. O protocolo de avaliação incluiu o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI), o índice de qualidade de vida EUROHIS-QOL-8 e a Escala de Ajustamento Diádico – Revista (EAD-R). Os resultados mostraram que os casais dos grupos clínicos apresentaram valores mais baixos de qualidade de vida e mais elevados de sintomatologia depressiva e ansiosa, comparativamente aos casais da população geral. As mulheres cujo parceiro estava doente demonstraram um ajustamento individual semelhante ao apresentado pelas mulheres com perturbação psiquiátrica diagnosticada. O ajustamento diádico dos casais dos grupos clínicos também se revelou inferior ao dos casais da população geral. O ajustamento diádico apenas se associou significativamente ao ajustamento individual quer do próprio, quer do parceiro nos casais em que o homem era o doente. Os diferentes padrões de ajustamento parecem relacionar-se com as especificidades da população clínica, do sexo do elemento doente e da duração do quadro clínico. Os resultados observados enfatizam a importância de se assumir uma perspetiva diádica neste contexto, sendo discutidas as subsequentes implicações clínicas. |
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O papel do ajustamento diádico na sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida de doentes com perturbação psiquiátrica e dos parceiros saudáveisAjustamento diádicoCasalPsicopatologiaQualidade de vidaSintomatologia psicopatológicaCoupleDyadic adjustmentPsychopathological symptomsPsychopathologyQuality of lifeO objetivo do presente estudo consistiu em avaliar o ajustamento individual e conjugal de casais num contexto de perturbação psiquiátrica de um dos seus membros, explorando-se o papel dos indicadores de ajustamento diádico na sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida do doente e do parceiro saudável. A amostra foi constituída por 108 casais, 54 casais onde um elemento tem uma perturbação diagnosticada (27 casais em que o doente identificado era a mulher e 27 casais em que o homem era o elemento doente) e 54 casais da população geral. O protocolo de avaliação incluiu o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI), o índice de qualidade de vida EUROHIS-QOL-8 e a Escala de Ajustamento Diádico – Revista (EAD-R). Os resultados mostraram que os casais dos grupos clínicos apresentaram valores mais baixos de qualidade de vida e mais elevados de sintomatologia depressiva e ansiosa, comparativamente aos casais da população geral. As mulheres cujo parceiro estava doente demonstraram um ajustamento individual semelhante ao apresentado pelas mulheres com perturbação psiquiátrica diagnosticada. O ajustamento diádico dos casais dos grupos clínicos também se revelou inferior ao dos casais da população geral. O ajustamento diádico apenas se associou significativamente ao ajustamento individual quer do próprio, quer do parceiro nos casais em que o homem era o doente. Os diferentes padrões de ajustamento parecem relacionar-se com as especificidades da população clínica, do sexo do elemento doente e da duração do quadro clínico. Os resultados observados enfatizam a importância de se assumir uma perspetiva diádica neste contexto, sendo discutidas as subsequentes implicações clínicas.ABSTRACT: The purpose of this study was to assess the individual and marital adjustment of couples in the context of a psychiatric disorder of one of the spouses, exploring the role of dyadic adjustment on psychopathological symptoms and quality of life of the patient and his/her healthy partner. The total sample consisted of 108 couples: 54 couples in which one member was diagnosed with a mental disorder (27 where the identified patient was the woman and 27 where the man was the patient) and 54 couples of the general population. The assessment protocol included the Brief Symptom Inventory (BSI), the quality of life index EUROHIS-QOL-8 and the scale of Dyadic Adjustment Scale – Revised (DAS-R). The results showed that couples of the clinical groups presented lower levels of quality of life and higher levels of depressive and anxious symptoms compared to couples of the general population. The women whose partner was ill showed a similar individual adjustment to that presented by women with a psychiatric disorder. The dyadic adjustment of couples of the clinical groups was lower than that of their healthy counterparts. Dyadic adjustment was only significantly associated with a higher individual adjustment of the patient or the healthy partner in couples in which the man was the patient. The adaptation patterns seem to relate to the specificities of the clinical population, the sex of the ill partner and the duration of the clinical condition. The observed findings emphasize the importance to assume a dyadic perspective in this context, and the subsequent clinical implications will be discussed.Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)Instituto Superior de Psicologia AplicadaRepositório do ISPAAlves, StephaniePereira, Marco Daniel de AlmeidaJaneiro, CatarinaNarciso, IsabelCanavarro, Maria Cristina2015-01-24T14:37:37Z2014-01-01T00:00:00Z2014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/3352porAnálise Psicológica, 32, 323-3390870-823110.14417/ap.830info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:39:13Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/3352Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:21:16.766724Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O objetivo do presente estudo consistiu em avaliar o ajustamento individual e conjugal de casais num contexto de perturbação psiquiátrica de um dos seus membros, explorando-se o papel dos indicadores de ajustamento diádico na sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida do doente e do parceiro saudável. A amostra foi constituída por 108 casais, 54 casais onde um elemento tem uma perturbação diagnosticada (27 casais em que o doente identificado era a mulher e 27 casais em que o homem era o elemento doente) e 54 casais da população geral. O protocolo de avaliação incluiu o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI), o índice de qualidade de vida EUROHIS-QOL-8 e a Escala de Ajustamento Diádico – Revista (EAD-R). Os resultados mostraram que os casais dos grupos clínicos apresentaram valores mais baixos de qualidade de vida e mais elevados de sintomatologia depressiva e ansiosa, comparativamente aos casais da população geral. As mulheres cujo parceiro estava doente demonstraram um ajustamento individual semelhante ao apresentado pelas mulheres com perturbação psiquiátrica diagnosticada. O ajustamento diádico dos casais dos grupos clínicos também se revelou inferior ao dos casais da população geral. O ajustamento diádico apenas se associou significativamente ao ajustamento individual quer do próprio, quer do parceiro nos casais em que o homem era o doente. Os diferentes padrões de ajustamento parecem relacionar-se com as especificidades da população clínica, do sexo do elemento doente e da duração do quadro clínico. Os resultados observados enfatizam a importância de se assumir uma perspetiva diádica neste contexto, sendo discutidas as subsequentes implicações clínicas. |
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