Deficiências de magnésio em solos e culturas do Norte de Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2007000200005 |
Resumo: | Diversos estudos realizados no Norte de Portugal têm alertado para a ocorrência de carências de magnésio ou para a possibilidade de deficiente nutrição magnesiana nalgumas culturas. A partir de Julho-Agosto, pode observar-se a sintomatologia de carência de Mg em diversas zonas daquela região em culturas como o milho, em arbóreas e arbustivas, e ainda em espécies florestais. Em Trás-os-Montes e Alto Douro e no Entre-Douro e Minho, as deficiências de Mg nas culturas têm-se observado sobretudo em solos desenvolvidos em xistos do Silúrico e do Ordovício, em xistos do Precâmbrico e Câmbrico do complexo Xistograuváquico e em solos provenientes de granitos predominantemente alcalinos de duas micas. Nas formações silúricas, ordovícias e do complexo Xisto-grauváquico dominam as seguintes litologias: quartzofilitos feldspáticos, filitos, micaxistos, xistos grafitosos, ampelitos, liditos, psamitos, grauvaques, siltitos e, ainda, quartzitos xistóides e quartzitos. As unidades-solo onde, frequentemente, se tem observado baixas concentrações foliares de Mg, ou mesmo sintomas da carência de Mg são: os Cambissolos e Leptossolos úmbricos; os Cambissolos e Leptossolos dístricos; os Regossolos úmbricos; os Fluvissolos dístricos e úmbricos; e, ainda, os Antrossolos úmbricos, cumúlicos e áricos. Alguns dos dados aqui apresentados foram coligidos, não só em estudos em que o principal objectivo foi o da confirmação da deficiência de Mg, mas também em levantamentos do estado nutritivo de diversas culturas. Na maioria dos estudos utilizou-se como método de diagnóstico as concentrações foliares de Mg, mas também foram identificadas razões entre nutrientes, nomeadamente Mg/N e Mg/K, associadas à carência de Mg. Nalguns deles determinou-se o limiar a partir do qual se observaram as deficiências de Mg. Em quase todos os trabalhos se encontraram correlações entre as concentrações foliares de Mg e diversos parâmetros químicos do solo, como os teores de Mg2+ na solução do solo e o Mg2+ de troca, com as razões Mg2+/K+, Mg2+/Ca2+, Mg2+/Ca2+ + Mg2+, Mg2+/Ca2+ + Mg2+ + K+, Mg2+/CTC, Mg2+/NH4+ e Mg2+/Al3++H+, ou com o efeito combinado destas razões. A carência de Mg parece ser clássica em solos ácidos provenientes de material originário pobre em Mg, mas também pode ser despoletada por factores locais, ou por práticas culturais desajustadas. |
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