Morbilidade e mortalidade em nonagenários
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1210 |
Resumo: | A população Europeia está a envelhecer devido ao aumento da esperança de vida e a progressiva redução na natalidade. O fenómeno de envelhecimento demográfico tem impacto nos sistemas socioeconómicos e também nos sistemas nacionais de saúde. Uma melhor percepção do padrão de doença nesta crescente faixa populacional pode contribuir para a redução dos custos individuais e colectivos, financeiros e outros, para a nossa sociedade. Procedeu-se a um estudo observacional, descritivo e transversal, para caracterizar os doentes nonagenários admitidos para o Serviço de Medicina Interna do Hospital de Torres Novas em 2010 e 2011. Durante estes dois anos houve 323 admissões de doentes com 90 anos e mais, 10,5% da população total admitida para este Serviço. Três quartos dos internamentos eram mulheres, e mais de metade das admissões provinham da comunidade. Cerca de 60% dos doentes admitidos tinham elevado grau de dependência para as actividades da vida diária e neste grupo havia mais probabilidade de estar institucionalizada, ser mulher, e ter mais de 95 anos. Grande parte dos doentes reportou entre duas e quatro morbilidades conhecidas, sendo a mais prevalente a hipertensão arterial e outras patologias cardiovasculares. Cerca de 30% era portador de quadro demencial. A prevalência de polifarmácia foi de 70%. A demora média foi superior àquela da população menos idosa. Na população estudada, as variáveis de sexo, idade mais avançada, grau de dependência, comorbilidades e motivo de internamento, não foram relacionados com o aumento do tempo de internamento. As patologias que mais motivaram internamento foram a pneumonia, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. Constatou-se a presença de anemia em dois terços e fibrilhação auricular em metade dos doentes admitidos. A mortalidade foi de 1 em cada 5 doentes, com maior probabilidade de morte nos primeiros cinco dias de internamento. Não se averiguou correlação entre a mortalidade e sexo, número de comorbilidades, antecedentes de demência, grau de dependência, polifarmácia ou motivo de internamento. A maioria dos nonagenários provenientes da comunidade, que sobreviveu ao internamento, voltou para a comunidade. |
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