The power of the Genitrix - Gender, legitimacy and lineage: Emma of Normandy, Urraca of León-Castile and Teresa of Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Ana de Fátima Durão
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/24466
Resumo: Durante a Idade Média, o papel e poder da mulher como rainha não é só ambíguo e limitado mas também em permanente fluxo de transformação. Para rainhas do século XI e XII, como Emma da Normandia (Emma Ælgifu), Urraca de Leão e Castela e Teresa de Portugal, a afirmação do seu status, tanto real como social, dependia, não só da sua identidade como individuo consagrado e detentor de um cargo, mas também do ofício desempenhado ao lado do elemento masculino. Os mecanismos regentes visavam, em última instância, uma partilha de poder e, porém, os percursos de vida de Emma, Urraca e Teresa e as acções tomadas pelas mesmas afirmaram-nas como autoridades individuais, gerando conflito com o entendimento intelectual e governativo na época, de maioria (se não inteiramente) masculina. Dificuldades de análise e a multiplicidade de papéis e facetas das rainhas da Idade Média tornam necessárias abordagens inovadoras para decorrer sobre esta discussão sobre poderes e títulos. Os estudos de género oferecem possibilidade para construir pontes de diálogo entre culturas, espaços e tempos. As três personagens referidas são precisamente exemplo desta interação. Foram três mulheres, filhas, mães, esposas e rainhas que colocaram modelos e realidades em debate, compelindo a mudanças e/ou adaptações nas regras impostas ao seu género pelos cargos e papéis desempenhados. A fim de melhor compreender o poder destas mulheres e a sua importância para a história e para o género, propomo-nos analisar e contextualizar as várias identidades que se agruparam no título de cada uma das rainhas - domina, mater regis, regina, conlaterana regis, imperatrix - com o objectivo de as enquadrar num espaço de diálogo e interdisciplinaridade entre o mundo Anglo-Saxónico e o Ibérico. Pretende-se igualmente compreender a relação que estabeleceram com os seus filhos como suas genitrix, por modo a verificar qual o contributo e reconhecimento inegável que tiveram na transmissão e legitimação de poderes de gerações futuras.
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spelling The power of the Genitrix - Gender, legitimacy and lineage: Emma of Normandy, Urraca of León-Castile and Teresa of PortugalUrraca, Rainha de Castela, 1081-1126Ema, Rainha de Inglaterra, 098?-1052Teresa, Rainha de Portugal, 1080?-1130Rainhas - Europa - séc.11-12Poder (Ciências sociais) - Europa - séc.11-12Teses de mestrado - 2016Domínio/Área Científica::Humanidades::História e ArqueologiaDurante a Idade Média, o papel e poder da mulher como rainha não é só ambíguo e limitado mas também em permanente fluxo de transformação. Para rainhas do século XI e XII, como Emma da Normandia (Emma Ælgifu), Urraca de Leão e Castela e Teresa de Portugal, a afirmação do seu status, tanto real como social, dependia, não só da sua identidade como individuo consagrado e detentor de um cargo, mas também do ofício desempenhado ao lado do elemento masculino. Os mecanismos regentes visavam, em última instância, uma partilha de poder e, porém, os percursos de vida de Emma, Urraca e Teresa e as acções tomadas pelas mesmas afirmaram-nas como autoridades individuais, gerando conflito com o entendimento intelectual e governativo na época, de maioria (se não inteiramente) masculina. Dificuldades de análise e a multiplicidade de papéis e facetas das rainhas da Idade Média tornam necessárias abordagens inovadoras para decorrer sobre esta discussão sobre poderes e títulos. Os estudos de género oferecem possibilidade para construir pontes de diálogo entre culturas, espaços e tempos. As três personagens referidas são precisamente exemplo desta interação. Foram três mulheres, filhas, mães, esposas e rainhas que colocaram modelos e realidades em debate, compelindo a mudanças e/ou adaptações nas regras impostas ao seu género pelos cargos e papéis desempenhados. A fim de melhor compreender o poder destas mulheres e a sua importância para a história e para o género, propomo-nos analisar e contextualizar as várias identidades que se agruparam no título de cada uma das rainhas - domina, mater regis, regina, conlaterana regis, imperatrix - com o objectivo de as enquadrar num espaço de diálogo e interdisciplinaridade entre o mundo Anglo-Saxónico e o Ibérico. Pretende-se igualmente compreender a relação que estabeleceram com os seus filhos como suas genitrix, por modo a verificar qual o contributo e reconhecimento inegável que tiveram na transmissão e legitimação de poderes de gerações futuras.Abstract: During the middle Ages, the role and powers of women as queens suggested not only ambiguity and limitation, but also a permanent flux of transformations. For queens of the eleventh and twelfth-century like Emma of Normandy (Emma Ælgifu), Urraca of Leon-Castile and Teresa of Portugal, the confirmation of their status, both royal and social, relied not only on their identity as consecrated individuals and owners of an office, but it also depended on how that office was carried out beside its masculine counterpart. The current mechanisms were designed ultimately for a share in power, and yet the life paths of Emma, Urraca and Teresa and the actions they took confirmed them as individual authorities, generating a conflict with the intellectual and government understanding of their time, in its majority (if not entirely) masculine. Difficulties of analysis and the multiplicity of roles and faces of middle ages’ queens call out for creative approaches especially in discussions concerning powers and titles. Gender studies offer the possibility to build communicational bridges between culture, time and space. These three characters in this study are examples of this interaction. They were three women, daughters, mothers, wives and queens, that forced models and realities into debate, and called out for changes and /or adaptations to rules imposed to their gender by their performed offices and roles. Aiming for a better understanding of the power of these women and its importance to history and to gender, we propose to analyze and contextualize their lives and the various identities that were gathered in the title of each one of the queens – domina, mater regis, regina, conlaterana regis, imperatrix –with the intend to create a space where dialogue and interdisciplinarity between the Anglo-Saxon world and the Iberian can converge. Furthermore, it is our purpose to understand the relationship they established with their sons as their genitrix, and thus verify their part in the transmission of powers and legitimacy to future generations.Rodrigues, Ana Maria S. A.Repositório da Universidade de LisboaCorreia, Ana de Fátima Durão2016-07-28T08:56:38Z2016-06-162015-09-302016-06-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/24466TID:201256975enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:13:19Zoai:repositorio.ul.pt:10451/24466Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:41:36.205783Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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