As relações cidade-comércio: dinâmicas de evolução e modelos interpretativos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/61564 |
Resumo: | O comércio é, por excelência, uma actividade urbana e, apesar das inúmeras potencialidades do comércio electrónico, dificilmente deixará de o ser no futuro. Esta imbricação do comércio com a cidade é uma consequência directa dos requisitos de centralidade e acessibilidade que presidem à sua localização aliados às economias de aglomeração. De facto, quando os consumidores escasseiam, como acontece em lugares isolados e muito pequenos, o comércio desaparece ou limita a sua presença às funções mais básicas, de uso quotidiano. As restantes, aquelas que oferecem bens e serviços de aquisição ocasional, são disponibilizadas pelos vendedores ambulantes, ou então pelas feiras e mercados, verdadeiros centros comerciais temporários, de periodicidade e área de influência variável. As relações entre o comércio e a cidade perdem-se no tempo. Se nem todas as cidades são «filhas do comércio», como propôs o historiador Henri Pirenne, em nenhuma civilização a vida urbana floresceu sem a presença das trocas. O comércio faz parte da razão de ser da cidade. Viabiliza a sua existência, explica a sua organização e justifica muito do movimento e animação que nesta acontece. Através do comércio e dos lugares onde este se exerce, as pessoas satisfazem necessidades, realizam desejos, veicula-se informação, difundem-se inovações, criam-se laços de sociabilidade. Em suma, no comércio reside o verdadeiro embrião da vida urbana naquilo que esta pressupõe de interacção, de troca em sentido lato e de produção de inovação. |
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