Reciclagem total de misturas betuminosas usando óleo alimentar usado como rejuvenescedor e resíduos de plástico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/36591 |
Resumo: | Nas últimas décadas, com as crescentes preocupações ambientais, as sociedades modernas e a indústria têm modificado os seus hábitos de consumo, a gestão dos resíduos e a eficiência na produção de bens e serviços. Reciclar e reutilizar materiais tornou-se imperativo, de forma a caminhar-se para uma economia circular e sustentável. A indústria de pavimentação tem apostado cada vez mais em soluções mais amigas do ambiente, visando diminuir a sua pegada ecológica. A produção de misturas betuminosas recuperadas (MBR), com a incorporação de altas taxas de material fresado é disso um exemplo. Este trabalho apresenta um estudo laboratorial, no qual se analisa o desempenho de duas misturas betuminosas utilizando três tipos de resíduos: material betuminoso fresado de pavimentos, óleo alimentar usado (OAU) e um subproduto plástico, o polietileno de baixa densidade (PEBD) proveniente de resíduos sólidos urbanos. Uma das misturas (100MBR) compreendeu a utilização integral de MBR à qual se adicionou 18% de OAU como rejuvenescedor, 1% de betume novo e 6% de PEBD como polímero modificador do ligante. A outra mistura (85MBR) consistiu numa variante da composição inicial, tendo-se incorporado 15% de agregado novo e 1,5% de betume. Os resultados obtidos no desempenho das misturas em estudo foram satisfatórios. As deformações obtidas no ensaio de compressão de Marshall estão abaixo de 4 mm, valor este considerado como o limite aceitável nos cadernos de encargos da administração rodoviária portuguesa. O comportamento das misturas face à ação da água obteve valores bastante satisfatórios de resistência conservada em tração indireta de 89 % para a mistura de 100MBR e de 107,4% para a mistura 85MBR. Os módulos de rigidez obtidos a 20º C e para a frequência de 10Hz (que correspondente a uma velocidade de 63 km/h) foram de 4572 MPa e de 2569 MPa, para as misturas 100MBR e 85MBR, respetivamente. A nível da resistência à fadiga, ambas as misturas apresentaram no estudo valores bastantes satisfatórios, sendo capazes de suportar mais ciclos de cargas que as misturas convencionais utilizadas como referências. Embora seja necessário prosseguir os estudos, com a análise laboratorial realizada, verificou- se que as misturas estudadas, com incorporação total de MBR, podem considerar-se uma solução económica e viável, particularmente para estradas com tráfego pesado baixo a moderado. As misturas em estudo constituem uma solução de pavimentação orientada pelos princípios da economia circular. |
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