Da educação do campo ao direito ao campo? Práticas e discursos situados do rural português
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/101374 https://doi.org/10.18593/r.v47.28222 |
Resumo: | Face à literatura da urbanização planetária, e informado pela história da Educação no Campo no Brasil, este artigo examina o potencial do modelo teórico de um Direito ao Campo, inspirado pela teoria do espaço-tempo social de Henri Lefebvre. O modelo de um Direito ao Campo, em desenvolvimento através de investigação doutoral, inclui o reivindicar de espacialidades próprias do campo, assim como o direito à deliberação propriamente política dos habitantes sobre o futuro. Constituído no final do século XX no Brasil, o movimento da Educação do Campo tem contestado a Educação Rural enquanto programa de governo das subjetividades que beneficia os cidadãos privilegiados, já que associa o aparelho estatal da educação ao fomento da desterritorialização—termo que utilizamos para abranger o deslocamento forçado, e também a expropriação das subjetividades, evocando Butler. A partir deste legado, o artigo reflete sobre o início de uma etnografia de práticas educativas quotidianas no espaço rural português—onde não existe atualmente uma distinção abissal no ensino formal—que articulam a ideia de um Direito ao Campo. O artigo conclui sugerindo a utilidade para a disciplina da Educação de se concentrar nas possibilidades da circulação de práticas críticas de uma racionalidade colonial, entre espaços rurais em Portugal e no Brasil. |
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Da educação do campo ao direito ao campo? Práticas e discursos situados do rural portuguêsFrom countryside education to the right to the countryside? Situated practices and discourses of portuguese rurality¿de la educación del campo al derecho al campo? Prácticas y discursos situados del portugal ruralEducação do campoPós-colonialismoDireito ao campoPráticas educativasPortugalCountryside educationPost-colonialismRight to the countrysideEducation practicesPortugalEducación del campoPost-colonialismoDerecho al campoPrácticas educativasPortugalFace à literatura da urbanização planetária, e informado pela história da Educação no Campo no Brasil, este artigo examina o potencial do modelo teórico de um Direito ao Campo, inspirado pela teoria do espaço-tempo social de Henri Lefebvre. O modelo de um Direito ao Campo, em desenvolvimento através de investigação doutoral, inclui o reivindicar de espacialidades próprias do campo, assim como o direito à deliberação propriamente política dos habitantes sobre o futuro. Constituído no final do século XX no Brasil, o movimento da Educação do Campo tem contestado a Educação Rural enquanto programa de governo das subjetividades que beneficia os cidadãos privilegiados, já que associa o aparelho estatal da educação ao fomento da desterritorialização—termo que utilizamos para abranger o deslocamento forçado, e também a expropriação das subjetividades, evocando Butler. A partir deste legado, o artigo reflete sobre o início de uma etnografia de práticas educativas quotidianas no espaço rural português—onde não existe atualmente uma distinção abissal no ensino formal—que articulam a ideia de um Direito ao Campo. O artigo conclui sugerindo a utilidade para a disciplina da Educação de se concentrar nas possibilidades da circulação de práticas críticas de uma racionalidade colonial, entre espaços rurais em Portugal e no Brasil.Facing the literature on planetary urbanization, and informed by the history of Countryside Education in Brazil, this article examines the potential of a theoretical model of a Right to the Countryside, inspired by the theory of social space-time of Henri Lefebvre. The concept of a Right to the Countryside, which is being developed through a PhD dissertation, includes claiming the specificity of the spatialities of the countryside, as well as the right to properly political deliberation by the inhabitants of the countryside on its future. Formed in the end of the Twentieth Century in Brazil, the Countryside Education movement has contested Rural Education as a program for the government of subjectivities that benefits privileged citizens, because it associates the state apparatus of education to the fostering of deterritorialization—a term that we use to encompass forced displacement, as well as the dispossession of subjectivities, following Butler. Taking into account this legacy, the article reflects on the early stages of an ethnography of everyday educational practices in Portugal’s rural spaces—where presently no abyssal distinction formally structures public education—that articulate the idea of a Right to the Countryside. The article concludes by suggesting the usefulness for the disciplinary field of Education of focusing on the potentialities of the circulation of a critique of colonial rationality, between rural spaces in Portugal and in Brazil.En vista de la literatura de la urbanización planetaria, e informado por la historia de la Educación del Campo en Brasil, este artículo examina el potencial de un modelo teórico de un Derecho al Campo, inspirado en la teoría del espacio-tiempo social de Henri Lefebvre. El modelo de un Derecho al Campo, en desarrollo a través de una investigación doctoral, incluye la reivindicación de espacialidades específicas del campo, así como el derecho a la deliberación política de los habitantes sobre el futuro. Constituido a finales del siglo 20 en Brasil, el movimiento de la Educación del Campo ha desafiado la Educación Rural como un programa para el gobierno de subjetividades que beneficia a los ciudadanos privilegiados, ya que asocia el aparato estatal de educación con la promoción de la desterritorialización—un término que utilizamos para abarcar el desplazamiento forzado, y también la expropiación de subjetividades, evocando a Butler. A partir de este legado, el artículo reflexiona sobre el comienzo de una etnografía de las prácticas educativas cotidianas en las zonas rurales de Portugal—donde actualmente no hay una distinción abisal en la educación formal—que articulan la idea de un Derecho al Campo. El artículo concluye sugiriendo la utilidad para la disciplina de Educación de centrarse en las posibilidades de la circulación de prácticas críticas de una racionalidad colonial, entre los espacios rurales en Portugal y Brasil.Universidade do Oeste de Santa Catarina2022-08-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/101374http://hdl.handle.net/10316/101374https://doi.org/10.18593/r.v47.28222por2177-60590104-4311https://doi.org/10.18593/r.v47.28222Marques, EmilianaCastela, Tiagoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-08-24T20:40:13Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/101374Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:18:34.844592Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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