Avaliação Microbiológica de Saladas de Vegetais Prontas a Comer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Varela, Filipa Alexandra André
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/146047
Resumo: O estilo de vida atual tem levado a um aumento do consumo de saladas de vegetais prontas a comer. Uma vez que estes vegetais são minimamente processados, apenas lavados, descascados e cortados, antes de serem embalados para consumo, podem constituir uma fonte de microrganismos deteriorantes e patogénicos capazes de causar doença nos consumidores. Foram analisadas 75 amostras de saladas de vegetais prontas a consumir, das quais 38 foram colhidas em unidades de alimentação coletiva e 37 em estabelecimentos comerciais. As saladas foram avaliadas quanto ao nível de qualidade microbiológica, efetuando-se a contagem de aeróbios mesófilos totais (AC), bactérias ácido láticas, Enterobacteriaceae (EB), Escherichia coli (EC), Bacillus cereus (BC), Staphylococcus coagulase positiva, Clostridium perfringens, Listeria spp., bolores e leveduras, bem como a pesquisa de Listeria monocytogenes e Salmonella spp. Os resultados evidenciaram que 55% (n=41) das saladas se encontravam não satisfatórias; apenas 12 se encontravam satisfatórias (16%) e 22 questionáveis (29%). O parâmetro que prevalece acima do valor máximo admissível é a contagem de EB, com valores entre 105-107 ufc/g, seguindo-se os AC (108-109 ufc/g), leveduras e bolores. Obteve-se uma amostra com contagem de EC de 1,5x102 ufc/g; e uma amostra com contagem de BC de 8,1x103 ufc/g. Verificou-se ainda que à medida que o número de ingredientes aumenta, também ocorre um aumento do número de saladas com resultados não satisfatórios. A mistura de ingredientes totalmente crus, juntamente com a manipulação, bem como utensílios utilizados, são causas possíveis de ocorrência de contaminações cruzadas. O cumprimento de Boas Práticas Agrícolas e Boas Práticas de Higiene e de Fabrico, bem como técnicas de lavagem e desinfeção adequadas, podem reduzir a carga microbiana nos vegetais, bem como evitar a contaminação por patogénicos.
id RCAP_430a18e0c463b9fd7e25692417ee8a18
oai_identifier_str oai:run.unl.pt:10362/146047
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Avaliação Microbiológica de Saladas de Vegetais Prontas a ComerSaladas de vegetais prontas a comermicrorganismos deteriorantes e patogénicosboas práticashigiene e segurança alimentarDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e TecnologiasO estilo de vida atual tem levado a um aumento do consumo de saladas de vegetais prontas a comer. Uma vez que estes vegetais são minimamente processados, apenas lavados, descascados e cortados, antes de serem embalados para consumo, podem constituir uma fonte de microrganismos deteriorantes e patogénicos capazes de causar doença nos consumidores. Foram analisadas 75 amostras de saladas de vegetais prontas a consumir, das quais 38 foram colhidas em unidades de alimentação coletiva e 37 em estabelecimentos comerciais. As saladas foram avaliadas quanto ao nível de qualidade microbiológica, efetuando-se a contagem de aeróbios mesófilos totais (AC), bactérias ácido láticas, Enterobacteriaceae (EB), Escherichia coli (EC), Bacillus cereus (BC), Staphylococcus coagulase positiva, Clostridium perfringens, Listeria spp., bolores e leveduras, bem como a pesquisa de Listeria monocytogenes e Salmonella spp. Os resultados evidenciaram que 55% (n=41) das saladas se encontravam não satisfatórias; apenas 12 se encontravam satisfatórias (16%) e 22 questionáveis (29%). O parâmetro que prevalece acima do valor máximo admissível é a contagem de EB, com valores entre 105-107 ufc/g, seguindo-se os AC (108-109 ufc/g), leveduras e bolores. Obteve-se uma amostra com contagem de EC de 1,5x102 ufc/g; e uma amostra com contagem de BC de 8,1x103 ufc/g. Verificou-se ainda que à medida que o número de ingredientes aumenta, também ocorre um aumento do número de saladas com resultados não satisfatórios. A mistura de ingredientes totalmente crus, juntamente com a manipulação, bem como utensílios utilizados, são causas possíveis de ocorrência de contaminações cruzadas. O cumprimento de Boas Práticas Agrícolas e Boas Práticas de Higiene e de Fabrico, bem como técnicas de lavagem e desinfeção adequadas, podem reduzir a carga microbiana nos vegetais, bem como evitar a contaminação por patogénicos.The current lifestyle has led to an increase in the consumption of ready-to- eat vegetable salads. Since these vegetables are barely processed, ─ only washed, peeled, and cut, before being packaged for consumption ─ they may represent a source of deteriorating and pathogenic microorganisms, capable of causing consumers' disease. Seventy-five samples of ready-to-eat vegetable salads were collected, of which 38 were from canteens units and 37 from commercial establishments. The salads were evaluated for their level of microbiological quality, counting total mesophilic aerobics (AC), lactic acid bacteria, Enterobacteriaceae (EB), Escherichia coli (EC), Bacillus cereus (BC), Staphylococcus Coagulase Positive, Clostridium perfringens, Listeria spp., molds and yeasts. Listeria monocytogenes and Salmonella spp. were also investigated. Considering the microbiologycal quality this results showed that 55% (n=41) of the salads were unsatisfactory; only 12 were satisfactory (16%) and 22 were questionable (29%). The assay that prevails above the maximum permissible value is the EB count, with levels between 105-107 cfu/g, followed by AC (108-109 cfu/g), yeasts and molds. We obtained a sample with an EC count of 1,5x102 cfu/g; and a sample with a BC count of 8,1x103 cfu/g. It was also found that as the number of ingredients increases, unsatisfactory salads number also increases. Mixing fully raw ingredients, along with handling, as well as the utensils used, are all possible causes for cross- contamination. Compliance with Good Agricultural Practices, Good Hygiene and Manufacturing Practices for ready-to-eat vegetable salads, as well as appropriate washing and disinfection techniques, can reduce the microbial load on vegetables, and prevent the contamination of pathogens.Leitão, AnaFurtado, RosáliaRUNVarela, Filipa Alexandra André2022-11-082024-11-08T00:00:00Z2022-11-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/146047porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:26:58Zoai:run.unl.pt:10362/146047Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:52:26.906837Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Avaliação Microbiológica de Saladas de Vegetais Prontas a Comer
title Avaliação Microbiológica de Saladas de Vegetais Prontas a Comer
spellingShingle Avaliação Microbiológica de Saladas de Vegetais Prontas a Comer
Varela, Filipa Alexandra André
Saladas de vegetais prontas a comer
microrganismos deteriorantes e patogénicos
boas práticas
higiene e segurança alimentar
Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias
title_short Avaliação Microbiológica de Saladas de Vegetais Prontas a Comer
title_full Avaliação Microbiológica de Saladas de Vegetais Prontas a Comer
title_fullStr Avaliação Microbiológica de Saladas de Vegetais Prontas a Comer
title_full_unstemmed Avaliação Microbiológica de Saladas de Vegetais Prontas a Comer
title_sort Avaliação Microbiológica de Saladas de Vegetais Prontas a Comer
author Varela, Filipa Alexandra André
author_facet Varela, Filipa Alexandra André
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Leitão, Ana
Furtado, Rosália
RUN
dc.contributor.author.fl_str_mv Varela, Filipa Alexandra André
dc.subject.por.fl_str_mv Saladas de vegetais prontas a comer
microrganismos deteriorantes e patogénicos
boas práticas
higiene e segurança alimentar
Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias
topic Saladas de vegetais prontas a comer
microrganismos deteriorantes e patogénicos
boas práticas
higiene e segurança alimentar
Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias
description O estilo de vida atual tem levado a um aumento do consumo de saladas de vegetais prontas a comer. Uma vez que estes vegetais são minimamente processados, apenas lavados, descascados e cortados, antes de serem embalados para consumo, podem constituir uma fonte de microrganismos deteriorantes e patogénicos capazes de causar doença nos consumidores. Foram analisadas 75 amostras de saladas de vegetais prontas a consumir, das quais 38 foram colhidas em unidades de alimentação coletiva e 37 em estabelecimentos comerciais. As saladas foram avaliadas quanto ao nível de qualidade microbiológica, efetuando-se a contagem de aeróbios mesófilos totais (AC), bactérias ácido láticas, Enterobacteriaceae (EB), Escherichia coli (EC), Bacillus cereus (BC), Staphylococcus coagulase positiva, Clostridium perfringens, Listeria spp., bolores e leveduras, bem como a pesquisa de Listeria monocytogenes e Salmonella spp. Os resultados evidenciaram que 55% (n=41) das saladas se encontravam não satisfatórias; apenas 12 se encontravam satisfatórias (16%) e 22 questionáveis (29%). O parâmetro que prevalece acima do valor máximo admissível é a contagem de EB, com valores entre 105-107 ufc/g, seguindo-se os AC (108-109 ufc/g), leveduras e bolores. Obteve-se uma amostra com contagem de EC de 1,5x102 ufc/g; e uma amostra com contagem de BC de 8,1x103 ufc/g. Verificou-se ainda que à medida que o número de ingredientes aumenta, também ocorre um aumento do número de saladas com resultados não satisfatórios. A mistura de ingredientes totalmente crus, juntamente com a manipulação, bem como utensílios utilizados, são causas possíveis de ocorrência de contaminações cruzadas. O cumprimento de Boas Práticas Agrícolas e Boas Práticas de Higiene e de Fabrico, bem como técnicas de lavagem e desinfeção adequadas, podem reduzir a carga microbiana nos vegetais, bem como evitar a contaminação por patogénicos.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-11-08
2022-11-08T00:00:00Z
2024-11-08T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10362/146047
url http://hdl.handle.net/10362/146047
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/embargoedAccess
eu_rights_str_mv embargoedAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799138115795812352