Efeito das Intervenções Breves na redução do risco de consumo de álcool em indivíduos portadores de VIH
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://repositorio.esenfc.pt/?url=cod5Itdu |
Resumo: | Com os avanços na indústria farmacêutica, relativamente à medicação anti retroviral, é possível, actualmente, os indivíduos portadores de VIH viverem durante mais tempo (Margalho et al., 2011), contudo, factores como o consumo de álcool parecem influenciar a progressão da doença, quer pela sua posterior influência na adesão à terapêutica (Kalichman et al., 2009; Bryant et al., 2010), quer pelo efeito em mecanismos biológicos, ainda não totalmente explicados (Hahn & Samet, 2010; Bonacinni, 2011). Devido ao elevado número de indivíduos portadores de VIH, que apresentam consumo de álcool (Szabo & Zakhari, 2011; Chander et al., 2006), torna-se necessário o rastreio e intervenção, de forma a reduzir os seus consumos (Tran et al., 2014). Perante a eficácia já comprovada das Intervenções Breves, associadas ao teste AUDIT (Alcohol Use Disorder Identification Test) (Babor et al., 2001), intervenções de curta duração, com recurso a abordagem motivacional, pretendeu-se avaliar o seu efeito na redução do risco de consumo de álcool em indivíduos portadores de VIH. Recorreu-se a um estudo de natureza experimental, com grupo de controlo e experimental. Aos participantes do primeiro foi aplicado o protocolo de ensinos habitual e aos do segundo as Intervenções Breves. O grupo experimental foi constituído por 31 indivíduos e o de controlo por 27, sendo a média de idades no primeiro de 46,52 (DP=10,414) e no de controlo de 42,52 anos (DP=6,980). O método para recolha de dados foi a entrevista estruturada, com recurso a questionário, incluindo o AUDIT. Em função do nível de risco identificado, foram desenvolvidas 31 intervenções breves: 29 no âmbito educacional (zona de risco I) e 2 de aconselhamento simples (zona de risco II). O follow up decorreu entre 4 a 6 meses depois, aquando da consulta de seguimento. Os resultados sugerem a evolução positiva do grupo experimental, no sentido em que os seus participantes apresentam menor risco de consumo de álcool (p=0,051). As Intervenções Breves demostraram ser eficazes, na redução do risco de consumo de álcool, nesta população particular de indivíduos portadores de VIH. |
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