Abordagem anestésica para cirurgia de Epilepsia: 4 anos de experiência do centro de referência no Hospital de Egas Moniz

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa-Martins, Isabel
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Calhau, Ricardo, Rodrigues, Nuno, Carreteiro, Joana, André, Ana Isabel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25751/rspa.19958
Resumo: Introdução: Cerca de 30-40% dos casos de Epilepsia são refratários à terapêutica médica, sendo a cirurgia uma possibilidade de controlo sintomático, redução ou descontinuação da medicação anticonvulsivante e melhoria da qualidade de vida. A descrição da abordagem anestésica na literatura científica é rara embora apresente inúmeros desafios relativos ao doente, cirurgia, e cuidados perioperatórios. O objetivo deste estudo é a análise retrospetiva da abordagem anestésica para cirurgia de Epilepsia durante 4 anos no centro de referência do Hospital de Egas Moniz. Material e Métodos: Revisão de registos médicos dos doentes submetidos a cirurgia de Epilepsia, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2017. Foi colhida e analisada informação relativa a dados demográficos, avaliação e evolução perioperatória, seguimento e sucesso terapêutico. Resultados: Foram submetidos a cirurgia de Epilepsia 68 doentes, com idade média de 37,7 anos, classificados ASA II (77,9%) e ASA III (22,1%). As técnicas escolhidas foram anestesia geral (95,6%) e sedação consciente (4,4%). Ocorreram como complicações intraoperatórias hemorragia significativa (4,4%), convulsões (2,9%) e bradicardia (2,9%). A permanência em Unidade de Cuidados Intensivos (63,2%) durou, em média, 1,6 dias, incluídos em 7,8 dias de internamento hospitalar. No seguimento em ambulatório, houve redução de 90% das convulsões e da medicação anticonvulsivante. Discussão: O conhecimento e experiência na abordagem anestésica em cirurgia de Epilepsia são cruciais para tornar estes complexos procedimentos eficazes e seguros, diminuindo as complicações e melhorando a qualidade de vida. Conclusões: A abordagem peri-operatória tailor-made a cada doente/cirurgia parece ser a chave do sucesso terapêutico e prognóstico.
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