Abordagem anestésica para cirurgia de Epilepsia: 4 anos de experiência do centro de referência no Hospital de Egas Moniz
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25751/rspa.19958 |
Resumo: | Introdução: Cerca de 30-40% dos casos de Epilepsia são refratários à terapêutica médica, sendo a cirurgia uma possibilidade de controlo sintomático, redução ou descontinuação da medicação anticonvulsivante e melhoria da qualidade de vida. A descrição da abordagem anestésica na literatura científica é rara embora apresente inúmeros desafios relativos ao doente, cirurgia, e cuidados perioperatórios. O objetivo deste estudo é a análise retrospetiva da abordagem anestésica para cirurgia de Epilepsia durante 4 anos no centro de referência do Hospital de Egas Moniz. Material e Métodos: Revisão de registos médicos dos doentes submetidos a cirurgia de Epilepsia, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2017. Foi colhida e analisada informação relativa a dados demográficos, avaliação e evolução perioperatória, seguimento e sucesso terapêutico. Resultados: Foram submetidos a cirurgia de Epilepsia 68 doentes, com idade média de 37,7 anos, classificados ASA II (77,9%) e ASA III (22,1%). As técnicas escolhidas foram anestesia geral (95,6%) e sedação consciente (4,4%). Ocorreram como complicações intraoperatórias hemorragia significativa (4,4%), convulsões (2,9%) e bradicardia (2,9%). A permanência em Unidade de Cuidados Intensivos (63,2%) durou, em média, 1,6 dias, incluídos em 7,8 dias de internamento hospitalar. No seguimento em ambulatório, houve redução de 90% das convulsões e da medicação anticonvulsivante. Discussão: O conhecimento e experiência na abordagem anestésica em cirurgia de Epilepsia são cruciais para tornar estes complexos procedimentos eficazes e seguros, diminuindo as complicações e melhorando a qualidade de vida. Conclusões: A abordagem peri-operatória tailor-made a cada doente/cirurgia parece ser a chave do sucesso terapêutico e prognóstico. |
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Abordagem anestésica para cirurgia de Epilepsia: 4 anos de experiência do centro de referência no Hospital de Egas MonizAbordagem anestésica para cirurgia de Epilepsia: 4 anos de experiência do centro de referência no Hospital de Egas MonizArtigo OriginalIntrodução: Cerca de 30-40% dos casos de Epilepsia são refratários à terapêutica médica, sendo a cirurgia uma possibilidade de controlo sintomático, redução ou descontinuação da medicação anticonvulsivante e melhoria da qualidade de vida. A descrição da abordagem anestésica na literatura científica é rara embora apresente inúmeros desafios relativos ao doente, cirurgia, e cuidados perioperatórios. O objetivo deste estudo é a análise retrospetiva da abordagem anestésica para cirurgia de Epilepsia durante 4 anos no centro de referência do Hospital de Egas Moniz. Material e Métodos: Revisão de registos médicos dos doentes submetidos a cirurgia de Epilepsia, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2017. Foi colhida e analisada informação relativa a dados demográficos, avaliação e evolução perioperatória, seguimento e sucesso terapêutico. Resultados: Foram submetidos a cirurgia de Epilepsia 68 doentes, com idade média de 37,7 anos, classificados ASA II (77,9%) e ASA III (22,1%). As técnicas escolhidas foram anestesia geral (95,6%) e sedação consciente (4,4%). Ocorreram como complicações intraoperatórias hemorragia significativa (4,4%), convulsões (2,9%) e bradicardia (2,9%). A permanência em Unidade de Cuidados Intensivos (63,2%) durou, em média, 1,6 dias, incluídos em 7,8 dias de internamento hospitalar. No seguimento em ambulatório, houve redução de 90% das convulsões e da medicação anticonvulsivante. Discussão: O conhecimento e experiência na abordagem anestésica em cirurgia de Epilepsia são cruciais para tornar estes complexos procedimentos eficazes e seguros, diminuindo as complicações e melhorando a qualidade de vida. Conclusões: A abordagem peri-operatória tailor-made a cada doente/cirurgia parece ser a chave do sucesso terapêutico e prognóstico.Introduction: About 30-40% of Epilepsy cases are refractory to medical therapy, with surgery being a possibility to improve symptomatic control, reduce or discontinue anticonvulsant medication and improve quality of life. Descriptions of the anesthetic approach in scientific literature are rare, despite the numerous challenges it presents related to the patient, surgery, and perioperative care. The aim of this study is to retrospectively analyze the anesthetic approach for epilepsy surgery over the course of 4 years in the referral center of Egas Moniz Hospital. Material and Methods: Review of medical records of patients undergoing Epilepsy surgery between January 2014 and December 2017. Information on demographic data, perioperative care, follow-up, and therapeutic success was collected and analyzed. Results: 68 patients underwent Epilepsy surgery, with a mean age of 37.7 years, classified ASA II (77.9%) and ASA III (22.1%). Techniques chosen were general anesthesia (95.6%) and conscious sedation (4,4%). Intraoperative complications were significant bleeding (4.4%), seizures (2.9%) and bradycardia (2.9%). Stay in Intensive Care Unit (63.2%) last a mean of 1.6 days, included on 7.8 days of hospital stay. At outpatient follow-up, there was a reduction of about 90% in seizures and anticonvulsant therapy. Discussion: Knowledge and experience of anesthetic approach in Epilepsy surgery are crucial to make these complex procedures effective and safe, decreasing the rate of complications and improving quality of life. Conclusions: Tailor-made perioperative approach to each patient/surgery seems to be the key to therapeutic success and prognosis.Sociedade Portuguesa de Anestesiologia2020-10-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25751/rspa.19958por0871-6099Costa-Martins, IsabelCalhau, RicardoRodrigues, NunoCarreteiro, JoanaAndré, Ana Isabelinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-23T15:34:50Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/19958Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:04:17.618002Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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