Avaliação da concentração de gases anestésicos no Hospital de S.João
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25751/rspa.6684 |
Resumo: | Introdução: Os efeitos adversos para a saúde pela exposição ocupacional a gases anestésicos permanecem controversos. Recomendam-se valores limite de exposição para minimizar possíveis riscos para a saúde dos profissionais. O nosso objetivo foi avaliar a concentração de gases anestésicos no ar ambiente em diferentes locais no Hospital de S. João durante um período de 7 anos. Material e Métodos: Efectuou-se monitorização semestral de protóxido de azoto, sevoflurano e desflurano no período compreendido entre 2005 e 2012 nos Blocos Operatórios na dependência do Serviço de Anestesiologia e na Unidade de Queimados, recorrendo a espectroscopia foto-acústica de infra-vermelhos. Resultados: A proporção de amostras com valores de gás anestésico acima dos valores limite de exposição foi superior na Unidade de Queimados (54,5%), TAC/RMN (38,6%) e no Bloco de Cirurgia Ambulatório (34,5%).O desflurano foi o gás com maior proporção de medições acima dos valores limite de exposição (16,7%). Discussão: Nos doentes queimados a sedação/anestesia geral é o tipo de anestesia mais utilizada sendo frequente o recurso à via inalatória. No TAC/RMN o baixo número de renovações de ar por hora e a utilização frequente de um sistema de ventilação aberto poderá justificar os resultados. O desflurano poderá estar associado à ocorrência de fugas não detectadas. A ventilação inadequada não parece justificar a maioria das não conformidades. Conclusão: Os locais com maior risco de exposição foram a Unidade de Queimados, TAC/RMN e Cirurgia de Ambulatório. É necessária manter uma rigorosa monitorização hospitalar dos gases anestésicos. |
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Avaliação da concentração de gases anestésicos no Hospital de S.JoãoAvaliação da concentração de gases anestésicos no Hospital de S.JoãoArtigo OriginalIntrodução: Os efeitos adversos para a saúde pela exposição ocupacional a gases anestésicos permanecem controversos. Recomendam-se valores limite de exposição para minimizar possíveis riscos para a saúde dos profissionais. O nosso objetivo foi avaliar a concentração de gases anestésicos no ar ambiente em diferentes locais no Hospital de S. João durante um período de 7 anos. Material e Métodos: Efectuou-se monitorização semestral de protóxido de azoto, sevoflurano e desflurano no período compreendido entre 2005 e 2012 nos Blocos Operatórios na dependência do Serviço de Anestesiologia e na Unidade de Queimados, recorrendo a espectroscopia foto-acústica de infra-vermelhos. Resultados: A proporção de amostras com valores de gás anestésico acima dos valores limite de exposição foi superior na Unidade de Queimados (54,5%), TAC/RMN (38,6%) e no Bloco de Cirurgia Ambulatório (34,5%).O desflurano foi o gás com maior proporção de medições acima dos valores limite de exposição (16,7%). Discussão: Nos doentes queimados a sedação/anestesia geral é o tipo de anestesia mais utilizada sendo frequente o recurso à via inalatória. No TAC/RMN o baixo número de renovações de ar por hora e a utilização frequente de um sistema de ventilação aberto poderá justificar os resultados. O desflurano poderá estar associado à ocorrência de fugas não detectadas. A ventilação inadequada não parece justificar a maioria das não conformidades. Conclusão: Os locais com maior risco de exposição foram a Unidade de Queimados, TAC/RMN e Cirurgia de Ambulatório. É necessária manter uma rigorosa monitorização hospitalar dos gases anestésicos.Introduction Adverse health effects related with chronic exposure to waste anesthetic gases remaincontroversial. Strict threshold values are recommended to minimize possible health risks.The objective of our study was to measure the concentration of waste anesthetic gases indifferent S. João Hospital places in a 7-year period. Material and Methods A retrospective study with bi-annual evaluation of nitrous oxide, sevoflurane and desfluranewas made between 2005 and 2012 in Anesthesiology Department, Operatory Rooms and in the Burn Unit. Trace gas analysis was performed by infrared spectroscopy. Results An anesthetic gas concentration above the upper limit of the threshold value was found inthe Burn Unit (54.5%), Computed Tomography/Magnetic Resonance (CT/MR) (38.6%) andAmbulatory Operatory Room (34.5%). Desflurane assessment was more frequently abovethe upper limit of threshold value (16.7%). Discussion In Burn Unit patients, sedation/general anesthesia is the most commonly used anesthesia and the inhalatory route is frequently used. In the TC/MR department, the small number ofair cycling per hour and the frequently used of an open ventilation system may explain theresults. Desflurane, being odourless, may be connected to undetected escape. Conclusions The places with more occupational risk were the Burn Unit, TC/MR and Ambulatory OperatingRoom. Inadequate ventilation doesn’t seem to explain the majority of out of limit values.It’s necessary the rigorous assessment of anesthetic gases in the Hospital environment.Sociedade Portuguesa de Anestesiologia2015-12-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25751/rspa.6684por0871-6099Norton, MariaNorton, PedroXará, DanielaPina, Fátimainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-23T15:34:38Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/6684Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:04:08.550277Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: Os efeitos adversos para a saúde pela exposição ocupacional a gases anestésicos permanecem controversos. Recomendam-se valores limite de exposição para minimizar possíveis riscos para a saúde dos profissionais. O nosso objetivo foi avaliar a concentração de gases anestésicos no ar ambiente em diferentes locais no Hospital de S. João durante um período de 7 anos. Material e Métodos: Efectuou-se monitorização semestral de protóxido de azoto, sevoflurano e desflurano no período compreendido entre 2005 e 2012 nos Blocos Operatórios na dependência do Serviço de Anestesiologia e na Unidade de Queimados, recorrendo a espectroscopia foto-acústica de infra-vermelhos. Resultados: A proporção de amostras com valores de gás anestésico acima dos valores limite de exposição foi superior na Unidade de Queimados (54,5%), TAC/RMN (38,6%) e no Bloco de Cirurgia Ambulatório (34,5%).O desflurano foi o gás com maior proporção de medições acima dos valores limite de exposição (16,7%). Discussão: Nos doentes queimados a sedação/anestesia geral é o tipo de anestesia mais utilizada sendo frequente o recurso à via inalatória. No TAC/RMN o baixo número de renovações de ar por hora e a utilização frequente de um sistema de ventilação aberto poderá justificar os resultados. O desflurano poderá estar associado à ocorrência de fugas não detectadas. A ventilação inadequada não parece justificar a maioria das não conformidades. Conclusão: Os locais com maior risco de exposição foram a Unidade de Queimados, TAC/RMN e Cirurgia de Ambulatório. É necessária manter uma rigorosa monitorização hospitalar dos gases anestésicos. |
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