A substituição de grevistas : da hermenêutica da proibição de substituição de grevistas no âmbito dos conflitos coletivos
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/28684 |
Resumo: | No artigo 535.º do Código do Trabalho encontra-se consagrada a proibição de substituição de grevistas. Apesar de ser um princípio basilar no âmbito do sistema de greve português desde o início da Terceira República, com origens datáveis a um momento anterior à Constituição da República Portuguesa de 1976, vê-se nele um parco, mas paradoxalmente constante, desenvolvimento legislativo, aliado a uma falta de aprofundamento pela doutrina e jurisprudência, que salvo raras exceções apenas confirmam a sua existência. Os desenvolvimentos das últimas décadas a nível tecnológico e empresarial-societário, por permitirem aos empregadores resultados próximos aos proibidos pela norma, levantam inúmeras questões jurídicas referentes ao âmbito material e temporal daquela proibição. Nesse sentido, a presente dissertação centrar-se-á, num primeiro momento, no logos da proibição associado ao direito constitucional à greve, passando para a sua densificação normativa. Num segundo momento, analisaremos algumas das questões mais prementes que lhe estão ligadas, apresentando as situações classicamente reconduzidas ao âmbito da proibição. Finalmente, desenvolveremos possíveis vias de resolução dos problemas apresentados, por recurso à interpretação conforme à constituição, à doutrina do abuso de direito e à interpretação extensiva do artigo 535.º. O recurso à experiência comparada mostrar-se-á fundamental para a abertura de vias de discussão e resolução de problemas passíveis de ocorrer na nossa ordem jurídica. |
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A substituição de grevistas : da hermenêutica da proibição de substituição de grevistas no âmbito dos conflitos coletivosDireito à greveGreveSubstituição de grevistasProibição de substituição de grevistas (interpretação)Abuso de direitoRight to strikeStrikeReplacement of strikersProhibition of replacement of strikers (interpretation)Abuse of rightDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::DireitoNo artigo 535.º do Código do Trabalho encontra-se consagrada a proibição de substituição de grevistas. Apesar de ser um princípio basilar no âmbito do sistema de greve português desde o início da Terceira República, com origens datáveis a um momento anterior à Constituição da República Portuguesa de 1976, vê-se nele um parco, mas paradoxalmente constante, desenvolvimento legislativo, aliado a uma falta de aprofundamento pela doutrina e jurisprudência, que salvo raras exceções apenas confirmam a sua existência. Os desenvolvimentos das últimas décadas a nível tecnológico e empresarial-societário, por permitirem aos empregadores resultados próximos aos proibidos pela norma, levantam inúmeras questões jurídicas referentes ao âmbito material e temporal daquela proibição. Nesse sentido, a presente dissertação centrar-se-á, num primeiro momento, no logos da proibição associado ao direito constitucional à greve, passando para a sua densificação normativa. Num segundo momento, analisaremos algumas das questões mais prementes que lhe estão ligadas, apresentando as situações classicamente reconduzidas ao âmbito da proibição. Finalmente, desenvolveremos possíveis vias de resolução dos problemas apresentados, por recurso à interpretação conforme à constituição, à doutrina do abuso de direito e à interpretação extensiva do artigo 535.º. O recurso à experiência comparada mostrar-se-á fundamental para a abertura de vias de discussão e resolução de problemas passíveis de ocorrer na nossa ordem jurídica.Article 535 of the Labour Code contemplates the prohibition to replace strikers. Even though it has been a fundamental principal of the Portuguese strike system since the beginning of the Third Republic, with its origins going back to a moment prior to the Constitution of the Portuguese Republic of 1976, its legislative development has been meager and yet, paradoxically, constant, allied to a lack of its expansion from legal literature and case-law that rarely do more than confirm its existence. The technological and corporate developments beheld in the past few decades, responsible for allowing employers to achieve similar results to those prohibited by the norm, are followed by numerous legal questions referent to the material and temporal extension of the prohibition. Thus, the present dissertation will center itself, in a first moment, in the logos of the prohibition, associated to the constitutional right to strike, followed by its normative densification. In a second moment, we’ll analyze some of the most pressing questions connected to it, presenting the situations classically subjected to the scope of the prohibition. Finally, we’ll develop possible paths to resolve the presented problems, by resorting to the interpretation according to the constitution, to the doctrine of the abuse of right, and to the interpretative extension of article 535. The comparative experience will show itself as a fundamental resource for the creation of avenues of discussion and resolution of problems that may occur in our system.Carvalho, Sandra Catarina Nunes de OliveiraVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaVenâncio, Rafael de Sousa2019-11-12T10:24:09Z2019-09-242019-09-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/28684TID:202292142porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:34:13Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/28684Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:22:59.064364Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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