Transição do estudante para o Ensino Superior: um estudo sobre autoeficácia, stresse e bem-estar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://web.esenfc.pt/?url=t4V5TX60 |
Resumo: | Enquadramento: A transição do ensino secundário para o Ensino Superior marca o início de uma nova etapa no percurso individual dos estudantes, que se assume como um dos melhores e mais marcantes períodos de vida. Esta caracteriza-se como um processo de adaptação a diferentes métodos de ensino, de mudança e desenvolvimento das relações interpessoais, bem como de maior capacidade e responsabilidade na tomada de decisões, com novos e exigentes obstáculos e dificuldades. Os estudantes universitários constituem um grupo de risco em que as situações geradoras de stresse são abundantes e potencialmente perturbadoras, podendo condicionar a sua autoeficácia e perceção de bem-estar. Objetivo: Com este estudo pretende-se descrever as correlações entre as variáveis sociodemográficas e a autoeficácia, stresse percebido e bem-estar psicológico, compreender a correlação entre as diversas variáveis em estudo em estudantes recém-admitidos num estabelecimento de Ensino Superior e sensibilizar para a importância do enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria no processo de transição, promoção da saúde mental e prevenção da doença mental. Metodologia: Este é um estudo descritivo e correlacional, com uma amostra não probabilística de estudantes do primeiro ano do curso de licenciatura em enfermagem de uma escola superior de enfermagem portuguesa. A recolha de informação ocorreu no primeiro trimestre do ano letivo 2019/2020, após solicitação de parecer à Comissão de Ética da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e órgãos diretivos da referida instituição de ensino superior, tendo sido aplicados os seguintes instrumentos de medida: Questionário Sociodemográfico/Académico, Escala de Autoeficácia Geral, Escala de Stresse Percebido de 10 Itens e Escala de Medida de Manifestação de Bem-Estar Psicológico. Resultados: Existem diferenças estatisticamente significativas entre a autoeficácia geral e as variáveis que medem com quem os estudantes residem durante o período letivo, se o ingresso no ensino superior implicou saída de casa, participação em atividades extracurriculares, atividade profissional, nível de adaptação à instituição de ensino e grau de satisfação com o curso. Verificam-se diferenças estatisticamente entre o stresse percebido e as variáveis género, saída de casa, com quem vivem durante o período letivo, participação em atividades extracurriculares, nível de adaptação à instituição, grau de satisfação com o curso e necessidade de apoio psicológico. Os resultados indicam a existência de diferenças estatisticamente significativas entre o bem-estar psicológico dos estudantes e o género e as variáveis que medem a necessidade de saída de casa, com quem reside no período letivo, participação em atividades extracurriculares, situação económica do estudante, nível de adaptação à instituição e grau de satisfação com o curso. Verifica-se a existência de uma correlação negativa entre a autoeficácia geral e o stresse percebido (moderada) e entre o stresse percebido e o bem-estar psicológico (forte), constatando-se ainda uma correlação positiva moderada entre autoeficácia geral e bem-estar psicológico dos estudantes do ensino superior. Conclusões: Estes resultados evidenciam que o ambiente de transição para o ensino superior é complexo e impactante para os estudantes, pelo que é fundamental desenvolver estratégias facilitadoras, no sentido de diminuir o impacto de fatores indutores de stresse e o sofrimento emocional nesta população. |
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