Transferência do grande glúteo para correcção da deficiência dos abdutores da anca: caso clínico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves,Ricardo
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Ribas,Manuel, Bellotti,Vittorio, Orabona,Gianclaudio, Rosales,Fernando
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222017000300007
Resumo: A patologia dos músculos abdutores da anca é comum, manifestando-se através da dor da face externa da anca e com testes clínicos positivos, podendo inclusivamente condicionar instabilidade articular em doentes previamente submetidos a artroplastia total da anca. A utilização da ressonância magnética (RMN) para o estudo desta patologia veio revelar alterações até aí desconhecidas. As imagens obtidas com a RMN permitiram a descrição de uma classificação das roturas do médio glúteo pelo grupo de Milwaukee. Descrevemos o caso de uma paciente com antecedentes de luxação congénita da anca, submetida a múltiplas cirurgias para a sua correcção, tendo sido a última delas uma artroplastia total da anca. Posteriormente desenvolveu uma insuficiência marcada dos abdutores da anca, razão pela qual foi intervencionada, procedendo-se à transferência do grande glúteo segundo uma variante da técnica de Whiteside. A avulsão do médio glúteo é a forma mais grave de lesão deste músculo. A via de abordagem externa para a colocação da prótese da anca está associada a uma maior taxa de insuficiência do médio glúteo. Contudo, a reparação directa tardia das lesões deste músculo está associada a resultados pouco satisfatórios. Assim, estão descritas várias técnicas que permitem a reconstrução da função dos abdutores da anca. A técnica descrita por Whiteside é uma delas. Esta é também uma das que apresenta melhores resultados, sendo a preferida pelos autores para a resolução dos casos de avulsão crónica dos abdutores da anca.
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