Produção e reprodução de regras: normativismo e infidelidade normativa na organização escolar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Licínio C.
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/35860
Resumo: Na perspectiva de uma Sociologia das Organizações Educativas a escola pode ser perspectivada como um loctts de reprodução normativa, no qual a acção organizacional dos actores ocorrerá por referência a um plano das orientações para a acção organizacional onde avultam regras formais-legais, supra ·organizacionalmente produzidas. A menos, porém, que o plano das orientações para a acção organizacional seja reduzido ou exclusivamente identificado com a produção, predominantemente externa, de normas e que se admita teoricamente a possibilidade de uma reprodução perfeita, local e empiricamente confirmada, haverá que considerar a possibilidade da produção, em contexto organizacional escolar, de regras distintas, alternativas e até mesmo antagónicas. Neste sentido, a escola dificilmente poderá deixar de constituir um locus de produção de regras organizacionais. A imposição normativa externa e o normativismo ocorrerão, em simultâneo, com fenómenos de infidelidade normativa e de fuga ao normativismo através da intervenção dos actores escolares. A análise sociológica da organização escolar focalizará não apenas o plano das orientações e, no seio deste, atenderá à diversidade das regras e das instâncias da sua produção, tal como não poderá desprezar a análise do plano da acção organizacional onde os actores actualizam regras hetero e auto produzidas.
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