Clampagem do cordão umbilical: Um guia para a prática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/18946 |
Resumo: | O presente documento, sob a forma de relatório de estágio de natureza profissional, apresenta um olhar retrospetivo sobre o processo de aquisição e desenvolvimento de competências relativas ao exercício profissional do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna Obstétrica e Ginecológica, ao longo do estágio, tendo como referência e objetivo, o cumprimento do Regulamento de Competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica, descrito e aprovado pela Ordem dos Enfermeiros juntamente com a Mesa do Colégio da Especialidade de Saúde Materna e Obstétrica. Este estágio incluiu a intervenção em três diferentes áreas de atuação, nomeadamente, Gravidez, Trabalho de Parto e Parto e Autocuidado Pós-Parto e Parentalidade. Cumulativamente, nestes 3 momentos foram desenvolvidas intervenções de enfermagem, constituídas como ponto de partida para uma síntese crítico-reflexiva dos cuidados especializados prestados, suportando-as pela prática baseada na evidência. Estas intervenções fizeram-se acompanhar por todo o processo de enfermagem, presente sob a forma de focos, diagnósticos, objetivos, e atividades que dão resposta a estas mesmas intervenções, concretizando, de tal modo, todos os cuidados prestados, tendo por base o conhecimento em enfermagem. No decorrer da prática referente à área de atuação de trabalho de parto e parto, devido à contraditória evidência sobre o timing adequado e o procedimento a realizar, surgiu uma problemática no que diz respeito à clampagem do cordão umbilical. Assim, e como perante o parto eutócico, a clampagem do cordão umbilical é da responsabilidade do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna Obstétrica e Ginecológica, foi efetuada uma revisão da literatura sobre a temática, com o intuito e a necessidade de fundamentar a prática e criar a sistematização dos cuidados. Deste modo, da literatura surge a evidência que este procedimento deverá ser realizado com ponderação nos antecedentes materno-fetais, de forma a clarificar os reais efeitos e potenciais riscos, como a presença de mães do tipo Rhesus negativo, diagnóstico de doenças infeciosas, entre outros. Das conclusões obtidas, foi possível constatar que a realização deste procedimento não é recomendada, salvo exceções, após um período pós-nascimento superior a 3 minutos, com risco de hiperbilirrubinemia e necessidade de tratamento, tal como nunca inferior a 1 minuto, evitando desta forma a anemia neonatal. De modo geral, estas são as pedras conclusivas extraídas. Tendo em conta os riscos, existem diversas variáveis que foram consideradas, como o risco prévio de anemia materna ou de deficiência de ferro, o risco de hemólise por incompatibilidade ABO ou até por lesões do parto, como o cefalohematoma, e características do traçado de CTG, entre outros. Variáveis essas que necessitam de ser previamente estudadas, atendendo à individualidade materno-infantil, recorrendo ainda ao pensamento crítico-reflexivo para aferir qual o melhor momento da clampagem e corte do cordão umbilical daquela exata díade. Ter conhecimento de quais as implicações futuras de uma clampagem precoce ou tardia para o recém-nascido é, certamente, uma diretriz guia para uma melhor adequação das intervenções do enfermeiro especialista, no que diz respeito a esta prática, incluída no 3º Período do TP. |
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