Resultados preliminares da adaptabilidade da Vetiveria zizanioides e Phragmites australis numa instalação piloto de leitos flutuantes
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/4492 |
Resumo: | No Alentejo os cursos de água superficiais são conhecidos por conter excesso de nutrientes, derivados das práticas agrícolas, e/ou pelo excesso de metais, provenientes das atividades mineiras. As águas de escorrência de drenagem mineira ácida (DMA) são caracterizadas por conterem valores relativamente baixos de pH, valores elevados de sulfatos e de metais pesados. Uma vez que os metais pesados não são biodegradáveis, acumulam-se e consequentemente promovem, impactes negativos para o ambiente e para a saúde (contaminação da cadeia alimentar, provocando risco para a saúde humana). A eco-reabilitação nos recursos hídricos superficiais, com recurso a leitos flutuantes é uma tecnologia emergente, pouco desenvolvida em Portugal. Esta tecnologia é constituída por leitos flutuantes (plataforma flutuante com macrófitas), com a finalidade de melhorar a qualidade de água superficial e consequentemente minimizar os efeitos das escorrências da DMA. Nos leitos flutuantes ocorre uma relação simbiótica entre as plantas (sistema radicular), os microrganismos e água. O sistema radicular denso das plantas que permite entre outros a assimilação de nutrientes e de outros poluentes, nomeadamente, os metais pesados e a fixação de microrganismos. A Ribeira da Água Forte, localizada na sub-bacia do Roxo, pertencente à Bacia hidrográfica do Sado, apresenta características típicas de uma água de DMA, por receber as escorrências da atividade mineira que se localiza a montante (Almina – Aljustrel) desta. O estudo em curso na ESABeja pretende avaliar o desempenho da instalação construída à escala piloto como medida de mitigação para os impactes resultantes da DMA nos recursos hídricos. O objetivo deste artigo é apresentar os resultados preliminares da adaptabilidade das espécies utilizadas (Vetiveria zizanioides e Phragmites australis) na instalação à escala piloto num período de monitorização de 15 semanas. Para o efeito, efetuou-se a monitorização da instalação piloto, com uma periodicidade semanal: 1) aos parâmetros, pH, temperatura da água (Tw) e do ar (Tar) e oxigénio dissolvido (OD); 2) com inspeções visuais às plantas e 3) medições à biomassa folicular e radicular. Os resultados preliminares revelam que tanto a Vetiveria zizanioides como a Phragmites autralis: (1) toleram pH (3,36 ± 0,24) baixos conforme descrito na literatura; potencial redox foi de 504,5 ± 61,1 mV; OD foi de 9,25 ± 0,83; (2) o crescimento médio semanal na biomassa vegetal aérea foi de 2,2 ± 1.99 cm para a Vetiveria zizanioides e 9,59 ± 5,99 cm para Phragmites autralis; (3) o crescimento médio semanal da biomassa radicular foi de 0,61 ± 0,39 e 2,90 ± 0,78 cm para a Vetiveria zizanioides e Phragmites autralis respetivamente; (4) observou-se taxa de crescimento em ambos casos mais elevada para temperaturas de água mais elevadas. Apesar das plantas não terem apresentado sinais de clorose, necrose, fumagina ou podridão, a baixa taxa de crescimento, poderá estar associado ao seu ciclo de vida e às condições climáticas. |
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