Avaliação da repercussão do ensino pré-graduado de Oftalmologia em Clínica Geral
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25761/anaisihmt.408 |
Resumo: | Estudos efetuados em vários países e contextos sugerem que a licenciatura em medicina não proporciona conhecimentos oftalmológicos suficientes para resolução de problemas básicos no atendimento do doente de atenção primária na comunidade. Muitos médicos de cuidados primários consideram a sua formação oftalmológica como sendo inadequada para proporcionar a confiança e compreensão necessárias para o efeito. O objetivo desta pesquisa é avaliar as competências e habilidades da aprendizagem da disciplina de Oftalmologia em médicos estagiários das faculdades de medicina da UAN e da UNIPIAGET em Angola. Foi feito um estudo analítico comparativo a 152 médicos dessas escolas, no ano letivo de 2011/2012, relativamente ao grau de confiança que sentem na absorção de competências e habilidades clínicas, perante situações do foro oftalmológico. Observou-se que a idade média dos médicos estagiários é de 30 anos, com um desvio padrão de 6,02 anos, e que o sexo feminino representa 71% da amostra. Verificamos que o grau de confiança frente a questões oftalmológicas genéricas do maior número de médicos foi o de moderadamente confiante correspondendo a 57 (37,5%), enquanto no relativo a questões específicas oftalmológicas foi de pouco confiante para quase todas as questões exceto no referente a orbita, conjuntiva e avaliação clínica. Considerando o estudo como analítico, fez-se uma leitura do qui-quadrado com a correção de continuidade e respetivo valor de P. para 2 caudas da curva de Gauss. Em todas as situações comparadas revelou-se que o valor de P foi sempre superior a 0,05, significando não-rejeição da hipótese nula levantada para qualquer segmento ocular ensinado, ou por outras palavras, há evidência estatística suficiente para afirmar que “independentemente do local de formação, os conhecimentos de Oftalmologia adquiridos pelos médicos ao nível da licenciatura, não são suficientes para lidarem adequadamente com as situações básicas mais frequentes em termos de cuidados primários de saúde”. |
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