Efeitos dos quimioterápicos paclitaxel e doxorrubicina combinados com hipertermia em células do cancro da mama
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/33363 |
Resumo: | O cancro da mama é um problema de saúde pública que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Os tratamentos têm evoluído ao longo dos anos, no entanto continuam bastante limitados aos quimioterápicos tradicionais, como o paclitaxel e a doxorrubicina, principalmente para o tipo triplo negativo, uma das formas mais agressivas e letais de cancro da mama. A hipertermia é uma terapia não invasiva, baseada nas diferentes sensibilidades ao calor entre os tecidos normais e cancerígenos, que pode ser um coadjuvante para a quimioterapia. Neste trabalho, utilizaram-se duas linhas celulares de cancro da mama, MDA-MB-231 e MCF-7, para avaliar os efeitos da combinação de baixas doses de fármacos quimioterápicos, paclitaxel e doxorrubicina, com terapia térmica, de forma a aumentar o efeito terapêutico e reduzir os potenciais efeitos colaterais, bem como diminuir a resistência aos fármacos, que está tão associada ao cancro da mama. As células MDA-MB-231 apresentaram melhoria na redução da viabilidade celular para a combinação de hipertermia com paclitaxel ou com doxorrubicina em relação às terapias isoladas, enquanto que as células MCF-7 apenas apresentaram melhoria na combinação da hipertermia com doxorrubicina. O efeito mais notório ocorreu nas células MDA-MB-231, após exposição combinada a doxorrubicina e hipertermia, que apresentaram uma melhoria de 30% na redução da viabilidade celular em comparação com as terapias isoladas, o que permite diminuir até quatro vezes a dose necessária do fármaco, enquanto para a combinação de paclitaxel e hipertermia foi observada uma melhoria de 9,8% na redução da viabilidade celular, comparativamente com as terapias isoladas. Posteriormente, foram avaliados os mecanismos subjacentes à toxicidade do tratamento combinado através da análise do perfil do ciclo celular, da deteção de ROS total, e da indução de apoptose. Após exposição à combinação de doxorrubicina e hipertermia, e em comparação com as terapias isoladas, observou-se um aumento da percentagem de células na fase S do ciclo celular, um aumento de 0,53% da produção de ROS intracelular e um aumento de 15,4% das células em apoptose inicial. Em geral, foi possível concluir que a hipertermia é um bom adjuvante para a quimioterapia, uma vez que aumentou o efeito citotóxico do paclitaxel e da doxorrubicina. |
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Efeitos dos quimioterápicos paclitaxel e doxorrubicina combinados com hipertermia em células do cancro da mamaCancro da mamaTerapia combinadaHipertermiaQuimioterapiaDoxorrubicinaPaclitaxelO cancro da mama é um problema de saúde pública que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Os tratamentos têm evoluído ao longo dos anos, no entanto continuam bastante limitados aos quimioterápicos tradicionais, como o paclitaxel e a doxorrubicina, principalmente para o tipo triplo negativo, uma das formas mais agressivas e letais de cancro da mama. A hipertermia é uma terapia não invasiva, baseada nas diferentes sensibilidades ao calor entre os tecidos normais e cancerígenos, que pode ser um coadjuvante para a quimioterapia. Neste trabalho, utilizaram-se duas linhas celulares de cancro da mama, MDA-MB-231 e MCF-7, para avaliar os efeitos da combinação de baixas doses de fármacos quimioterápicos, paclitaxel e doxorrubicina, com terapia térmica, de forma a aumentar o efeito terapêutico e reduzir os potenciais efeitos colaterais, bem como diminuir a resistência aos fármacos, que está tão associada ao cancro da mama. As células MDA-MB-231 apresentaram melhoria na redução da viabilidade celular para a combinação de hipertermia com paclitaxel ou com doxorrubicina em relação às terapias isoladas, enquanto que as células MCF-7 apenas apresentaram melhoria na combinação da hipertermia com doxorrubicina. O efeito mais notório ocorreu nas células MDA-MB-231, após exposição combinada a doxorrubicina e hipertermia, que apresentaram uma melhoria de 30% na redução da viabilidade celular em comparação com as terapias isoladas, o que permite diminuir até quatro vezes a dose necessária do fármaco, enquanto para a combinação de paclitaxel e hipertermia foi observada uma melhoria de 9,8% na redução da viabilidade celular, comparativamente com as terapias isoladas. Posteriormente, foram avaliados os mecanismos subjacentes à toxicidade do tratamento combinado através da análise do perfil do ciclo celular, da deteção de ROS total, e da indução de apoptose. Após exposição à combinação de doxorrubicina e hipertermia, e em comparação com as terapias isoladas, observou-se um aumento da percentagem de células na fase S do ciclo celular, um aumento de 0,53% da produção de ROS intracelular e um aumento de 15,4% das células em apoptose inicial. Em geral, foi possível concluir que a hipertermia é um bom adjuvante para a quimioterapia, uma vez que aumentou o efeito citotóxico do paclitaxel e da doxorrubicina.Breast cancer is a public health problem affecting millions of women worldwide. Treatments have evolved over the years, however, they are still limited to traditional chemotherapies, such as paclitaxel and doxorubicin, mainly for the triple negative type, one of the most aggressive and lethal forms of breast cancer. Hyperthermia is a non-invasive therapy, based on the different sensitivities to heat between normal and cancerous tissues, which can be an adjuvant to chemotherapy. In this work, the breast cancer cell lines MDA-MB-231 and MCF-7 were used to evaluate the effects of combining low doses of the chemotherapeutic drugs paclitaxel and doxorubicin with heat therapy, in order to increase the therapeutic effect and reduce potential side effects, as well as decrease drug resistance, which is associated with breast cancer. MDA-MB-231 cells showed improved cell viability reduction with the combination of hyperthermia and paclitaxel or doxorubicin compared to therapies alone. MCF-7 cells only showed improvement for the combination of temperature with paclitaxel. The most striking effect was observed in MDA-MB-231 cells in combined exposure to doxorubicin and hyperthermia, with a 30% improvement in cell viability reduction compared to isolated therapies, allowing to decrease up to four times the required drug dose, while for the combination of paclitaxel and hyperthermia a reduction of 9,8% viability was observed. Subsequently, the mechanisms underlying combined treatment toxicity were evaluated through the analysis of cell cycle dynamics, detection of total ROS and induced apoptosis. The combination of doxorubicin and hyperthermia induced, in comparison with isolated therapies, an increase in the percentage of cells in the S phase of the cell cycle, a 0.53% increase in intracellular ROS production and a 15.4% increase in cells at early apoptosis. Overall, it could be concluded that hyperthermia is a good adjuvant for chemotherapy as it increased the cytotoxic effect of paclitaxel and doxorubicin.2023-12-21T00:00:00Z2021-12-14T00:00:00Z2021-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/33363porCalçona, Ana Margarida Pereirainfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T12:04:07Zoai:ria.ua.pt:10773/33363Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:04:47.034417Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O cancro da mama é um problema de saúde pública que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Os tratamentos têm evoluído ao longo dos anos, no entanto continuam bastante limitados aos quimioterápicos tradicionais, como o paclitaxel e a doxorrubicina, principalmente para o tipo triplo negativo, uma das formas mais agressivas e letais de cancro da mama. A hipertermia é uma terapia não invasiva, baseada nas diferentes sensibilidades ao calor entre os tecidos normais e cancerígenos, que pode ser um coadjuvante para a quimioterapia. Neste trabalho, utilizaram-se duas linhas celulares de cancro da mama, MDA-MB-231 e MCF-7, para avaliar os efeitos da combinação de baixas doses de fármacos quimioterápicos, paclitaxel e doxorrubicina, com terapia térmica, de forma a aumentar o efeito terapêutico e reduzir os potenciais efeitos colaterais, bem como diminuir a resistência aos fármacos, que está tão associada ao cancro da mama. As células MDA-MB-231 apresentaram melhoria na redução da viabilidade celular para a combinação de hipertermia com paclitaxel ou com doxorrubicina em relação às terapias isoladas, enquanto que as células MCF-7 apenas apresentaram melhoria na combinação da hipertermia com doxorrubicina. O efeito mais notório ocorreu nas células MDA-MB-231, após exposição combinada a doxorrubicina e hipertermia, que apresentaram uma melhoria de 30% na redução da viabilidade celular em comparação com as terapias isoladas, o que permite diminuir até quatro vezes a dose necessária do fármaco, enquanto para a combinação de paclitaxel e hipertermia foi observada uma melhoria de 9,8% na redução da viabilidade celular, comparativamente com as terapias isoladas. Posteriormente, foram avaliados os mecanismos subjacentes à toxicidade do tratamento combinado através da análise do perfil do ciclo celular, da deteção de ROS total, e da indução de apoptose. Após exposição à combinação de doxorrubicina e hipertermia, e em comparação com as terapias isoladas, observou-se um aumento da percentagem de células na fase S do ciclo celular, um aumento de 0,53% da produção de ROS intracelular e um aumento de 15,4% das células em apoptose inicial. Em geral, foi possível concluir que a hipertermia é um bom adjuvante para a quimioterapia, uma vez que aumentou o efeito citotóxico do paclitaxel e da doxorrubicina. |
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