Música e Turismo no Estado Novo:Actividade musical na vila termal de Vidago (1933-1974)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/98319 |
Resumo: | Na transição do século XIX para o século XX, a descoberta de águas termais em Vidago (Trásos- Montes) motivou um súbito desenvolvimento socioeconómico, tornando-se um destino turístico privilegiado – estatuto que se manteve até ao final do Estado Novo. Os espaços hoteleiros e a empresa das águas termais, Vidago, Melgaço & Pedras Salgadas, promoviam o que entendiam ser um estilo de vida “chique” e “animado”, organizando actividades desportivas e eventos musicais ao vivo. Esta dissertação aborda a relação entre música e turismo durante o Estado Novo, tendo como foco a vila termal de Vidago. Partindo de um enquadramento com base na etnomusicologia histórica, pretendo explorar as dinâmicas entre as gerências dos hotéis, músicos e população vidaguense entre 1933 e 1974. Estas foram pautadas pela exploração turística sazonal e receberam influências das instituições do Estado Novo (Casa do Povo, Emissora Nacional, Sindicato Nacional dos Músicos) que intervieram e mesmo mediaram as práticas e incrementaram as políticas culturais. Através de entrevistas a pessoas que assistiram às práticas musicais em estudo e pesquisa de arquivo foi possível compilar aspectos e problemáticas do percurso da banda filarmónica e do rancho folclórico locais bem como outros conjuntos musicais associados à “música moderna” de então: Tuna, Os Relaxados, Orquestra Ragera, Conjunto Ritmo, Os Plumas, Ribeiro e Filhos, Os Pirilampos e Os Águias. Esta dissertação pretende contribuir para a investigação descentralizada sobre as práticas musicais durante o Estado Novo, bem como enriquecer os estudos sobre música e turismo com a perspectiva do termalismo. |
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