Narrativas do Real – Representação e Ficção no Cinema Documental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/107199 |
Resumo: | A complexidade em se conseguir estabelecer uma definição teórica do cinema documentário universalmente aceite, a par com o inadequado entendimento do mesmo em oposição ao cinema de ficção, deriva das mútuas influências e partilha de códigos entre os dois géneros. A ambivalência que os configura, denota um espaço de fronteira onde podemos situar inúmeros filmes híbridos, alguns dos quais marcos importantes na história do cinema. A teoria da narrativa, desenvolvida pela corrente estruturalista, tem procurado descodificar a omnipresença da narrativa na vida humana e descrever as suas dinâmicas, não só na literatura mas também no cinema. A coerência e sentido unitário que a narrativa proporciona, foi incorporada igualmente nos códigos da prática do documentário, respondendo desse modo à necessidade premente de representar a realidade segundo um modelo culturalmente expectável, o que suscita questões sobre a sua capacidade de representação da realidade, assim como questões de ordem ética, fomentadas pela manipulação das imagens e sons no moldar dessa narratividade. Sob a perspectiva de uma configuração narrativa, reflete-se, na parte final deste trabalho, sobre o exercício prático de realização do documentário “Tempo Comum” (2018, 74 min), que apresenta um interlaçar de histórias, entre presente e passado, na vida de Tarcísio Amaro, mineiro aposentado das Minas da Panasqueira e residente em Casegas, Portugal. |
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Narrativas do Real – Representação e Ficção no Cinema DocumentalCinemaFicçãoDocumentárioNarrativaRepresentaçãoDocumentaryFictionNarrativeRepresentationDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da ComunicaçãoA complexidade em se conseguir estabelecer uma definição teórica do cinema documentário universalmente aceite, a par com o inadequado entendimento do mesmo em oposição ao cinema de ficção, deriva das mútuas influências e partilha de códigos entre os dois géneros. A ambivalência que os configura, denota um espaço de fronteira onde podemos situar inúmeros filmes híbridos, alguns dos quais marcos importantes na história do cinema. A teoria da narrativa, desenvolvida pela corrente estruturalista, tem procurado descodificar a omnipresença da narrativa na vida humana e descrever as suas dinâmicas, não só na literatura mas também no cinema. A coerência e sentido unitário que a narrativa proporciona, foi incorporada igualmente nos códigos da prática do documentário, respondendo desse modo à necessidade premente de representar a realidade segundo um modelo culturalmente expectável, o que suscita questões sobre a sua capacidade de representação da realidade, assim como questões de ordem ética, fomentadas pela manipulação das imagens e sons no moldar dessa narratividade. Sob a perspectiva de uma configuração narrativa, reflete-se, na parte final deste trabalho, sobre o exercício prático de realização do documentário “Tempo Comum” (2018, 74 min), que apresenta um interlaçar de histórias, entre presente e passado, na vida de Tarcísio Amaro, mineiro aposentado das Minas da Panasqueira e residente em Casegas, Portugal.The complexity of establishing a universally accepted theoretical definition of documentary cinema, along with its misunderstanding as opposed to fictional cinema, derives from the mutual influences and sharing of codes between the two genres. The ambivalence that characterizes them denotes a space of frontier where we can place numerous hybrid films, some of which are important milestones in the history of cinema. Narrative theory, developed by structuralism, has sought to decode the omnipresence of narrative in human life and to describe its dynamics, not only in literature but also in cinema. The coherence and unity that narrative provides has also been incorporated into the codes of documentary practice, thus responding to the critical need to represent reality according to a culturally expectable model, raising therefore questions about its ability to represent reality, thus as ethical questions, instigated by the manipulation of images and sounds in the shaping of narrativity. From the perspective of a narrative configuration, this work reflects on the practical exercise of directing the documentary “Ordinary Time” (2018, 74 min), which presents an intertwining of stories between present and past, in the life of Tarcísio Amaro, retired miner in the Panasqueira Mines, from Casegas, Portugal.Aparício, Maria IreneGil, InêsRUNMagalhães, Gonçalo Pacheco Pereira2020-11-16T12:17:51Z2020-09-162020-11-162020-09-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/107199TID:202524647porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:51:53Zoai:run.unl.pt:10362/107199Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:40:53.017217Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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