Sair da ilha para "viver na praia": Aspirações, redes e percursos na migração de timorenses para Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/31064 |
Resumo: | O fluxo migratório estudado, tendo sido iniciado em 2022, constitui uma rutura com os padrões da emigração timorense no período pós-independência. Esta dissertação procura identificar, a partir da perspetiva dos próprios migrantes, os principais fatores explicativos da migração, do processo decisional e da integração social. Tratando a natureza das aspirações como questão empírica, concebe-se a migração como uma ação individual no quadro de uma decisão partilhada e estruturalmente condicionada. Deste modo, identificam-se as aspirações migratórias (nível micro) no contexto de um ambiente particular de emigração (nível macro), assim como as redes e os mecanismos de "feedback" que, operando ao nível meso, articulam as duas escalas. Por fim, aborda-se o modo de integração destes migrantes. A partir da identificação de percursos no trabalho agrícola e num centro de acolhimento, problematiza-se o paradoxo resultante da ambivalência entre um discurso marcadamente assimilacionista (que realça o espaço identitário comum entre migrantes e autóctones) e uma vivência quotidiana marcada pela etnicização (reforçada, cumulativamente, por situações de exclusão, precariedade e vulnerabilidade social). |
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Sair da ilha para "viver na praia": Aspirações, redes e percursos na migração de timorenses para PortugalMigração laboralAspirações migratóriasRedes sociaisIntegração socialLabour migrationMigratory aspirationsSocial networksO fluxo migratório estudado, tendo sido iniciado em 2022, constitui uma rutura com os padrões da emigração timorense no período pós-independência. Esta dissertação procura identificar, a partir da perspetiva dos próprios migrantes, os principais fatores explicativos da migração, do processo decisional e da integração social. Tratando a natureza das aspirações como questão empírica, concebe-se a migração como uma ação individual no quadro de uma decisão partilhada e estruturalmente condicionada. Deste modo, identificam-se as aspirações migratórias (nível micro) no contexto de um ambiente particular de emigração (nível macro), assim como as redes e os mecanismos de "feedback" que, operando ao nível meso, articulam as duas escalas. Por fim, aborda-se o modo de integração destes migrantes. A partir da identificação de percursos no trabalho agrícola e num centro de acolhimento, problematiza-se o paradoxo resultante da ambivalência entre um discurso marcadamente assimilacionista (que realça o espaço identitário comum entre migrantes e autóctones) e uma vivência quotidiana marcada pela etnicização (reforçada, cumulativamente, por situações de exclusão, precariedade e vulnerabilidade social).The migration flow studied, started in 2022, is a disruption with Timorese emigration patterns in the post-independence period. This dissertation seeks to identify, from the migrants´ perspective, the main explanatory factors for migration, the decision-making process and social integration. Assuming the aspirations as an empirical question, migration is conceived as an individual action within a shared decision and structurally conditioned framework. In this way, migration aspirations (micro level), in a particular context of emigration (macro level), are identified, as well as the networks and feedback mechanisms that, operating at the meso level, articulate the two scales. Finally, the integration process of these migrants is discussed. Based on trajectories in rural work and in shelter centres, the paradox resulting from the ambivalence between a markedly assimilationist discourse (which highlights the common identity space between migrants and natives) and a daily experience highlighted by ethnicization (reinforced, cumulatively, due to situations of exclusion, precariousness and social vulnerability) is argued.2024-02-16T14:08:08Z2023-11-16T00:00:00Z2023-11-162023-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/31064TID:203406206porCurvêlo, João Cláudio Candeias Fragosoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-10T01:18:23Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/31064Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:38:40.239189Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O fluxo migratório estudado, tendo sido iniciado em 2022, constitui uma rutura com os padrões da emigração timorense no período pós-independência. Esta dissertação procura identificar, a partir da perspetiva dos próprios migrantes, os principais fatores explicativos da migração, do processo decisional e da integração social. Tratando a natureza das aspirações como questão empírica, concebe-se a migração como uma ação individual no quadro de uma decisão partilhada e estruturalmente condicionada. Deste modo, identificam-se as aspirações migratórias (nível micro) no contexto de um ambiente particular de emigração (nível macro), assim como as redes e os mecanismos de "feedback" que, operando ao nível meso, articulam as duas escalas. Por fim, aborda-se o modo de integração destes migrantes. A partir da identificação de percursos no trabalho agrícola e num centro de acolhimento, problematiza-se o paradoxo resultante da ambivalência entre um discurso marcadamente assimilacionista (que realça o espaço identitário comum entre migrantes e autóctones) e uma vivência quotidiana marcada pela etnicização (reforçada, cumulativamente, por situações de exclusão, precariedade e vulnerabilidade social). |
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