Os Cosmopolitas: Kant e os “Temas Kantianos” em relações internacionais.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11328/712 |
Resumo: | Este artigo discute o legado e os limites do paradigma kantiano em relações internacionais. Se as atuais reconstruções de Kant em relações internacio- nais enfatizam aspectos positivos das idéias liberais e institucionalistas, restringem-se, no entanto, à análise de princípios, não analisando o que na realidade impede sua realização.Na primeira parte, examina-se os princípi- os jurídicos queKant apresentou como condição para a paz: 1) a pacificação da ordem internacional depende da democratização da ordem interna; 2) as relações entre os Estados devem ser submetidas ao direito internacional; 3) os indíviduos devem ser considerados como cidadãos do mundo, conforme um direito cosmopolita. Na segunda parte, mostra-se como estes princípios orientaram o movimento pacifista, bem como o assim chamado “idealis-mo-utópico” no entre-guerras. Emseguida, verifica-se como estes princípi- os foram objeto de crítica do realismo do pós-Segunda Guerra, para quem: 1) a democracia na ordem interna não influencia a paz na ordem externa; 2) a paz nas relações internacionais pode ser assegurada não pelo direito inter- nacional, mas por alianças militares; 3) os ideais cosmopolitas “morali- zam” as relações internacionais, transformando os conflitos políticos em conflitos entre o “bem” e o “mal”. Por fim, investiga-se como análises con- temporâneas se orientampelos princípios kantianos, emoposição ao realis- mo da razão de Estado. Issomostra que tal paradigma é necessário,mas não suficiente para a análise das relações internacionais, por não inserir a afir- mação de princípios na análise das relações hegemônicas que caracterizam o cenário internacional. |
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