Resultados a longo prazo da reconstrução do ligamento cruzado anterior com plastia tipo leeds-keio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quintas, Ana Catarina Marques
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/31644
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Ortopedia), apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling Resultados a longo prazo da reconstrução do ligamento cruzado anterior com plastia tipo leeds-keioOrtopediaLigamentoplastiaLigamento cruzado anteriorTrabalho final de mestrado integrado em Medicina (Ortopedia), apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraIntrodução: Ao longo dos anos diversos biomateriais têm sido utilizados na reconstrução do LCA como plastia de substituição. Podem-se dividir em três grupos: autoenxertos, aloenxertos e enxertos sintéticos ou artificiais. Os ligamentos artificiais surgiram na década de 80 do século XX como uma alternativa muito promissora aos enxertos biológicos, com a finalidade de ultrapassar algumas das suas complicações e limitações. Nas décadas de 80 e 90 o ligamento de Leeds-Keio foi um dos mais utilizados devido às suas características de resistência, biocompatibilidade, fácil manuseio, boa relação custo/benefício e à sua alegada capacidade de permitir a formação de um neoligamento. Posteriormente, vários estudos relataram dúvidas na existência de formação de um neoligamento, bem como resultados desencorajadores a médio prazo devido a complicações. Surpreendentemente, voltaram a aparecer na literatura novos casos de reconstrução do LCA com esta plastia. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados funcionais a longo prazo da reconstrução do ligamento cruzado anterior com plastia tipo Leeds-Keio. Metodologia: Realizou-se um estudo retrospetivo não randomizado, tipo coorte, comparativo. Nível de evidência - IV. Foram incluídos no estudo todos os doentes submetidos a reconstrução do LCA com ligamento de Leeds-Keio constantes nos registos clínicos dos HUC. Procedeu-se à comparação com 8 doentes, com igual patologia, submetidos a ligamentoplastia pelo mesmo cirurgião (FF) e constantes na base de dados do mesmo, funcionando como 2 grupos de controlo (grupo OTO e grupo ST-G). Complementarmente, foram incluídos 4 casos de doentes com follow-up mínimo de 15 anos (idêntico ao dos casos LK) e avaliação radiográfica para comparar com os resultados da avaliação radiográfica do grupo LK. Como parâmetros de avaliação funcional foram escolhidas a escala de Lysholm e a escala IKDC; como testes de estabilidade ligamentar: o teste da gaveta anterior e a manobra de Lachman-Trillat; foi usado o Score de Ahlback para determinar grau de artrose do joelho. Resultados funcionais a longo prazo da reconstrução do ligamento cruzado anterior com plastia tipo Leeds-Keio. 4 Os resultados clínicos dos grupos de controlo foram obtidos por consulta do processo clínico e os resultados do grupo LK foram obtidos por consulta do processo clínico e observação presencial por observador independente. Resultados: Ao 5º ano do pós-operatório, na manobra de Lachman-Trillat, 50% obtiveram a classificação “duro” no grupo LK, 75% no grupo OTO e 100% no grupo ST-G. O teste da gaveta anterior foi negativo em 50% dos casos no grupo LK, 75% no grupo ST-G e 100% no grupo OTO. Na escala de Lysholm, o grupo LK pontuou 76,0 ± 21,0, o grupo OTO 97,5 ± 5,09 e o grupo ST-G 97,5 ± 5,0. Relativamente à escala IKDC, no grupo OTO e no grupo ST-G, 75% encontravam-se na categoria A, enquanto no grupo LK, 75% se encontravam na categoria B e 25% na categoria C. No grupo LK verificaram-se a existência de complicações a médio/longo prazo em 100% dos casos; no grupo OTO em 25% e no grupo ST-G não houve complicações. Nos resultados a longo prazo (follow-up de 23 anos) do grupo LK, 75% dos doentes encontram-se na categoria C da escala IKDC e 25% na categoria B. A escala de Lysholm obteve uma pontuação de média de 62,8 ± 29,9. Foram necessárias cirurgias subsequentes no joelho operado em 75% dos casos e em 75% dos casos houve confirmação de rotura do ligamento de Leeds-Keio. Todos os doentes revelaram a presença de alterações degenerativas. Conclusões: A longo prazo os resultados da plastia LK são maus, com uma taxa elevada de complicações e alterações degenerativas. Recomenda-se manter como gold standard para a reconstrução do LCA o uso de autoenxertos, quer OTO quer ST-G. Aguardamos por melhor avaliação do ligamento artificial, que deve ser considerado em fase experimentalIntroduction: Over the years several biomaterials have been used in ACL reconstruction as replacement plasty. They can be divided into three groups: autografts, allografts and synthetic or artificial grafts. Artificial ligaments emerged in the 80s of the 20th century as a very promising alternative to biological grafts in order to overcome some of their complications and limitations. In the 80’s and 90’s, Leeds-Keio ligament was one of the most used due to its strength characteristics, biocompatibility, easy handling, cost/benefit ratio and its alleged ability to allow the formation of a neoligament. Later, several studies reported doubts on the occurence of neoligament formation as well as disappointing results in the medium term due to complications. Surprisingly, new cases of ACL reconstruction with this plasty have reappeared in literature. Objective: The aim of this paper was to evaluate the long-term results of the ACL reconstuction with Leeds-Keio ligament. Methodology: A non-randomized retrospective, cohort, comparative study was conducted. Level of evidence - IV. All patients submitted to ACL reconstruction with Leeds-Keio ligament, contained in HUC’s medical records, were included in this study. Then, we compared those patients with 8 patients who had the same pathology who underwent ACL reconstruction by the same surgeon (FF), contained in the surgeon's database, functioning as two control groups (OTO group and ST-G group). We also included 4 other cases of patients with a minimum follow-up of 15 years (similar to LK group) and radiographic evaluation to compare with the results of the LK group. Lysholm scale and the IKDC scale were chosen as functional evaluation parameters; as ligament stability testing: Anterior Drawer Test and Lachman Test; and the Ahlbäck classification system was used to determine the degree of knee osteoarthritis. The clinical results of control groups were obtained by consulting the Resultados funcionais a longo prazo da reconstrução do ligamento cruzado anterior com plastia tipo Leeds-Keio. 6 clinical records and the results of LK group were obtained by consulting the clinical records and presential observation by an independent observer. Results: At 5 years postoperatively, at Lachman test, 50% obtained the classification of “firm” in LK group, 75% in OTO group and 100% in ST-G group. Anterior Drawer Test was negative in 50% of cases in LK group, 75% in ST-G group and 100% in OTO group. At the Lysholm score, LK group scored 76,0 ± 21,0, OTO group 97,5 ± 5,09 and ST-G group 97,5 ± 5,0. At the IKDC score, 75% of the patients of OTO group and ST-G group were classified as class A, while in LK group 75% were classified as class B and 25% as class C. Medium/long-term complications were observed in 100% of the cases of LK group, in 25% of OTO group and in ST-G group there were no complications. At long-term results (follow-up of 23 years) in LK group, 75% of the patients were classified as class C and 25% as class B in IKDC score. At the Lysholm score, LK group scored 62,8 ± 29,9. Revision surgeries were necessary in 75% of the cases and 75% of cases were known to have rupture their LK ligament. All patients had radiographic signs of degenerative change. Conclusion: At long-term, the results of LK group are bad, with a high rate of complications and degenerative changes. It’s recommended to keep autografts, either OTO or ST-G, as gold standard for ACL reconstruction. We wait for a better evaluation of the artificial ligament, which should be considered experimental2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/31644http://hdl.handle.net/10316/31644TID:201631482porQuintas, Ana Catarina Marquesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T09:31:40Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/31644Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:55.234668Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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