Covid-19 em Portugal: saúde mental, solidão e resiliência em idosos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/11042 |
Resumo: | A saúde mental é fundamental para bem envelhecer, podendo ser influenciada por fatores como a solidão e resiliência, como também por eventos stressantes, nomeadamente a pandemia COVID-19. Assim, com o objetivo de caracterizar a saúde mental, solidão e resiliência de idosos a viver em Portugal e, entender a relação entre estas e o impacto percebido da pandemia COVID-19, foram desenvolvidos três estudos. Tendo em consideração os objetivos propostos, a presente dissertação encontra-se organizada ao longo de três capítulos/artigos científicos: uma revisão sistemática da literatura sobre a avaliação da saúde mental, solidão e resiliência e a relação entre estas variáveis; um estudo empírico que visou a caracterização da saúde mental e solidão numa amostra de idosos no âmbito da COVID-19, averiguando o impacto percebido da pandemia e a relação entre elas; o último capítulo, apesar de ter a mesma organização do segundo, tem como diferença o enfoque nas variáveis saúde mental e resiliência. A revisão sistemática da literatura comportou 13 artigos, onde os instrumentos de avaliação mais frequentes foram o PHQ-9, a Escala de Solidão da UCLA e a Connor-Davidson Resilience Scale. Por seu turno, a análise dos resultados obtidos, permitiu entender que de um modo geral, uma solidão mais elevada leva a um impacto negativo na saúde mental dos sujeitos, onde, por outro lado, quanto mais elevados os valores de resiliência, melhor será a saúde mental. Porventura, a relação entre as três variáveis denotasse como limitada e pouco visível ao longo da revisão sistemática. Os estudos empíricos contaram com a participação de 203 idosos com residência em Portugal, com idades compreendidas entre 60 e 100 anos, que responderam a um Questionário Sociodemográfico e Clínico, ao Mental Health Inventory-5, à Escala de Solidão da UCLA, à Escala Breve de Coping Resiliente e a itens acerca da relação percebida entre a COVID-19 e: a saúde mental, a solidão e a resiliência, em contexto presencial e mediante divulgação do protocolo nas redes sociais. Os resultados revelaram que a amostra apresentava, a nível global, uma saúde mental positiva, com valores médios e sem a presença de problemas de saúde mental, a par de níveis baixos de solidão e níveis médios de resiliência. Quanto à influência percebida da pandemia nestas variáveis, de um modo geral, estas permaneceram de igual modo, ou seja, esta não deteve grande influência. No entanto, quando é analisado o impacto percebido do isolamento, os idosos demonstraram valores de saúde mental COVID-19 em Portugal: Saúde mental, solidão e resiliência em idosos inferiores, valores médios de solidão mais elevados e valores de resiliência mais baixo, em comparação com os que não estiveram em isolamento. Por outro lado, o contacto com os familiares ou amigos durante o isolamento, estão associados a valores de saúde mental ligeiramente mais elevados, valores médios de solidão mais baixos e valores de resiliência mais elevados. A respeito da relação entre as variáveis, valores mais elevados de solidão estão associados a valores mais baixos de saúde mental, enquanto valores mais elevados de resiliência estão associados a valores mais elevados de saúde mental. Por seu turno, tanto a solidão como a resiliência atuaram como preditores de saúde mental na presente amostra. Assim, os três estudos desenvolvidos configuram-se como contributos relevantes para uma melhor compreensão e, em última análise, promoção da saúde mental e da resiliência e prevenção da solidão de idosos portugueses no âmbito da pandemia COVID-19. |
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Tendo em consideração os objetivos propostos, a presente dissertação encontra-se organizada ao longo de três capítulos/artigos científicos: uma revisão sistemática da literatura sobre a avaliação da saúde mental, solidão e resiliência e a relação entre estas variáveis; um estudo empírico que visou a caracterização da saúde mental e solidão numa amostra de idosos no âmbito da COVID-19, averiguando o impacto percebido da pandemia e a relação entre elas; o último capítulo, apesar de ter a mesma organização do segundo, tem como diferença o enfoque nas variáveis saúde mental e resiliência. A revisão sistemática da literatura comportou 13 artigos, onde os instrumentos de avaliação mais frequentes foram o PHQ-9, a Escala de Solidão da UCLA e a Connor-Davidson Resilience Scale. Por seu turno, a análise dos resultados obtidos, permitiu entender que de um modo geral, uma solidão mais elevada leva a um impacto negativo na saúde mental dos sujeitos, onde, por outro lado, quanto mais elevados os valores de resiliência, melhor será a saúde mental. Porventura, a relação entre as três variáveis denotasse como limitada e pouco visível ao longo da revisão sistemática. Os estudos empíricos contaram com a participação de 203 idosos com residência em Portugal, com idades compreendidas entre 60 e 100 anos, que responderam a um Questionário Sociodemográfico e Clínico, ao Mental Health Inventory-5, à Escala de Solidão da UCLA, à Escala Breve de Coping Resiliente e a itens acerca da relação percebida entre a COVID-19 e: a saúde mental, a solidão e a resiliência, em contexto presencial e mediante divulgação do protocolo nas redes sociais. Os resultados revelaram que a amostra apresentava, a nível global, uma saúde mental positiva, com valores médios e sem a presença de problemas de saúde mental, a par de níveis baixos de solidão e níveis médios de resiliência. Quanto à influência percebida da pandemia nestas variáveis, de um modo geral, estas permaneceram de igual modo, ou seja, esta não deteve grande influência. No entanto, quando é analisado o impacto percebido do isolamento, os idosos demonstraram valores de saúde mental COVID-19 em Portugal: Saúde mental, solidão e resiliência em idosos inferiores, valores médios de solidão mais elevados e valores de resiliência mais baixo, em comparação com os que não estiveram em isolamento. Por outro lado, o contacto com os familiares ou amigos durante o isolamento, estão associados a valores de saúde mental ligeiramente mais elevados, valores médios de solidão mais baixos e valores de resiliência mais elevados. A respeito da relação entre as variáveis, valores mais elevados de solidão estão associados a valores mais baixos de saúde mental, enquanto valores mais elevados de resiliência estão associados a valores mais elevados de saúde mental. Por seu turno, tanto a solidão como a resiliência atuaram como preditores de saúde mental na presente amostra. Assim, os três estudos desenvolvidos configuram-se como contributos relevantes para uma melhor compreensão e, em última análise, promoção da saúde mental e da resiliência e prevenção da solidão de idosos portugueses no âmbito da pandemia COVID-19.Mental health is essential for aging well, and can be influenced by factors such as loneliness and resilience, as well as stressful events, namely the COVID-19 pandemic. Thus, with the aim of characterizing the mental health, loneliness and resilience of the elderly living in Portugal and understanding the relationship between these and the perceived impact of the COVID-19 pandemic, three studies were developed. Taking into account the proposed objectives, this dissertation is organized in three chapters/scientific articles: a systematic review of the literature on the assessment of mental health, loneliness and resilience and the relationship between these variables; an empirical study aimed at characterizing mental health and loneliness in a sample of elderly people in the context of COVID-19, investigating the perceived impact of the pandemic and the relationship between them; the last chapter, despite having the same organization as the second, has as a difference the focus on the variables mental health and resilience. The systematic review of the literature comprised 13 articles, where the most frequent assessment instruments were the PHQ-9, the UCLA Loneliness Scale and the Connor-Davidson Resilience Scale. In turn, the analysis of the results obtained allowed COVID-19 em Portugal: Saúde mental, solidão e resiliência em idosos us to understand that, in general, a higher loneliness leads to a negative impact on the mental health of the subjects, where, on the other hand, the higher the resilience values, the better the mental health. Perhaps, the relationship between the three variables was denoted as limited and not very visible throughout the systematic review. The empirical studies had the participation of 203 elderly people residing in Portugal, aged between 60 and 100 years, who answered a Sociodemographic and Clinical Questionnaire, the Mental Health Inventory-5, the UCLA Loneliness Scale, the Brief Scale of Resilient Coping and items about the perceived relationship between COVID-19 and: mental health, loneliness and resilience, in a face-to-face context and through the dissemination of the protocol on social networks. The results revealed that the sample had on a global level, a positive mental health, with average values and without the presence of mental health problems, along with low levels of loneliness and average levels of resilience. As for the perceived influence of the pandemic on these variables, in general, they remained the same, that is, it did not have much influence. However, when analyzing the perceived impact of isolation, older adults demonstrated lower mental health scores, higher mean loneliness scores and lower resilience scores, compared to those who had not been in isolation. On the other hand, contact with family or friends during isolation is associated with slightly higher mental health scores, lower mean loneliness scores and higher resilience scores. Regarding the relationship between the variables, higher values of loneliness are associated with lower values of mental health, while higher values of resilience are associated with higher values of mental health. In turn, both loneliness and resilience acted as predictors of mental health in the present sample. Thus, the three studies developed are a relevant contributions to a better understanding and, ultimately, promotion of mental health and resilience and prevention of loneliness of Portuguese elderly people in the context of the COVID-19 pandemic.Meneses, RuteRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaMoura, Maria Alves2022-07-25T00:00:00Z2024-07-25T00:00:00Z2022-07-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/11042porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:10:21Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/11042Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:47:47.966082Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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