Obesidade infantil : o papel dos cuidados de saúde primários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maria Alexandra Fonseca Dias da
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/31416
Resumo: Introdução. A obesidade tem-se tornado uma epidemia mundial, tendo aumentado dramaticamente nas duas décadas passadas. Em Portugal, a frequência de excesso de peso e obesidade em crianças e adolescentes pode estar acima dos 30%. É uma doença multifatorial, que se tem agravado pelas mudanças nos hábitos de vida, principalmente com o aparecimento da fast-food e aumento do sedentarismo. Com a obesidade a iniciar-se em idades mais jovens, o número de comorbilidades será cada vez maior, principalmente no que toca a patologias cardiovasculares. É de salientar a importância do papel do médico de família no que toca à prevenção e orientação desta patologia. Material e Métodos. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica no sítio da Internet da PubMed dos artigos entre 2000 e 2014. Para consulta dos dados relativos à população portuguesa foram consultadas as páginas online da Acta Médica Portuguesa, Direção Geral da Saúde de Portugal e CDC. Resultados. Verificou-se que a obesidade infantil tem uma prevalência crescente em todo o mundo, e consequentemente o número de patologias associadas. O IMC é considerado a ferramenta de rastreio principal do excesso de peso, tendo utilização fácil e rápida, apesar de algumas limitações. Também começa a ser considerado o uso da PMG em conjunto com o IMC para avaliação mais fidedigna. O rastreio do excesso de peso deve ser essencialmente feito pelo médico de família, pois os cuidados de saúde primários têm elevada acessibilidade e curta lista de espera, devendo começar logo que a criança integre a alimentação da família. Quando é necessário tratar a obesidade, também o médico de família apresenta competências para tal. O tratamento não farmacológico é essencial e de primeira linha, focando-se essencialmente na mudança de hábitos alimentares associado a aumento dos níveis de exercício físico. Só no caso de não resultar, é que se recorrerá a fármacos e/ou cirurgia. A família é essencial em todo este processo, sendo primordial a imposição de hábitos de vida saudável adotados por todos os membros. Tem-se tornado claro que o tipo de família terá influência no excesso de peso da criança, estando em maior risco as famílias monoparentais e dança a dois, segundo a estrutura/dinâmica global, e as famílias instáveis, segundo a relação parental. Discussão e Conclusão. A informação e formação dos médicos de família, assim como a boa comunicação com os pais, mostraram ser muito importantes para a prevenção e tratamento da obesidade nas crianças. Apesar da importância do contributo dos especialistas em MGF se encontrar bem estabelecida, existem ainda barreiras que devem ser ultrapassadas para melhor tratamento da obesidade, principalmente no que toca à utilização do tempo na consulta. É essencial haver boa articulação entre o médico, pais, criança e infantários para combater esta patologia.
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Para consulta dos dados relativos à população portuguesa foram consultadas as páginas online da Acta Médica Portuguesa, Direção Geral da Saúde de Portugal e CDC. Resultados. Verificou-se que a obesidade infantil tem uma prevalência crescente em todo o mundo, e consequentemente o número de patologias associadas. O IMC é considerado a ferramenta de rastreio principal do excesso de peso, tendo utilização fácil e rápida, apesar de algumas limitações. Também começa a ser considerado o uso da PMG em conjunto com o IMC para avaliação mais fidedigna. O rastreio do excesso de peso deve ser essencialmente feito pelo médico de família, pois os cuidados de saúde primários têm elevada acessibilidade e curta lista de espera, devendo começar logo que a criança integre a alimentação da família. Quando é necessário tratar a obesidade, também o médico de família apresenta competências para tal. O tratamento não farmacológico é essencial e de primeira linha, focando-se essencialmente na mudança de hábitos alimentares associado a aumento dos níveis de exercício físico. Só no caso de não resultar, é que se recorrerá a fármacos e/ou cirurgia. A família é essencial em todo este processo, sendo primordial a imposição de hábitos de vida saudável adotados por todos os membros. Tem-se tornado claro que o tipo de família terá influência no excesso de peso da criança, estando em maior risco as famílias monoparentais e dança a dois, segundo a estrutura/dinâmica global, e as famílias instáveis, segundo a relação parental. Discussão e Conclusão. A informação e formação dos médicos de família, assim como a boa comunicação com os pais, mostraram ser muito importantes para a prevenção e tratamento da obesidade nas crianças. Apesar da importância do contributo dos especialistas em MGF se encontrar bem estabelecida, existem ainda barreiras que devem ser ultrapassadas para melhor tratamento da obesidade, principalmente no que toca à utilização do tempo na consulta. É essencial haver boa articulação entre o médico, pais, criança e infantários para combater esta patologia.Introduction. Obesity has become a worldwide epidemic and has increased dramatically in the past two decades. In Portugal, the frequency of overweight and obesity in children and adolescents can be above 30%. It is a multifactorial disease, which has been worsened by changes in lifestyle, mainly with the emergence of fast food and increased inactivity. With obesity starting at younger ages, the number of comorbidities is increasing, particularly cardiovascular diseases. It is noteworthy the important role of the general physician regarding the prevention and orientation of this pathology. Material and Methods. A literature search was performed on the website of PubMed, in articles between 2000 and 2014. For information about portuguese population were consulted official Internet pages of some Portuguese journals, Health Ministry and CDC. Results. It was found that childhood obesity has increased worldwide prevalence and the number of associated diseases too. BMI is considered the main tool for screening overweight, having quick and easy use, despite some limitations. Also begins to consider the use of BFP together with BMI to more reliable assessment. The screening of overweight should be done primarily by the general physicians, because primary care have high accessibility and short waiting list, and should begin as soon as the child integrates family’s food. When it is necessary to treat obesity, the general physician has skills to do so. Non-pharmacological treatment is essential and first line, focusing primarily on changing eating habits associated with increased levels of exercise. Only if this fails, we resort to drugs and/or surgery. Family is essential in this process, it is very important to impose healthy lifestyle habits adopted by all members. It has become clear that the kind of family will influence the overweight child, being at higher risk single parent families and pas-de-deux /dancing two, according to the structure/global dynamic, and unstable families, by the parental relationship. Discussion and Conclusion. Information and training of general physicians, as well as good communication with parents, proved to be very important for the prevention and treatment of obesity in children. Despite the importance of the contribution of general physicians is well established, there are still barriers that must be overcome for better treatment of obesity, mainly regarding the use of time in the medical consultation. It is essential to have a good relationship between the doctor, parents, children and kindergartens to fight this disease.2014-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/31416http://hdl.handle.net/10316/31416TID:201625610porSilva, Maria Alexandra Fonseca Dias dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:45Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/31416Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:51.399730Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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