Obesidade pediátrica num ficheiro da região do Minho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Velosa, Teresa Luísa
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Antunes, Henedina, Gomes, Sandra Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/33377
Resumo: Introdução: Portugal é um dos cinco países da Europa com maior prevalência de excesso de peso (EP) e obesidade (OB) em idade pediátrica. Objetivos: Avaliar a prevalência de EP e OB nas crianças/adolescentes dum ficheiro de utentes dos cuidados primários. Material e métodos: Estudo observacional e transversal. A população incluia as crianças, dum ficheiro do ACES do Cávado III, que completassem 3 a 17 anos no ano 2010. Recolha de dados por convocação/agendamento. Parametrizados: peso, estatura e perímetro de cintura. Calculado o índice de massa corporal (IMC), percentil de IMC e percentil de perímetro de cintura, utilizando as classificações do CDC e do NAHNES III, respetivamente. Preenchido um questionário para as crianças/adolescentes com EP ou OB. Resultados: Da população de 263 elementos compareceram 199 (amostra) para a parametrização. A prevalência de EP foi de 14% e de OB de 12%, total de 26% (n=52). Dos 52 elementos com EP/OB, 48 responderam a um questionário, quatro não (dois emigraram; dois não compareceram). Nestes verificou-se uma correlação entre o percentil de perímetro de cintura superior a 90 e a ocorrência de obesidade, p < 0,01; não praticavam uma hora diária ou mais de atividade física 77%, com predomínio no sexo feminino 89%, p = 0,01; despendiam mais de duas horas em atividades sedentárias 46%; verificou-se uma baixa ingestão de hortícolas e fruta e elevada em produtos açucarados e fritos; ingeriam quantidades de carne e peixe maiores que as porções recomendadas para a idade 60%; foram amamentados 88% e pelo menos durante seis meses 54%; iniciaram a diversificação alimentar entre os quatro e os seis meses 66%; a escolaridade parental foi de nove ou menos anos em 83%. Conclusões: Na população pediátrica estudada, verificou-se uma prevalência de EP e de OB próxima dos valores da literatura. A alimentação e atividade física nos com EP/OB foram maioritariamente desadequadas.
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