Criativa e maravilhosa pra quem? Como as cidades estão transformando a cultura no ativo mais valioso da empresa urbana global
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/20520 |
Resumo: | Movimentos de redesenho das cidades na contemporaneidade têm seguido uma tendência de monumentalização urbana desencadeada a partir de aspectos culturais e que nem sempre observa o patrimônio histórico e cultural dos territórios e dos grupos sociais em sua estratégia. O efeito disso é percebido na ruptura da temporalidade dos bens de cultura da cidade e na consequente adoção de um novo parâmetro em que os tomadores de decisão aderem como o modelo capaz de inserir a cidade no circuito mundial da cidade global. Aquela capaz de atrair investidores, gerar desenvolvimento e por conseguinte melhorar as condições de vida de suas populações. Diante desses parâmetros os planos de reestruturação urbana têm dedicado um espaço ampliado à cultura, mas por outro lado, e por paradoxal que se apresente, têm impactado decisivamente o conjunto de práticas culturais tradicionais de determinados espaços. A metáfora do progresso abrindo caminho para o novo e legando ao tradicional um espaço estático na construção do simbólico na cidade nunca esteve tão presente. Este artigo analisa estes e alguns outros aspectos presentes no maior processo de reestruturação urbana que a cidade do Rio de Janeiro já experimentou, iniciado a partir de 2009 e ainda em curso. O Projeto Porto Maravilha legou importantes conquistas para a cidade, inclusive no plano das artes e da cultura e igualmente operou marcantes omissões à memória de um espaço icônico, que como maior porto mundial de comercialização de escravos da história teve a memória dos negros subalternizada no projeto de monumentalização em curso. |
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Criativa e maravilhosa pra quem? Como as cidades estão transformando a cultura no ativo mais valioso da empresa urbana globalPolítica culturalCidade criativaPatrimônioRio de JaneiroMovimentos de redesenho das cidades na contemporaneidade têm seguido uma tendência de monumentalização urbana desencadeada a partir de aspectos culturais e que nem sempre observa o patrimônio histórico e cultural dos territórios e dos grupos sociais em sua estratégia. O efeito disso é percebido na ruptura da temporalidade dos bens de cultura da cidade e na consequente adoção de um novo parâmetro em que os tomadores de decisão aderem como o modelo capaz de inserir a cidade no circuito mundial da cidade global. Aquela capaz de atrair investidores, gerar desenvolvimento e por conseguinte melhorar as condições de vida de suas populações. Diante desses parâmetros os planos de reestruturação urbana têm dedicado um espaço ampliado à cultura, mas por outro lado, e por paradoxal que se apresente, têm impactado decisivamente o conjunto de práticas culturais tradicionais de determinados espaços. A metáfora do progresso abrindo caminho para o novo e legando ao tradicional um espaço estático na construção do simbólico na cidade nunca esteve tão presente. Este artigo analisa estes e alguns outros aspectos presentes no maior processo de reestruturação urbana que a cidade do Rio de Janeiro já experimentou, iniciado a partir de 2009 e ainda em curso. O Projeto Porto Maravilha legou importantes conquistas para a cidade, inclusive no plano das artes e da cultura e igualmente operou marcantes omissões à memória de um espaço icônico, que como maior porto mundial de comercialização de escravos da história teve a memória dos negros subalternizada no projeto de monumentalização em curso.Universidade Federal de Juiz de Fora2020-06-19T14:29:53Z2018-01-01T00:00:00Z20182020-06-19T15:28:52Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/20520por2525-7757Amorim, S.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:27:25Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/20520Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:12:13.074215Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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