Envelhecimento e transição-adaptação à reforma: Um estudo de natureza quantitativa e qualitativa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/1803 |
Resumo: | O conceito de reforma tem sido definido de formas distintas, sendo consensual que este fenómeno envolve uma dimensão individual e social e constitui um marco importante na trajetória desenvolvimental. Lachman (2001) enfatiza o processo de transição associado à reforma como envolvendo perdas e ganhos que desencadeiam perceções positivas e negativas, podendo ou não ser acompanhada de algum stress, dependendo da causa ou motivação que esteve na tomada de decisão. A entrada para a reforma pode, de facto, constituir um momento com grande impacto para o bem-estar psicológico e social (Fonseca 2004, 2011). Neste contexto, o presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de descrever oprocesso de transição-adaptação à reforma e compreender a experiência subjetiva associadaa este processo. Para responder aos objetivos estabelecidos, o presente estudo aliou uma abordagem quantitativa e qualitativa para analisar o mesmo grupo de participantes de um modo mais aprofundado. Uma amostra com 14 participantes foram selecionados a partir de um grupo de alunos de uma universidade sénior e de um grupo de utentes de um centro de convívio, através de um procedimento não probabilístico. A recolha de informação envolveu a realização de uma entrevista semi-estruturada, e um protocolo de avaliação composto por uma ficha sociodemográfica e pelo Inventário de Satisfação com a Reforma, adaptado por Fonseca e Paul (Fonseca & Paúl, 1999). A totalidade dos participantes tem, em média, 69 anos de idade, variando entre 58 e 85 anos, sendo maioritariamente do género feminino e casados, com uma média de 11 anos de escolaridade. Os resultados quantitativos revelam que os participantes estão reformados há cerca de 10 anos, sendo a insatisfação com as condições de trabalho e ter atingido a idade de reforma os principais motivos para esta decisão. As dimensões de segurança e saúde física são as que têm mais peso na perceção de satisfação com a vida, e a liberdade e controlo da vida pessoal é o principal motivo de prazer identificado. Da análise dos dados qualitativos, foi possível identificar como tema comum a experiência associada à reforma, observando o posicionamento de cada participante face à experiência pessoal do seu processo de preparação para a entrada na reforma, de transição e adaptação à reforma, bem como as estratégias e sugestões para lidar com a transição para a reforma. Este estudo permitiu compreender o processo de transição-adaptação à reforma em grupos sociais distintos e mostrou como os percursos de vida desta geração de pessoas mais velhas influencia a sua vida durante a reforma e a adaptação a esta fase. Apesar das discrepâncias entre os participantes, este estudo contribuiu para a compreensão de como o envolvimento em atividades relacionadas com centros de interesse pessoal poderá promover o sentido de projeto e integridade e, assim, uma melhor adaptação à reforma |
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Envelhecimento e transição-adaptação à reforma: Um estudo de natureza quantitativa e qualitativaEnvelhecimentoReforma-aposentaçãoTransição-adaptação à reformaServiço de apoio domiciliárioGerontologia socialAgingRetirementTransition-adaptation process to retirementHome support serviceSocial gerontologyO conceito de reforma tem sido definido de formas distintas, sendo consensual que este fenómeno envolve uma dimensão individual e social e constitui um marco importante na trajetória desenvolvimental. Lachman (2001) enfatiza o processo de transição associado à reforma como envolvendo perdas e ganhos que desencadeiam perceções positivas e negativas, podendo ou não ser acompanhada de algum stress, dependendo da causa ou motivação que esteve na tomada de decisão. A entrada para a reforma pode, de facto, constituir um momento com grande impacto para o bem-estar psicológico e social (Fonseca 2004, 2011). Neste contexto, o presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de descrever oprocesso de transição-adaptação à reforma e compreender a experiência subjetiva associadaa este processo. Para responder aos objetivos estabelecidos, o presente estudo aliou uma abordagem quantitativa e qualitativa para analisar o mesmo grupo de participantes de um modo mais aprofundado. Uma amostra com 14 participantes foram selecionados a partir de um grupo de alunos de uma universidade sénior e de um grupo de utentes de um centro de convívio, através de um procedimento não probabilístico. A recolha de informação envolveu a realização de uma entrevista semi-estruturada, e um protocolo de avaliação composto por uma ficha sociodemográfica e pelo Inventário de Satisfação com a Reforma, adaptado por Fonseca e Paul (Fonseca & Paúl, 1999). A totalidade dos participantes tem, em média, 69 anos de idade, variando entre 58 e 85 anos, sendo maioritariamente do género feminino e casados, com uma média de 11 anos de escolaridade. Os resultados quantitativos revelam que os participantes estão reformados há cerca de 10 anos, sendo a insatisfação com as condições de trabalho e ter atingido a idade de reforma os principais motivos para esta decisão. As dimensões de segurança e saúde física são as que têm mais peso na perceção de satisfação com a vida, e a liberdade e controlo da vida pessoal é o principal motivo de prazer identificado. Da análise dos dados qualitativos, foi possível identificar como tema comum a experiência associada à reforma, observando o posicionamento de cada participante face à experiência pessoal do seu processo de preparação para a entrada na reforma, de transição e adaptação à reforma, bem como as estratégias e sugestões para lidar com a transição para a reforma. Este estudo permitiu compreender o processo de transição-adaptação à reforma em grupos sociais distintos e mostrou como os percursos de vida desta geração de pessoas mais velhas influencia a sua vida durante a reforma e a adaptação a esta fase. Apesar das discrepâncias entre os participantes, este estudo contribuiu para a compreensão de como o envolvimento em atividades relacionadas com centros de interesse pessoal poderá promover o sentido de projeto e integridade e, assim, uma melhor adaptação à reformaRetirement has been defined in several ways, being consensual that this phenomenon encompasses an individual and social dimension and constituted an important phase in a life trajectory. Lachman (2001) emphasizes that the transition process associated to the retirement involves gains and losses which trigger positive and negative perceptions and may also be accompanied by stress, depending on the cause or motivation that justified this decision. Transition to retirement may in fact constitute a moment of great impact in individual psychological and social wellbeing. This way, the present study aims to describe the process of transition-adaptation to retirement and to understand the subjective experience associated with this process. In order to answer to these objectives, this study combined a quantitative and qualitative approach in order to analyze the same group of participants in a more deepen way. A sample with 14 participants were selected from a Senior University and a Community Day Care Center for Elders, through a non-probabilistic method. Data collection involved a semi-structured interview and an evaluation protocol that included a sociodemographic questionnaire and the Inventory of Satisfaction with Retirement adapted by Fonseca and Paul (Fonseca & Paúl, 1999). The participants were 69 years old on average, ranging from 58 and 85 years old being the majority women, married and with 11 years as mean schooling. Quantitative results revealed that participants were retired 11 years ago. Satisfaction with labor conditions and reaching the retirement age were the main reasons for this decision. Safety and physical health were the more valued dimensions to the perception of life satisfaction and liberty and personal life control were the more valued reasons for life pleasure. Regarding qualitative data, the main theme of the interviews was the experience associated to the retirement, through the description of the participant’s subjective experience in the retirement preparation, as well as transition and adaptation to retirement, adaptation strategies and suggestions to others in order to promote adaptation to retirement. This study contributed to the understanding of the transition-adaptation process to retirement in distinct social groups and showed how different life trajectories influence life style during retirement, as well as the adaptation capacity. Despite discrepancies among participants, this study allows the understanding of how the involvement in activities related to personal interests may promote a sense of project and the integrity, and , thus a better adaptation to retirement.2017-03-27T10:31:01Z2016-04-22T00:00:00Z2016-04-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1803TID:201662825porGaspar, Laura Cristina Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:37:30Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1803Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:43:42.461308Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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