Infeções hospitalares bacterianas no século XXI
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/5386 |
Resumo: | No decorrer do século XX, a descoberta da penicilina veio contribuir para o controlo das infeções bacterianas, entre elas as hospitalares. Contudo, em pleno século XXI, apesar do avanço tecnológico e científico, as infeções hospitalares estão associadas a altas taxas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. As infeções hospitalares apresentam-se como um problema transversal às várias instituições, e muito difícil de resolver. Nos últimos anos as infeções hospitalares têm registado um aumento da sua incidência, levando a que esta situação clínica seja considerada um problema de saúde pública mundial. São vários os tipos de infeções hospitalares existentes, merecendo destaque pela elevada frequência, as pneumonias associadas aos ventiladores, as infeções do trato urinário associadas à presença de cateter, as infeções do local cirúrgico e as infeções da corrente sanguínea. A maior parte destas infecções têm na sua génese bactérias, nomeadamente, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumanni, porém podem também estar presentes fungos, parasitas, vírus, entre outros microrganismos. A ocorrência de infeções hospitalares é favorecida pela utilização de dispositivos médicos, pela presença de comorbilidades, por práticas de higienização inadequadas ou insuficientes por parte dos profissionais de saúde e devido ao consumo elevado de antimicrobianos. O consumo excessivo de antibióticos nos últimos anos tem conduzido à multiplicação e disseminação de estirpes bacterianas resistentes, situação que se apresenta como um grave e importante problema mundial a nível hospitalar. O meio hospitalar apresenta-se como um excelente habitat para as bactérias adquirirem resistência aos antibióticos. Esta situação é ainda mais relevante dado que o paciente internado está imunodeprimido e sujeito a diversas terapias medicamentosas e/ou invasivas que o tornam suscetível a desenvolver uma infeção. Neste sentido qualquer falha ou negligência dos profissionais de saúde em relação às medidas de controlo de uma infeção hospitalar (como a lavagem das mãos), aumenta a probabilidade da ocorrência da mesma. Com a crescente preocupação do risco que representam as estirpes resistentes e as infeções hospitalares, têm vindo a ser desenvolvidos programas de vigilância epidemiológica. Estes têm como objetivo promover a boa prática e identificar áreas onde é possível intervir de forma a reduzir esta problemática. Desta forma, considerando a importância atual desta temática, nomeadamente o grande impacto médico, social e económico que acarreta, foi desenvolvida a presente revisão bibliográfica, tendo como objetivos principais: identificar as principais infeções bacterianas hospitalares, evidenciando também a resistência/multirresistência bacteriana aos antibióticos, bem como novas estratégias de combate a esta situação clínica. |
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Infeções hospitalares bacterianas no século XXIDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Medicina BásicaNo decorrer do século XX, a descoberta da penicilina veio contribuir para o controlo das infeções bacterianas, entre elas as hospitalares. Contudo, em pleno século XXI, apesar do avanço tecnológico e científico, as infeções hospitalares estão associadas a altas taxas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. As infeções hospitalares apresentam-se como um problema transversal às várias instituições, e muito difícil de resolver. Nos últimos anos as infeções hospitalares têm registado um aumento da sua incidência, levando a que esta situação clínica seja considerada um problema de saúde pública mundial. São vários os tipos de infeções hospitalares existentes, merecendo destaque pela elevada frequência, as pneumonias associadas aos ventiladores, as infeções do trato urinário associadas à presença de cateter, as infeções do local cirúrgico e as infeções da corrente sanguínea. A maior parte destas infecções têm na sua génese bactérias, nomeadamente, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumanni, porém podem também estar presentes fungos, parasitas, vírus, entre outros microrganismos. A ocorrência de infeções hospitalares é favorecida pela utilização de dispositivos médicos, pela presença de comorbilidades, por práticas de higienização inadequadas ou insuficientes por parte dos profissionais de saúde e devido ao consumo elevado de antimicrobianos. O consumo excessivo de antibióticos nos últimos anos tem conduzido à multiplicação e disseminação de estirpes bacterianas resistentes, situação que se apresenta como um grave e importante problema mundial a nível hospitalar. O meio hospitalar apresenta-se como um excelente habitat para as bactérias adquirirem resistência aos antibióticos. Esta situação é ainda mais relevante dado que o paciente internado está imunodeprimido e sujeito a diversas terapias medicamentosas e/ou invasivas que o tornam suscetível a desenvolver uma infeção. Neste sentido qualquer falha ou negligência dos profissionais de saúde em relação às medidas de controlo de uma infeção hospitalar (como a lavagem das mãos), aumenta a probabilidade da ocorrência da mesma. Com a crescente preocupação do risco que representam as estirpes resistentes e as infeções hospitalares, têm vindo a ser desenvolvidos programas de vigilância epidemiológica. Estes têm como objetivo promover a boa prática e identificar áreas onde é possível intervir de forma a reduzir esta problemática. Desta forma, considerando a importância atual desta temática, nomeadamente o grande impacto médico, social e económico que acarreta, foi desenvolvida a presente revisão bibliográfica, tendo como objetivos principais: identificar as principais infeções bacterianas hospitalares, evidenciando também a resistência/multirresistência bacteriana aos antibióticos, bem como novas estratégias de combate a esta situação clínica.During the twentieth century, the discovery of penicillin has contributed to the control of bacterial infections, including the ones in hospital. However, in the XXI century, despite significant technological advance, hospital infection continues to be associated with high rates of morbidity and mortality worldwide. Hospital infections appear as a hidden problem cutting across several institutions, and which no institution or country managed to solve yet. In recent years hospital infections have registered an increase in its incidence, leading to this clinical situation becomes considered a public health problem. There are several types of hospital infections, highlighting by its high frequency, ventilator-associated pneumonia, urinary tract infection associated with catheter presence, surgical site infection and bloodstream infection. Most of these infections have bacteria on their genesis, namely Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa and Acinetobacter baumanni, however there may also be present fungi, parasites, viruses, and other microorganisms. The incidence of hospital infections is favored by the use of medical devices, presence of comorbidities, inadequate or insufficient sanitation practices by health professionals and due to high consumption of antimicrobials. Excessive consumption of antibiotics in recent years has led to multiplication and spread of resistant bacterial strains, a situation that presents itself as a serious and important global problem in hospital. Hospital setting is presented as an excellent habitat for bacteria acquire resistance to antibiotics. This is even more relevant since hospitalized patient is immunocompromised and subject to various drug or invasive therapies which make the patient susceptible to developing an infection. In this sense any fault or negligence of health professionals in relation to hospital infection control measures, increases the likelihood of a hospital infection. With growing concern about the risks of resistant strains and hospital infections, epidemiological surveillance programs have been developed. These aim to promote good practice and identify areas where action can be taken to reduce this problem. Considering the current importance of this issue, namely the great medical, social and economic impact, this literature review was developed, with the main objectives: identify the main bacterial nosocomial infections, also showing resistance/ multidrug resistance to antibiotics as well as new strategies for combating this clinical situation.Pina, CristinaRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaSimões, Cristina Maria Senra Barroso2016-05-11T10:11:01Z2016-02-03T00:00:00Z2016-02-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/5386201100231porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:04:43Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/5386Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:42:14.774631Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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